Veja como um protestante que se encontra com a Missa descobre o grande tesouro que nós católicos temos.
Brad Schilling
Depois de passar 20 anos em várias denominações protestantes Brad Schilling encontrou seu lar na Igreja Católica. Brad vive em Bunbury, Austrália Ocidental com sua esposa Marina e seus três filhos.
O começo de tudo
Uma vez, em Fevereiro de 2010, eu decidi assistir a uma missa católica. Depois de 20 anos de ser um cristão protestante eu tinha chegado ao ponto em que eu já não podia me levar para assistir a mais um serviço da igreja. Ao longo dos anos eu tinha feito parte de mais de 10 denominações diferentes, bem como ajudei a começar um anabatista de igreja doméstica. Eu estava cansado de igreja querer ser mais do que um serviço que eu assistia. Eu me lembro de pensar que o domingo de manhã: "Bem, se Igreja não é mais que o culto de domingo, então eu vou para onde eles fazem isso corretamente."
Como um carteiro em Bunbury eu sabia onde todas as igrejas estavam. Então, eu fui direto para Santa Maria em Columba Street, Sul Bunbury. Só uma vez antes eu tinha ido em uma igreja católica. Então, eu não tinha ideia do rito, dos gestos, da liturgia ou similares. Eu disse a mim mesmo que hoje eu iria suspender qualquer julgamento sobre o que eu estava a fazer. Eu estava aqui para adorar o Senhor essuscitado. Então, esse seria o meu foco e não o povo, padre ou as outras distrações.
A Primeira Missa
Para minha surpresa a missa foi totalmente focada em Jesus Cristo como a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Ouvi mais a Escritura sendo lido do que eu jamais tinha ouvido falar em qualquer igreja protestante. Eu ouvi um sermão de 15 minutos na leitura do Evangelho. Rezamos o “Pai Nosso” juntos. Nós confessamos os nossos pecados juntos. Oramos para a Igreja, para o governo, para os necessitados, para os perdidos e para nós mesmos. Nós nos lembramos dos membros da Igreja que tinham morrido. Cantamos hinos. Nós nos ajoelhamos. Ficamos parados. Nós fizemos o sinal da cruz. Apertamos as mãos uns com os outros e dissemos: "A paz esteja convosco". Era um assunto afável.
O fato de que a Igreja sempre entendeu a ideia do Novo Testamento que o Batismo era incorporação no corpo de Cristo, a Igreja, sempre foi algo que eu admirava sobre a Igreja Católica. Fazia sentido de por que tanto na missa se diz em voz alta, e agem em conjunto. Somos o Corpo de Cristo. Não era só sobre mim.
Sentei-me ali observando todo o ritual, as vestimentas, os ruídos e os cheiros. Tendo vindo de um fundo de baixa igreja (Batista, Igrejas de Cristo) a missa era o oposto do que eu acreditava que o culto cristão deveria ser. Eu nunca gostei de paramentos, liturgia, chamada e orações de resposta ou a intercessão de sacerdotes. Eu ainda estava suspenso em julgamento e focado em Cristo.
A Eucaristia
A principal razão para os católicos se encontram é a Eucaristia. Eles acreditam que ela é verdadeiramente o Corpo de Cristo e se torna presente no meio deles. É a chave para entender o catolicismo. Eu tinha acreditava que a Eucaristia (Comunhão, Ceia do Senhor, Partir do Pão) era um ato simbólico, mas ainda significativo, porque nós -A Igreja - mostramos solidariedade ao comer o pão e beber o vinho juntos. Essa compreensão da Ceia do Senhor veio da minha compreensão anabatista da Igreja. Minhas tendências anabatistas acentuadas separam as pessoas que comiam juntos (o corpo de Cristo) d’Aquele que partiu o pão na Última Ceia. A Igreja Católica chamou os dois juntos.
Eu assisti o sacerdote presidindo a Eucaristia em seguida, convidando a todos para ir para a frente para receber a Cristo. Vi pessoas de todas as raças e posições na vida (um MLA (ativista agropecuário)estava ajoelhado na minha frente) levantar e andar para a frente ordenada como comunidade. Fiquei sentado, claro, e observei a cena. Uma vez que todos tinham ido à Comunhão, o sacerdote, com uma oração, disse que a missa estava encerrada. Toda a missa levou 1 hora.
O resultado
Fiquei agradavelmente surpreendido que a missa era tão curta. Eu estava acostumado a cultos de hora e meia que continuavam depois com chá e biscoitos. Eu decidi tomar um exemplar do jornal semanário católico The Record "na parte de trás da Igreja e me dirigi para a faixa de café da Bunbury (Depois eu descobri que eu deveria ter pago o jornal!). Sentei-me com um grande café. Li o jornal e refleti sobre a missa. Eu me senti edificados e feliz que a Igreja Católica não era o que eu pensava que era. Engraçado, então eu esbarrei em um casal que eu sabia que eram da minha igreja anterior que tinham ido fazer compras naquele domingo em vez de ir à igreja. Ficaram tímidos porque eu os tinha visto. Eu fiquei tímido, porque eu tinha escondido nas minhas costas o tipo de jornal que eles não gostavam.
Cheguei em casa e disse a Marina tudo sobre a missa e disse que eu iria continuar a assistir ao culto. Marina continuou a levar as crianças para a nossa igreja anterior.
Onde agora?
Comecei a ler tudo sobre a Igreja Católica da teologia e da doutrina através de história da Igreja. Eu baixei artigos e escutei entrevistas com os protestantes que se converteram ao catolicismo.
Fiquei impressionado com uma série de coisas.
Em primeiro lugar, como protestante eu sempre li a história da igreja para trás. Isto é, eu ia começar com o local onde a igreja protestante foi no presente e tracei um caminho de volta para as suas origens antes do século 16. Gostaria de comparar como as denominações juntam o presente com a igreja primitiva como registrado no Novo Testamento para ver que foram os mais fiéis. Eu ignorei, como todo protestante, o período da história de 90DC até a década de 1500.
Com o meu novo interesse encontrado no catolicismo comecei a ler a frente da história. Eu baixei uma série de palestras com os seus materiais do curso por Thomas Madden, o professor de história e presidente do Departamento de História da Universidade de Saint Louis. Madden não era crente, mas um especialista em Europa pré-moderna. Eu queria uma visão imparcial da história da Igreja. A série foi dividida em duas partes: A partir de Jesus para o Cristianismo: Uma História da Igreja Primitiva e Cristianismo na encruzilhada: As Reformas do XVI e XVII Séculos.
Vendo o cristianismo se desdobrar ao longo dos séculos foi uma revelação. No momento em que eu vim para o período da Reforma (depois de horas e horas de escuta no meu iPod enquanto fazia triagem de correspondência no trabalho), foi com um sentimento de tristeza e não triunfalismo que eu ouvi sobre o cisma da igreja que ainda não foi consertado. Comecei a repensar alguns dos pressupostos protestantes sobre a autoridade da Igreja. Comecei a ver uma imagem mais completa dos grandes reformadores em seu contexto histórico. Comecei a ver a Reforma Protestante através dos olhos católicos. A Igreja Católica agora vê a Reforma como uma tragédia que eles foram responsáveis tanto quanto Lutero e Zwinglio.
Em minha viagem histórica que lutou com as Cruzadas, a Inquisição, os papas ruins e momentos de compromisso com os poderes do mundo, entre outras coisas. Mas eu fui muitas vezes superado (literalmente) pelos muitos santos, bons Papas e uma Igreja que tinha ido contra os poderes do mundo, a fim de ser fiel ao seu Senhor. Comecei a ver a Igreja como ela é - uma comunidade de santos e pecadores lutando ao longo da história com a Vontade Divina e Presença no meio deles.
Eu esperava ler a história da Igreja e, finalmente, colocar por terra qualquer intenção de me tornar católico. Em vez disso, cheguei a ver a Igreja de forma diferente. Eu percebi que no coração do meu protestantismo havia a antiga heresia do donatismo. A crença equivocada de que é possível criar uma autêntica Igreja "pura" separada de uma Igreja que continua frustrantemente suja pelo pecado. Tive pessoalmente a experiência de 20 anos em uma tentativa de encontrar uma "igreja do Novo Testamento". Eu mesmo ajudei a criar uma! Infelizmente demorou tanto tempo para eu descobrir que a Igreja pura nem no tempo de Jesus ou Paulo (esquecemos Judas, negação de Pedro de Cristo, Tiago e desejo de João para o poder, a dúvida de Tomé, igrejas inexperientes, sexualmente imorais e teologicamente duvidosas de Paulo e assim por diante) nunca existiu.
Um padre católico
Liguei para o escritório da paróquia, porque eu queria falar com alguém cara a cara sobre a Fé Católica. Eu fui levado ao Padre Vittorio, um padre italiano que tinha começado seu ministério em Santa Maria na mesma semana eu comecei a assistir à missa lá. Nós nos conhecemos em um café e falamos por duas horas sobre as nossas vidas diferentes. Estranhamente, eu descobri que tínhamos muito em comum quando se trata de nossos pontos de vista de igreja. Ele era de uma ordem missionária chamada de Caminho Neocatecumenal, que teve origem nas favelas de Madrid. Iniciada por um pintor espanhol convertido-se ao catolicismo em 1960, tem crescido em todo o mundo com a bênção do Vaticano. De uma perspectiva protestante ele lembra o movimento de igrejas domésticas. Ele é centrado em uma família missionária que é assistida por um sacerdote missionário.
Padre Vittorio desde então se tornou um bom amigo meu e da nossa família. Ele regularmente toma café e até mesmo assistiu a Copa do Mundo de futebol com meu irmão, meu filho e eu, quando a Itália jogou. Quando eu mandei uma mensagem para ele sobre as minhas intenções de ser recebido na Igreja, ele apareceu na minha porta depois de 10 minutos em suas roupas de ginástica para apertar minha mão. Ele também participou da missa da minha iniciação.
Um amigo Católico
Durante um período em que eu estava desanimado pelos muitos católicos nominais que conheci ao longo dos anos, comecei a orar para que Deus me trouxesse um amigo católico que fosse verdadeiramente comprometido com Jesus Cristo - alguém que fosse me mostrar como era a verdadeiro vida católica. Não muito tempo depois que Marina e eu estávamos na biblioteca pública quando Marina avistou um homem que ela conheceu através de círculos homeschooling e quem tinha sentado atrás de uma vez em uma missa em latim. O nome dele era Matthew. Depois de conversar sobre assuntos de homeschooling ela disse a ele que eu estava frequentando a Igreja Católica e tinha um monte de perguntas. Matthew me convidou para tomar um café na próxima semana para falar. Começamos a nos encontrar quase todas as semanas. Eu viria com uma lista de perguntas que estavam me incomodando e ele iria tentar respondê-las da melhor maneira que podia. Mateus se tornou meu padrinho na Iniciação Cristã.
Os Sonhos
Conversão nunca responde tudo na nossa mente. Ela também envolve o coração, as emoções e a vontade. Durante os três meses ao ir à missa Marina e eu começamos a ter um monte de sonhos significativos. Enquanto isso foi bastante comum para Marina no passado era raro para mim ter sonhos religiosos. Aqui está uma seleção que se destacaram:
Um sonho sobre mim: Marina sonhou que estávamos todos em um transatlântico entrando em uma porta. Eu estava todo vestido de branco. Quando nos aproximamos da porta eu disse a Marina que eu tive que sair aqui. Enquanto eles ficavam no convés e me viu caminhar pela prancha e desembarcar.
Um sonho sobre um amigo: eu sonhei que um amigo protestante da mina, que rejeitou o catolicismo de sua juventude estava comigo em uma reunião católica. Depois que ele terminou eu levei-o para conhecer o padre. Meu amigo disse que ele mesmo tinha gostado e queria voltar.
Quando eu disse ao meu amigo este sonho, ele riu. Desde então, ele começou a assistir à missa regularmente.
Um sonho mariano: Marina sonhou que viu uma mulher segurando um frasco de óleo. Era a mais pura que já tinha visto. Marina também estava segurando um frasco de óleo, mas o dela era tenebroso em comparação com o da mulher. Então, ela perguntou à mulher se ela poderia ter um pouco do óleo puro. A mulher respondeu que ela teria que pedir ao dono se era para ela dar Marina o óleo puro. A mulher perguntou ao proprietário e ele deu permissão para Marina para dar o óleo.
Um sonho sobre um colega de trabalho: Sonhei que estava em uma venda de garagem, quando eu vi um colega de trabalho chamado Jon. Como eu fui até ele, ele estava carregando uma caixa de livros que contêm comentários sobre os livros da Bíblia. Ele me disse que estava interessado no cristianismo, mas não tinha certeza se era para ler a Bíblia sem assistência. Eu garanti a ele que a Igreja tinha estabelecido o cânon das Escrituras e era seguro para ele ler.
Eu descobri desde que Jon tinha se tornado um cristão há muitos anos na Inglaterra através de um grupo chamado Exército Jesus, mas já não era praticante. Desde então, tivemos conversas sobre o que significa ser cristão e minha conversão ao catolicismo.
Meu irmão
Minha família não é crstã. Na época, eu comecei a assistir à missa, recebi um telefonema do meu irmão em Perth Vasking se eu tinha alguns livros cristãos que ele pudesse ler. Fiquei surpreso, porque o meu irmão e eu nunca tinhamoa falado sobre questões religiosas antes. Eu disse: "Claro" e enviei-lhe um livro meu erudito anglicano NT Wright sobre Jesus. Em suma, o meu irmão estava investigando a fé cristã. Ele mudou-se para Bunbury não muito tempo depois e, eventualmente, se mudou para o estúdio na parte de trás da nossa casa.
Uma noite eu estava conversando com Marina sobre Santa Maria, com o meu irmão na mesa. Quando terminei, ele disse que a próxima vez que eu fosse a Igreja de Santa Maria que ele gostaria de ir. Ele acrescentou que sempre sentiu que se ele fosse se tornar um cristão que queria ser católico - por isso, começamos a ir à nossa semanal Missa de domingo à noite. Meu irmão está sendo batizado no dia 23 de abril deste ano.
Ser recebido na Igreja
Comecei a frequentar o Rito de Iniciação Cristã para Adultos, que é um curso semanal de nove meses, a fim de me preparar para o batismo na Igreja com o meu irmão. Eu tinha muitas perguntas que precisavam de respostas e o catequese não era o lugar onde eles poderiam ser respondidas para minha satisfação. Eu estava em um beco sem saída. A RICA era o caminho para entrar na Igreja Católica em nossa paróquia.
Quando eu comentei isso com Mateus, ele sugeriu que eu me encontrasse com um sacerdote em Perth chamado Padre Michael Rowe, que visita Bunbury uma vez por mês para celebrar a Missa Latina Tradicional. Ele recebeu pessoas para a igreja através de aulas particulares que eu não sabia que ainda poderia ser feito. Toda vez que ele desceria para Bunbury eu iria encontrá-lo 30 minutos antes da missa para discutir qualquer coisa que eu queria. Ele respondeu perguntas, deu-me coisas para ler, corrigindo mal-entendidos.
Foi antes de uma missa em latim que fui recebido na Igreja. Durante a cerimônia, ajoelhei-me, professei a fé católica, tive a minha primeira confissão, foi-me dado um batismo condicional (eu não tinha certeza se o meu batismo original legítimo) e, em seguida, fui formalmente recebido na Igreja. No seguinte na Missa recebi a Eucaristia pela primeira vez. Através da graça do batismo eu me juntei todos os fiéis cristãos que viveram e morreram e que ainda vivem em Cristo. Amém.
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