22 junho 2016

Não há mais Natal nem Semana Santa no Uruguai, um país que eliminou as festas religiosas de seu calendário






O cardeal Sturla chama a reevangelizar o Uruguai, um país que eliminou as festas religiosas


Uruguai é um país no qual no calendário de festividades foram eliminadas as festas religiosas, pois não reconhece o Natal ou a Semana Santa, as quais denomina com outros nomes para ocultar seu sentido religioso. Depois de um século de secularização as consequências são palpáveis e menos da metade dos uruguaios se definem católicos. O cardeal de Montevidéu, DanielSturla, conta a Aciprensa (em espanhol) a situação do país:

Uruguai tem suportados “uma secularização muito forte que leva 100 anos ou mais de 100 anos e que tocou as fibras do povo”, assegura o Arcebispo de Montevidéu, cardeal Daniel Sturla. Porém, a Igreja não está disposta a render-se na evangelização e em proclamar a fé “publicamente”.

O secularismo no Uruguai, lamentou o cardeal Sturla, em declarações a ACI Prensa, “tocou a cultura” do país.
“Tanto que tocou um dos elementos essenciais de uma cultura como é o calendário”, assinalou, pois o Uruguai “não conhece oficialmente o dia de Natal, Semana Santa, Dia de Reis o Dia da Imaculada, e sim que a Semana Santa se chama ‘a semana do turismo’, o Natal ‘dia da família’, Imaculada se tornou o ‘dia das praias, agora tampouco é feriado”.

No país sul americano, explicou o Cardeal, pouco mais de 45% se considera católico, enquanto que 13% são cristãos de diversas denominações. Outro grupo importante é de ateus e agnósticos e os de que dizem crer em Deus mas não têm vínculo com alguma igreja. “O principal desafio”, assinalou o Arcebispo de Montevidéu, é “a Nova Evangelização”.

“O Uruguai é um país que necessita muitíssimo de ser novamente evangelizado”, disse, e por isso a Arquidiocese de Montevidéu –cidade que reúne cerca da metade dos 3 milhões de habitantes do Uruguai– este ano foi lançado “cinco programas evangelizadores que querem responder a esses desafios”.

“Um programa tem a ver com a Comunicação Social, o programa de renovar todo o departamento de Comunicação Social de a Arquidiocese” disse, enquanto que “outro programa se chama Primeiro Anúncio, estamos formando gente para fazer nas paróquias que assim o solicitem equipes de primeiro anúncio para ir às casas, para receber as pessoas, para criar âmbitos nas paróquias donde há gente que está afastada da fé, possa encontrar-se”.

Outro de seus programas é o Ministério de Música, pois “nos parece muito importante que a liturgia seja uma liturgia bela, que a gente chegue à igreja e encontre o atrativo da liturgia bem celebrada, com uma música adequada”.

“Um quarto programa é a Formação dos Agentes Pastoris, o IAF, Instituto Arquidiocesano de Formação”, assinalou, e anotou que o “quinto programa se chama Portas Abertas, que é tratar de que todos os templos da cidade, de modo especial templos paroquiais, estejam abertos ao menos 4 horas cada dia”.

Este último, explicou, “porque devido à insegurança que em Montevidéu tem crescido, as portas dos templos geralmente estão cerradas”.

Um recente caso do laicismo imperante foi a controvérsia suscitada a inícios de 2016 porque um grupo de leigos desejava erigir uma imagem da Virgem dos 33, padroeira do Uruguai, frente à baía conhecida como a Rambla.

O pedido, respaldado pelos bispos Uruguaios, enfrentou diversas críticas mediáticas e políticas. “O tema é a Igreja Católica”, protestou em essa ocasião o cardeal Sturla em declarações ao País TV, e criticou a “mentalidade laicista retrógrada de faz cem anos”.

Porém, o cardeal vê com otimismo o futuro. “Tem surgido uma pastoral juvenil muito forte em algumas paróquias e movimentos, donde os jovens têm redescoberto elementos clássicos da vida cristã”.

“Por exemplo, a reza do Rosário. Por exemplo, a adoração Eucarística. E sabem unir muito bem, tanto a reza do Rosário e a adoração Eucarística com o serviço aos mais pobres”.

O Arcebispo de Montevidéu assinalou que muitos destss grupos juvenis “rezam o Rosário, fazem adoração, fazem um jantar popular e saem de noite a dar de comer à gente em situação de rua”. “Podemos dizer que há um grupo juvenil no Uruguai hoje muito forte, muito renovador, com muita força”, indicou.

“O desafio”, disse, “é como chegar a mais e mais jovens convencidos de que o anúncio de Cristo é a felicidade da vida, é a salvação aos jovens, para todos”.



De: religionenlibertad.com


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