04 maio 2018

CATECISMO: «…Nascido da Virgem Maria»: porque é que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus?


.......[495] A MATERNIDADE DIVINA DE MARIA
..........[495] Chamada nos evangelhos « a Mãe de Jesus » (Jo 2, 1; 19, 25)(150), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e desde antes do nascimento do seu Filho, como « a Mãe do meu Senhor » (Lc 1, 43). Com efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus (« Theotokos ») (151).

[509] Maria é verdadeiramente « Mãe de Deus », pois é a Mãe do Filho eterno de Deus feito homem que, Ele próprio, é Deus.

Maria é verdadeiramente Mãe de Deus porque é a mãe de Jesus (Jo 2,1-25). Com efeito, Aquele que foi concebido por obra do Espírito Santo e que se tornou verdadeiramente Filho de Maria é o Filho eterno de Deus Pai. É Ele mesmo Deus.

O que significa «Imaculada Conceição»?

......[487] II. ...nascido da Virgem Maria
..........[487] O que a fé católica crê, a respeito de Maria, funda-se no que crê a respeito de Cristo. Mas o que a mesma fé ensina sobre Maria esclarece, por sua vez, a sua fé em Cristo.
.......[488] A PREDESTINAÇÃO DE MARIA
..........[488] « Deus enviou o seu Filho » (GI 4, 4). Mas, para Lhe « formar um corpo » (129), quis a livre cooperação duma criatura. Para isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe do seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré, na Galileia, « virgem que era noiva de um homem da casa de David, chamado José. O nome da virgem era Maria » (Lc 1, 26-27): « O Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para Mãe, precedesse a Encarnação, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida (130).
..........[489] Ao longo da Antiga Aliança, a missão de Maria foi preparada pela missão de santas mulheres. Logo no princípio, temos Eva; apesar da sua desobediência, ela recebe a promessa duma descendência que sairá vitoriosa do Maligno(131) e de vir a ser a mãe de todos os vivos (132). Em virtude desta promessa, Sara concebe um filho, apesar da sua idade avançada (133). Contra toda a esperança humana, Deus escolheu o que era tido por incapaz e fraco (134) para mostrar a sua fidelidade à promessa feita: Ana, a mãe de Samuel (135), Débora, Rute, Judite e Ester e muitas outras mulheres. Maria « é a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a salvação de Deus. Com ela, enfim, excelsa filha de Sião, passada a longa espera da promessa, cumprem-se os tempos e inaugura-se a nova economia da salvação » (136).
.......[490] A IMACULADA CONCEIÇÃO
..........[490] Para vir a ser Mãe do Salvador, Maria « foi adornada por Deus com dons dignos de uma tão grande missão » (137). O anjo Gabriel, no momento da Anunciação, saúda-a como « cheia de graça »(138). Efectivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era necessário que Ela fosse totalmente movida pela graça de Deus.
..........[491] Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, « cumulada de graça » por Deus (139), tinha sido redimida desde a sua conceição. É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, procla­mado em 1854 pelo Papa Pio IX: « Por uma graça e favor singular de Deus omnipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição » (140).
..........[492] Este esplendor de uma « santidade de todo singular », com que foi « enriquecida desde o primeiro instante da sua conceição » (141), vem-lhe totalmente de Cristo: foi « remida dum modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho » (142). Mais que toda e qualquer outra pessoa criada, o Pai a « encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo » (Ef 1, 3). « N'Ele a escolheu antes da criação do mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua presença » (Ef 1, 4).

......[508] RESUMO
..........[508] Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe do seu Filho. « Cheia de graça », ela é « o mais excelso fruto da Redenção » (182). Desde o primeiro instante da sua conceição, ela foi totalmente preservada imune da mancha do pecado original, e permaneceu pura de todo o pecado pessoal ao longo da vida.

Deus escolheu gratuitamente Maria desde toda a eternidade para que fosse a Mãe de seu Filho: para cumprir tal missão, foi concebida imaculada. Isto significa que, pela graça de Deus e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Maria foi preservada do pecado original desde a sua concepção.



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