Cidade do Vaticano (RV) – Nesta quarta-feira, 09, o Papa recebeu fiéis e turistas na Sala Paulo VI, no tradicional encontro das quartas-feiras.
Na
 audiência, o Pontífice fez uma longa catequese em italiano, explicando o
 sentido da encarnação, o “mistério do Verbo, Filho de Deus, que se fez 
carne”. 
“Com a encarnação – disse o Papa – Deus não nos dá 
apenas alguma coisa, mas nos dá a si mesmo, entregando-nos seu Filho por
 nós. E é assim que nós devemos agir em nossos relacionamentos: movidos 
pela gratuidade e pelo amor”. 
A este ponto, Bento XVI introduziu
 um segundo elemento em sua catequese: “Os presentes que trocamos com 
pessoas amigas, como o fizemos no Natal, podem ser gestos convencionais,
 mas geralmente expressam carinho; são sinal de amor e de respeito”. 
“Esta ‘doação’ no Natal nos recorda que Deus, naquela noite Santa, se 
fez carne, assumiu a nossa humanidade e nos ‘doou’ a sua divindade”. 
O
 Papa continuou lembrando outro aspecto importante da encarnação: o 
extraordinário realismo do amor de Deus, que quis entrar em nossa 
história carregando sobre si o peso da vida humana: “Ele nos ensina que 
nossa fé não tem a ver apenas com a inteligência e o coração, mas deve 
tocar e orientar toda a nossa vida, concretamente”. 
E enfim, 
Bento XVI concluiu afirmando que “aquele menino, o Filho de Deus que 
contemplamos no Natal, nos mostra quem é o homem, o verdadeiro rosto do 
ser humano, e como, seguindo-o, dia após dia, realizamos o projeto de 
Deus para nós”. 
O Papa pediu que todos meditemos sobre a grande e
 maravilhosa riqueza do Mistério da Encarnação, deixando que o Senhor 
nos ilumine e nos transforme cada vez mais, à imagem de seu Filho, feito
 homem por nós. 
Resumindo sua catequese em português, Bento XVI disse:
“O
 Filho Unigênito de Deus encarnou e fez-Se homem, para nos tornar 
participantes da sua natureza divina. Entre os usos e costumes do 
período natalício, conta-se a troca de presentes em sinal de amizade e 
estima. Pois bem! Na Noite de Natal, vimos Jesus assumir a nossa 
humanidade, para nos dar a sua divindade: ao fazer-Se carne, quis dar-Se
 a Si mesmo aos homens. Jesus é o presente maior. Quem não consegue dar 
algo de si mesmo, dá sempre demasiado pouco! Por vezes, procura-se 
compensar ou substituir com coisas materiais o compromisso de nos darmos
 a nós próprios. O mistério da encarnação mostra que Deus não procede 
assim; não Se limita a dar-nos coisas, mas quis dar-Se a Si mesmo no seu
 Filho Unigênito. Ele fez-Se verdadeiramente um de nós, para nos 
comunicar a sua própria vida; e fê-lo, não com a investida de um 
soberano que subjuga o mundo com o seu poder, mas com a humildade dum 
Menino. Em Jesus, manifesta-se plenamente o homem ao homem”.
“Uma
 cordial saudação a todos os peregrinos de língua portuguesa, a quem 
agradeço a presença e desejo a riqueza imensa e inesgotável que é 
Cristo, o Deus feito homem. Revesti-vos de Cristo! E, com Ele, o vosso 
Ano Novo não poderá deixar de ser feliz. Sobre vós e vossas famílias, 
desça a minha Bênção”. 
Na conclusão da audiência, o Papa concedeu a todos a sua bênção.
(CM)
De: radiovaticana.va  
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