13 janeiro 2014

Sou feliz por ser católico - Testemunhos primitivos [POST DE FÉRIAS]


Vamos agora apresentar a palavra de Grandes Padres da Igreja sobre a Sagrada Tradição, para servir de amostra, através dos quais chegou até nós tudo que os apóstolos transmitiram.

São Gregório de Nissa († 394) irmão de São Basílio o Grande, Doutor da Igreja Católica e Bispo de Nissa
“Se um problema é desproporcional ao nosso raciocínio, o nosso dever é permanecer bem firmes e irremovíveis na Tradição, que recebemos da sucessão dos Padres” (Quo non sint tres dii, MG 45,117).
"Pois é suficiente para provar nossa afirmação de que a Tradição veio até nós por nossos pais, transmitida como uma herança, por sucessão dos apóstolos e dos santos que os sucederam. Aqueles, por outro lado, que mudaram suas doutrinas com novidades, necessitariam do suporte de abundantes argumentos, se quisessem mostrar seus pontos de vista, não à luz de homens controversos e instáveis, mas de homens de peso e firmeza. Mas já que suas posições se apresentam sem fundamentos e sem provas, quem é tão louco e tão ignorante para considerar os ensinamentos dos evangelistas e apóstolos, e daqueles que sucessivamente brilharam como luzes nas igrejas de menos força do que tais coisas sem sentido e sem provas?" (Contra Eunômio, 4,6).

São Vicente de Lerins († 450)
"Perguntando eu com toda a atenção e diligência a numerosos varões, eminentes em santidade e doutrina, que norma poderia achar segura, enquanto possível genérica e regular, para distinguir a verdade da Fé Católica da falsidade da heresia, eis a resposta: quem evitar seus laços e permanecer sadio e íntegro na sadia fé, há de resguardá-la sob o auxilio divino, duplamente: primeiro com a autoridade da Lei divina e segundo com a Tradição da Igreja Católica" (Commonitorium).

Santo Inácio de Antioquia († 107 DC)
"Advertia, antes de tudo, as igrejas das diversas cidades, evitassem, sobre todas as coisas, as heresias que começavam então a se alastrar e exortava-as a se aterem tenazmente à TRADICAO dos apóstolos" (Eusébio resumindo o ensino de S. Inácio de Antioquia, martirizado no ano 107 DC cf. Euséb, Hist. Eccles, III, 36 / MG, 20, 287);
"Antes exortei-vos a vos conservardes unânimes na doutrina de Deus, pois Jesus Cristo nossa vida inseparável, é a doutrina do Pai, como a doutrina de Jesus Cristo são os bispos constituídos nas diversas regiões da terra" ( clara alusão ao Sagrado Magistério) ( S. Inácio, + 107 DC in Ad Ephesios, 3-4);

Santo Irineu († 202 DC)
"Quando, contudo, eles foram refutados pelas Escrituras, voltaram atrás e acusaram essas mesmas Escrituras, como se elas não fossem corretas, nem tivessem autoridade, e afirmaram que elas são ambíguas, e que a verdade não pode ser retirada delas por aqueles que não conhecem a tradição... Aconteceu, portanto, que aqueles homens agora nem concordam com as Escrituras nem com a tradição" (Contra as Heresias III, 2,1).
"Suponhamos que se levante uma questão sobre algum importante ponto entre nós, e não possamos recorrer às mais primitivas comunidades com as quais os apóstolos mantiveram constante relacionamento, as quais aprenderam deles o que é certo e claro a respeito dessa questão. O que aconteceria se os próprios apóstolos não nos tivessem deixado escritos? Não seria necessário (nesse caso) seguir o curso da tradição que transmitiram àqueles aos quais entregaram às Igrejas?" (Contra as Heresias III, 4,1).
"Sob Clemente, havendo nascido forte discórdia entre os irmãos de Corinto, a Igreja de Roma escreveu-lhes uma carta enérgica, exortando-os à paz, reparando-lhes a fé, e anunciando-lhes a TRADIÇÃO que havia pouco tinham recebido dos apóstolos" ( S. Irineu, martirizado em 202 DC in Contra as Heresias III, c.3, n.3);
"Aí está claro, a quantos querem ver a verdade, a TRADIÇÃO dos apóstolos, manifesta em toda a Igreja disseminada pelo mundo inteiro..."( S. Irineu, martirizado em 202 DC in contra as heresias III, 3, 1);
"Não devemos buscar nos outros a verdade que é fácil receber da Igreja, pois os apóstolos a mãos cheias versaram nela, como em riquíssimo depósito, toda a verdade... Este é o caminho da vida" (S. Irineu, martirizado em 202 DC, In Contra as heresias III, 4, 1);
"E se os apóstolos não nos houvessem deixado as Escrituras, não cumpria seguir a ordem da TRADIÇÃO por eles ensinada aos a quem confiavam à sua Igreja?" ( S. Irineu, martirizado em 202 DC, In contra as heresias III, 4,1);
"Mas, novamente, quando os pomos diante daquela tradição que se originou dos apóstolos, [e] que é preservada através das sucessões de presbíteros nas Igrejas, eles objetam contra a tradição, dizendo que são mais instruídos..." (Irineu, Contra as Heresias, III, 2,2).
"Seu testemunho, portanto, é verdadeiro, e a doutrina dos apóstolos está às claras e firme, de nada fazendo reservas; nem ensinaram eles um acervo de doutrinas privadamente e outro publicamente." (Contra as Heresias, III, 15,1).

Tertuliano de Cartago (†220)
"De nada vale as discussões das Escrituras. A heresia não aceita alguns de seus livros, e se os aceita, corrompe-lhes a integridade, adulterando-os com interpolações e mutilações ao sabor de suas ideias, e se, algumas vezes admitem a Escritura inteira, pervertem-lhe o sentido com interpretações fantásticas..." ( Tertuliano séc. III In De Praescriptionibus., c. 19 / ML, II,31).
Na mesma obra assevera que onde estiver a verdadeira Igreja, "aí se achará a verdade das Escrituras, da sua interpretação e de todas as TRADIÇÕES cristãs" ( Tertuliano séc. III In De Praescriptionibus., c. 19 ML, II, 31).
"Erros de doutrina nas comunidades eclesiais devem ter surgido necessariamente sobre vários assuntos. Quando, contudo, se encontrava de forma unânime e igual aquela doutrina que fora passado a muitos, não era resultado de um erro, mas da tradição. Pode alguém, então, ser tão irresponsável que diga que aqueles que receberam a tradição estavam em erro?" (Prescrição contra os Hereges, 28).
"[Os Apóstolos] logo foram pelo mundo e pregaram a mesma doutrina da mesma fé às nações. Eles, portanto, de modo semelhante, andaram pelas igrejas em cada cidade, e dessas para todas as igrejas, uma após outra, e transmitiram a tradição da fé e as sementes da doutrina, e a cada dia as passavam adiante para constituírem igrejas. Certamente, é por causa disso somente que foram capazes elas próprias de se considerarem apostólicas, tendo sua origem nas igrejas apostólicas. Cada espécie de coisa deve necessariamente voltar às suas origens para sua adequação. Daí, as igrejas, embora sejam tantas e tão grandes, são ligadas a uma única igreja primitiva [fundada] pelos apóstolos, delas todas [fonte]. Dessa maneira todas são primitivas e todas apostólicas, enquanto são todas confirmadas por uma, [indissolúvel] unidade, por sua comunhão pacífica, por característica de irmandade e por laço de hospitalidade, privilégios que nenhuma outra norma determina senão que uma única tradição do mesmo mistério." (Tertuliano, Prescrição Contra os Hereges, 20). (De Praescriptione Haereticorum 2, 4-7.9).
E qual a matéria da pregação, isto é, o que lhes tinha revelado o Cristo? Aqui ainda assinalo esta prescrição: para sabê-lo é preciso ir às igrejas fundadas pessoalmente pelos apóstolos, por eles instruídas tanto de viva voz quanto pelas epístolas depois escritas. Nestas condições, é claro que toda doutrina em acordo com a dessas igrejas apostólicas, matrizes e fontes originárias da fé, deve ser considerada autêntica, pois contém o que tais igrejas receberam dos apóstolos, os apóstolos de Cristo e Cristo de Deus. Ao contrário, toda doutrina deve ser pré-julgada como proveniente da mentira se opõe à verdade dos apóstolos, de Cristo e de Deus. Resta, pois, demonstrar que nossa doutrina, cuja regra formulamos acima, procede da tradição dos apóstolos e, por isso mesmo, as demais procedem da mentira. Nós estamos em comunhão com as igrejas apostólicas, se nossa doutrina não difere da sua: eis o sinal da verdade."(Tertuliano, Bispo de Cartago (202 d.C). Da Prescrição dos hereges, XIII-XX)

São Basílio o Grande (329-379)
Doutor da Igreja Católica, Bispo de Cesaréia e irmão de São Gregório de Nissa escreve:
"Sobre os dogmas e querigmas preservados pela Igreja, alguns de nós possuímos ensinamento escrito e outros recebemos da tradição dos Apóstolos, transmitidos pelo mistério. Com respeito à observância, ambos são da mesma força. Ninguém que seja versado mesmo um pouco no proceder eclesiástico, deverá contradizer qualquer um deles, em nada. Na verdade, se tentarmos rejeitar os costumes não escritos como não tendo grande autoridade, estaríamos inconscientemente danificando os Evangelhos em seus pontos vitais; ou, mais ainda, estaríamos reduzindo o querigma a uma única expressão" (O Espírito Santo, 27,36).

Fonte: Escola da fé - Sagrada Tradição e sites apologéticos – exsurge.com.br


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