11 junho 2014

Masculinidade, inimiga pública numero 1 [da sociedade moderna]


[O mundo assiste num um misto de desencanto e louvores, a um massacre da masculinidade. Sob as bandeiras de 'libertação da mulher', trabalham movimentos feministas, abortistas e LGBT no intuito de acabar com a masculinidade, marca característica do homem. Neste texto, o autor reflete sobre o que é a masculinidade, conceito tão desconhecido nos dias de hoje e também sobre o fato de que todos os homens (sexo masculino), são a ela vocacionados.]

Adeus ao macho dominante, viva o bobo ocidental. O homem de Cro-magnon doravante depila o que lhe resta de pelo e modula o tom de seus grunhidosEle trocou sua virilidade grosseira por atributos mais silenciosos” escreve com uma ponta de humor o Dr. Jean-Albert Meynard em seu livro "O sexo do cérebro" (L’archipel Éditions, mai 2011, p.34).
Devemos constatar que em nossos dias uma das realidades mais atacadas em nossa sociedade é a masculinidade, o fato de ser homem, e que muitos homens desenvolvem seu “lado feminino” neste século onde uma feminilidade desfigurada tomou um lugar predominante e sufocante.
[...] Pois a verdadeira masculinidade está travestida, humilhada e tacitamente proibida pela opinião em vigor.
O que é a masculinidade?
Procurar definir o homem, é procurar designar um belo quadro no qual é preciso que todo homem se encaixe para ser justamento dito “homem”? Longe de mim essa ideia ridícula! Cairíamos assim em uma teoria idealista que não teria mais muito a ver com o real. 
Cada ser humano é dotado de um genoma que lhe é próprio, que somente ele é o possuidor. Como encaixar tanta diversidade em uma pequena estrutura? No entanto, ainda que este genoma seja diferente para cada um de nós, ele se diferencia a partir de um esquema comum. O mesmo é válido para a masculinidade: cada homem expressa sua masculinidade de modo original a partir de um esquema fundamental que poderíamos chamar de identidade masculina. 
O que é então a masculinidade? O que é a identidade masculina?
Responderemos a isso em três momentos?
1 – A masculinidade é um modo de ser no mundo;
2 – A masculinidade é uma doação de um homem para outro homem;
3 – A masculinidade é uma resposta a uma vocação original.
1. A masculinidade é um modo de ser no mundo:
A masculinidade é um modo de ser físico e psíquico no mundo. Quando a criança concebida é portadora do XY, então isso induz automaticamente a dois fatos:
  1. Na ordem física: há a aparição e o desenvolvimento de um sexo masculino.
  2. Na ordem psíquica: há a construção e o desenvolvimento de um psiquismo masculino.
Querer dividir essas duas ordens no lugar de simplesmente distingui-las, como o fazem as teorias do gênero, é um erro. O homem é um todo composto de partes, e o segredo da felicidade e da serenidade interior é a capacidade de ordenar suas partes, inicialmente umas nas outras, depois todas conjuntamente rumo a um mesmo fim.
Ao cromossomo XY está ligado então um físico particular e um psiquismo específico. A esse físico, como a esse psiquismo, ligam-se tendências particulares que cada homem expressa mais ou menos segundo seu caso particular. 
Deterei-me nesse artigo aos estudos das tendências do psiquismo masculino, pois são elas que nos revelam profundamente o que é a identidade masculina.
“Explorar, construir, conquistar: vocês não precisam dizer a um menino para ele se lançar em suas atividades, pela simples razão de que o desejo de realizá-las está inscrito no mais profundo de suas veias”, escreve John Eldredge em "O segredo da alma masculina" (Éditions Farel, nov. 2012).
Mas para tal, o homem deve ter respondido à uma questão. Aquela que está irremediavelmente ligada à sua natureza e que se coloca nestes termos: 
“Sou realmente um homem, tenho o que é preciso, quando é preciso?”
Contanto um homem não saiba que ele seja realmente homem, ele fará de tudo para provar que ele é, e, ao mesmo tempo, evitará tudo o que poderá revelar que ele não é“, J. Eldredge (idem).
2. A masculinidade é uma doação de um homem para outro homem:
“É de um homem ou na companhia dos homens que o menino aprende quem ele é e o que ele recebeu. [...] Em toda a história humana relatada nas Escrituras, é o homem quem concede a benção e dá um nome ao seu filho”, J. Eldredge (idem).
O homem, o masculino é, inicialmente, um filho, um iniciado por outro homem: o laço que une pai e filho é um laço necessário para a construção de todo homem. O que lhe permite se tornar plenamente homem, é a resposta afirmativa do pai à questão do filho.
“Formar o filho para ele se tornar um homem viril sempre foi o papel do pai e de uma série de figuras que o acompanham: o mestre de obras, o professor, o instrutor militar [...]. Sem esta iniciação, o homem não será um homem no mais profundo de si mesmo” (Claudio Risé, O pai ausente, Éditions Rémi Perrin, 2005).
A passagem de um rapaz para sua plena masculinidade sempre necessita, então, da intervenção ativa de outro homem, pai ou figura paterna que o substitua em sua falta. Essa passagem ocorria por meio de numerosos ritos em diversas culturas. “A função de um rito é de conferir um sentido. Nossa vida social carece de ritos de iniciação. Quando uma sociedade abandona seus ritos, o sujeito se encontra (imerso) na ansiedade e na dúvida” (Tony Anatrella, Intermináveis adolescentes, Cerf, mai 2008).
Quando não há um homem para conferir essa identidade ao rapaz, as consequências são numerosas e dramáticas[...].
3. A masculinidade é uma resposta à uma vocação original:
Tendo obtido a confirmação terna de sua masculinidade, o homem é capaz de cumprir plenamente a vocação que lhe é própria e que se manifesta em suas tendências naturais.
Desde o “sejam fecundos e multiplicai-vos, enchendo a terra e submetendo-a” do Gêneses, o homem é feito para a conquista e a fecundidade, quer elas sejam físicas, intelectuais, morais ou artísticas, e isso com os riscos que estão ligadas a elas.
Homem e Mulher são fisicamente e psiquicamente diferentes. Eles o são também na ordem de sua vocação. Enquanto a Mulher está centrada no dom da vida, o homem é feito para defender a vida. 
Defender a vida implica bem mais do que vigiar pela sobrevivência física. Isso implica lutar para proteger a vida intelectual, moral e mesmo espiritual. E, no fundo, todo homem é um guerreiro. E seu combate exige uma doação total de si mesmo, até à morte, se for preciso.
“O homem deve ter um combate a ser conduzido. [...] Isso está inscrito em suas veias”, J. Eldredge.
Então, sim, em certo sentido, o homem realmente é o responsável por certa ordem. Ele conquista e transmite, ele inicia outros homens em seu combate. E é por isso que a sociedade (atual), com a ajuda de numerosos meios, visa destruir tudo o que se parece com o masculino equilibrado e forte: ele poderia ser um adversário difícil de manipular, ele deixaria um exemplo instigador para a posteridade. 
E todos esses homens guerreiros, conquistadores, fecundos e defensores da vida em todas as suas formas se chamam Leônidas, Clóvis, Carlos Magno, Bernardo de Claraval, ou ainda Vauban, e, mais próximos de nós, Claus Von Stauffenberg ou Denikine. A lista é infinita!
De: couragebrasil.com

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