11 dezembro 2015

Depois de 20 anos como pastor presbiteriano, a Bíblia e a Presença eucarística lhe fizeram católico




James Tonkowich foi pastor presbiteriano nos EUA durante 20 anos, até que entrou na Igreja católica, fruto de muita reflexão teológica, amor às Escrituras e experiência da presença de Cristo não Sacrário.

Tonkowich explica em seu testemunho em Coming Home Network (chnetwork.org) que nem sua família nem sua formação juvenil foram anticatólicas em nenhum sentido. Inclusive estudando teologia protestante não popular Seminário Teológico Protestante Gordon Cornwell conheceu a escritos de João Paulo II e outros teólogos católicos. E em seus estudos de filosofia preliminares conheceu a Santo Agostinho e Santo Tomás e outros padres da Igreja.

Ela e as pessoas de seu entorno eram leitores de Mero Cristianismo, de C.S.Lewis, e Basic Christianity, de John Stott: as diferenças entre denominações não lhes preocupavam. Outro texto que marcava sua posição a respeito aos católicos e outras Igrejas cristãs era a “Carta a um católico” de John Wesley, o fundador do metodismo, em 1749: “Deixemos de lado os pontos em que diferimos; há pontos suficientes no que estamos de acordo, suficiente terreno para o ânimo de cada cristão e para a ação de cada cristão”.

Quando começou a trabalhar na evangelização de jovens em uma Igreja não denominacional, porém, e repassando a Bíblia, lhe pareceu claro que a Escritura mostra que as Igrejas cristãs devem estar unidas, que não podem ser independentes.

Depois aumentou o número de católicos devotos e inteligentes com os que se tratava, como um capelão católico, ex-monge trapista, dedicado ao apostolado juvenil nas universidades. A Casa Pasionista que a crisnça lhe acolheu em encontros espirituais. Inclusive teve um diretor espiritual jesuíta. E um matrimônio amigo, depois de anos de descontentamento com a Igreja Episcopaliana, se fez católico.

Entrevista com uma paróquia anticatólica
Em 1999 chegou a Washington para uma entrevista de trabalho. Um comitê de uma paróquia metodista o entrevistou para ver se serviria bem como pastor. E lhe preguntaram: “Se alguém batizado na Igreja Católica Romana se apresentasse para ingressar em nossa Igreja, lhe rebatizarias?”

James respondeu com humor: “Não, não o rebatizaria, posto que foi batizado em nome do Pai, do FIlho e do Espírito Santo. Mas se tivesse sido batizado em uma Igreja progressista protestante sim lhe faria perguntas, não fora o caso que o tivessem batizado com leite e mel em nome do Progenitor, o Amiguinho e do Primo Segundo”.

Mas o comitê não gostou a resposta. Pela primeira vez James se encontrava ante um grupo de presbiterianos calvinistas muito anticatólicos, convencidos de que o catolicismo era una seita enganosa e inadmissível em todos os sentidos.

Por fim, James conseguiu o emprego, mas refletiu sobre o tema e se planteou alguns aspectos teológicos.

1- Para o protestantismo, predicar a “justificação somente pela fé” é decisivo… porém, antes de Lutero, durante 15 séculos, os cristãos mal abordaram o tema. Será que não houve Igreja ou cristãos nesses 15 séculos?

2- Vários protestantes anticatólicos insistem em que os católicos pregam que o homem se salva por suas boas obras. Porém, James conhecia muitos católicos devotos e inteligentes que afirmavam, com o Novo Testamento em mãos, que a salvação chega pela graça através da fé. E em todos os textos católicos que lia via que afirmavam que a salvação era pela graça de Deus.

3- Enquanto ao ensinamento protestante de “sola scriptura” (que somente a Bíblia é a autoridade final em vida e doutrina)… em que lugar da Bíblia estava? Não é um ensinamento bíblico. Por outro lado, São Paulo ensina que a Igreja é “coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tim 3,15). A Igreja, não a Bíblia.

Porém, não dei a maneira a estudar com mais detalhe a proposta católica nesse momento. Dois anos depois, trabalhando na rádio com Chuck Colson, um batista pró-vida, pró-familia e pró-valores muito popular, amigo de colaborar com católicos e outros cristãos, pude conhecer a mais personalidades católicas. Por exemplo, ao padre Richard John Neuhaus, um ex-pastor luterano que com Colson encabeçava o movimento “Evangélicos e Católicos Juntos”. Conheci também ao padre Robert Sirico, a Michael Novak, e ao professor de filosofia J. Budziszewski, que então ainda era anglicano mas em seguida se tornaria católico (acesse o blog "El Tomista Clandestino").

“Os calvinistas barulhentos da reunião do presbitério e outros com os que falei depois pareciam assumir tacitamente que os católicos, inclusive os estudiosos, são bem tolos”, escreve James. Rodeado de intelectuais devotos e amistosos, “tão inteligentes que assustavam”, se via obrigado a assumir que esses católicos algo deviam saber.

O caos do protestantismo liberal
Pelo contrário, via que nas Igrejas protestantes progressistas o caos doutrinal se estendia sem limite, e via em primeira linha como presidente do Instituto “on Religion & Democracy”, visitando assembleias episcopalianas, de presbiterianos liberais e outras por todo o país.

“Vi em primeira mão que, ao contrário que os cristãos de todas as épocas, as denominações liberais haviam substituído os feitos por sentimentos, a autoridade por paixão e a razão pelo sentimento”, escreve.

“Me preguntei: que impede que minha denominação presbiteriana, ortodoxa, algum dia vote a favor do matrimônio do mesmo sexo, de ordenar a homossexuais praticantes ou de rechaçar ou redefinir a doutrina da Trindade?” De fato, a Confissão de Westminster de 1646 já a havia retocado várias vezes (algumas para o bem, como quando quitaram as referências anticatólicas à “prostituta de Babilônia” que escreveram na época puritana).

Afinal, em uma Igreja protestante, que assegura que o Espírito guia ao fiel, a cada fiel, na interpretação das Escrituras, não há mais autoridade que o que votam uns enquanto delegados. Somente a boa vontade de alguns clérigos convertidos ao Senhor impede males maiores em cada Igreja, assinala James.

Lendo a Apologia Pro Vita Sua do beato cardeal J.H. Newman, que tem ajudado a muitos conversos do protestantismo, encontrou uma resposta: “A infalibilidade da Igreja Católica é una provisão, dada pela misericórdia do Criador, para preservar a religião não mundo, e para restringir a liberdade de pensamento, que claramente é em si mesma um de nossos maiores dons naturais, e para resgatá-la de suas próprias tendências suicidas”.

Era necessária uma Igreja protegida por Deus de ensinar erros, uma Igreja com autoridade, e essa Igreja era a católica.

Um protestante rezando ao estilo católico
Ademais destas reflexões teóricas, James levava já uns anos adentrando-se na oração ao estilo católico. De um importante teólogo metodista aprendeu a rezar o Oficio de Leituras, conseguiu um breviário e o incorporou a suas orações diárias.

Também começou a conhecer a templos católicos para orar em silêncio, e as vezes ficava na missa. Se deu conta que tendia a sentar-se sempre no mesmo banco, um que estava diante do Sacrário. De alguma maneira, aquela espaço era “especial”.

Ao final, visitando a Igreja anglicana e uns amigos –uma Igreja de gente fervorosa, que pregava bem, donde se amava ao Senhor- notou que havia algo que estava terrivelmente mal ali, algo inquietante… depois de um tempo se deu conta: não havia Sacrário, não havia tabernáculo, faltava a Presencia Real de Cristo na Eucaristia.

A vida de católico


Poucos meses depois, em janeiro de 2011, James Tonkowich foi recebido na Igreja Católica. Perdeu o contato com muitos amigos, não por hostilidade, e sim porque ao mudar as rotinas e ocasiões de encontros era maiss difícil encontrar-se. Ademais, notou que as paróquias católicas eram muito piores que as protestantes na hora de gerar amizades novas, com una maior frieza e anonimato.

Porém, sua vida espiritual e sua relação com Cristo e a Igreja se ampliaram. Lendo a R.R. Reno, outro teólogo anglicano que se fez católico, fez sua uma de suas ideias: que somente há uma Igreja onde ser “recebido”, aquela que tem já sua doutrina e critérios e os ensinamentos, aquela que não é una coleção de indivíduos de meras opiniões similares. Nsesa Igreja se pode encontrar repouso.


(Podes contatar-se com Jim através de seu site (em inglês) www.jimtonkowich.com)


De: religionenlibertad.com



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