Os
ricos usem a riqueza para dar sentido à vida: Bento XVI no Angelus
deste domingo, em que recordou a beatificação, em Praga, os primeiros
Beatos deste Ano da Fé
Como
habitualmente, também neste domingo, Bento XVI apareceu ao meio dia, à
Janela do seu apartamento, sobre a Praça de São Pedro, para rezar a
oração do Angelus e fazer uma breve reflexão com os fieis ali reunidos e
no mundo inteiro, através dos de comunicação social.
Tal como
sugere o Evangelho deste domingo em que São Marcos fala do encontro de
Jesus com o rico opulento, foi sobre a questão da partilha das riquezas
com os mais necessitados que o Papa centrou as suas palavras.
No
encontro com esse rico, fiel observante dos mandamentos da lei de Deus,
mas que não tinha ainda encontrado a felicidade e pergunta, por isso, a
Jesus “como fazer para ter a vida eterna”, Jesus aproveita o desejo
profundo desse homem habituado a “comprar” tudo com o dinheiro e apegado
aos seus bens materiais, para lhe propor dar tudo aos pobres e a
segui-Lo. “Vem, segue-me!”
Mas o homem que pensava que Jesus lhe
ai propor algum mandamento especial que pudesse, quem sabe, cumprir
também com a ajuda do dinheiro, não compreendeu essa proposta de Jesus. O
Filho de Deus colhe, então, a ocasião para explicar aos seus
discípulos “quão difícil é para os ricos entrar no reino de Deus”,
Aliás, disse, “é mais fácil para um camelo passar pelo fundo duma agulha
do que para um rico entrar no reino de Deus”
Perante o espanto
dos discípulos, Jesus acrescentou todavia, que isto é impossível para os
homens, mas não para Deus, porque a Deus tudo é possível .
E a
este respeito o Papa citou São Clemente de Alexandria, segundo o qual a
parábola do rico opulento ensina aos ricos que não devem descurar a sua
salvação, como se fossem já condenados a não entrar no reino dos céus,
nem devem considerar a sua riqueza hostil à vida, mas devem, isso sim,
aprender a usá-la para dar sentido à vida
O Papa recordou ainda
que a Igreja está cheia de exemplos de pessoas ricas que souberam usar
os próprios bens de forma evangélica, chegando mesmo à santidade… E
lembrou o caso de São Francisco, Santa Isabel da Hungria ou São Carlos
Borromeo…
Bento XVI concluiu as suas reflexões com os fieis
invocando Nossa Senhora, sede da sabedoria, para nos ajudar a acolher
com alegria o convite de Jesus, para entrar na plenitude da vida.
Depois
da Oração o Papa saudou os peregrinos em diversas línguas, começando
por recordar, em italiano, que, ontem em Praga, foram proclamados os
primeiros beatos deste Ano da Fé: Federico Bachstein e treze confrades
da ordem dos Frades Menores fraciscanos, martirizados em 1611 por causa
da sua fé. Recordam-nos – disse o Papa – que acreditar em Cristo
significa estar dispostos também a sofrer com Ele e para Ele.
Em
esloveno e polaco, Bento XVI saudou os peregrinos da Eslovénia e da
Polónia, recordando os 250 anos da paróquia de Dob Pri Domzalah na
Eslovénia, e o “Dia do Papa, com o lema “João Paulo II – Papa da
Família”, na Polónia.
“N’ayons pás peur de vivre e de proclamer notre foi en Dieu”
Em
língua francesa Bento XVI exortou os cristãos a não terem medo de viver
e de proclamar a própria fé em Deus e recordou que hoje como ontem
viver para Deus obriga a fazer escolhas por vezes difíceis e convidou,
neste mês do Rosário, a virar o olhar para Maria, confiando-lhe as
nossas famílias a Assembleia sinodal reunida no Vaticano para reflectir
sobre a Nova Evangelização.
“Have de Cougare to ask Lord wahta morte can we do….”
Em
inglês Bento XVI convidou a ter a coragem de perguntar a Deus “que mais
podemos fazer, especialmente para os pobres, as pessoas sós, os
doentes, os que sofrem de algum modo, por forma a sermos testemunhos e
herdeiros da vida eterna prometida por Deus.
De: radiovaticana.va
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