17 abril 2013

Há alguém precisando que você lhe abra a porta da fé




21 Depois de ter pregado o Evangelho à cidade de Derbe, onde ganharam muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia (da Pisídia). 22 Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações. 23 Em cada igreja instituíram anciãos e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham confiado. 24 Atravessaram a Pisídia e chegaram a Panfília. 25 Depois de ter anunciado a palavra do Senhor em Perge, desceram a Atália. 26 Dali navegaram para Antioquia (da Síria), de onde tinham partido, encomendados à graça de Deus para a obra que estavam a completar. 27 Ali chegados, reuniram a igreja e contaram quão grandes coisas Deus fizera com eles, e como abrira a porta da fé aos gentios. 28 Demoraram-se com os discípulos longo tempo. (At 4,21-28)


Nesta passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos, é relatado como os apóstolos Paulo e Barnabé pregavam com intrepidez o Evangelho de Cristo “falando com desassombro e confiança no Senhor, que dava testemunho à palavra da sua graça pelos milagres e prodígios que ele operava por mãos dos apóstolos”, ensinando, assim,  o povo a ter fé.

Como então ensinar o povo ter fé?

Precisamos dar alguma garantia de sucesso profissional, pessoal, amoroso para que as pessoas creiam em Jesus?

Como abrir a porta da fé aos incrédulos?

Creio que a melhor maneira de abrirmos essa porta é o nosso testemunho. Ninguém tem uma fórmula exata e definida de como podemos ser discípulos formadores de discípulos.

Por que Paulo disse que “é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações”? Ou seja, não podemos fugir das tribulações, não podemos ensinar que o caminho da fé é largo e sem dificuldades. Não podemos exigir de Jesus, que sofreu imensamente, uma vida sem sofrimentos.

Portanto, a fé tem que ser testada “por meio de muitas tribulações”, é a vida dos apóstolos que nos ensina. Assim como muitos mártires que viveram e nos ensinaram a ter fé.

Aconteceu com minha família um exemplo de como a nossa fé é testada, é um fato muito triste, mas exemplifica o que eu estou querendo expor neste artigo, leiam: Há algum tempo atrás, recebemos uma ligação de familiares dizendo que minha sogra estava internada e passando muito mal. Às pressas, fizemos as malas e saímos em viagem de mais ou menos uma hora de carro. Como somos católicos, no caminho para a cidade nos colocamos em oração para o restabelecimento daquele nosso ente querido. Olhei pelo retrovisor e pedi para a minha filha mais velha, que tinha nove anos, para que orasse em favor da vovó, pedindo a sua cura e que nós pudéssemos a encontrar, como todas as outras vezes, com um abraço apertado, com um sorriso, bolinho com café...

Mas, infelizmente esse encontro não aconteceu, a vovó não resistiu e nos deixou.

Como eu iria explicar isso à minha filha?

Por que Jesus não atendeu à sua oração?

Como ensiná-la numa hora tão dolorida?

Talvez eu nunca consiga explicar isso a ela, mas isso não vai me fazer desconfiar nunca do grande amor que o pobre carpinteiro de Nazaré tem pelos seus seguidores.



Para finalizar, três historinhas que eu recebi do Padre Valdo:



Certa vez, o povo de um vilarejo decidiu se reunir no centro do lugar para rezar pedindo por chuvas... Mas apenas um garoto trouxe guarda-chuva.

O nome disso é fé.



Quando você joga um bebê de um ano de idade para o alto, ele gargalha porque sabe que na queda alguém irá segurá-lo.

O nome disso é confiança.



A cada noite, antes de dormir, não temos garantia nenhuma de que estaremos vivos na manhã seguinte, mas, ainda assim, colocamos o despertador para tocar.

O nome disso é esperança.



Que nunca lhes falte fé, confiança e esperança !!!



José Alves 

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