Mario Zenari, cardeal de Síria há quatro meses, mostrou que as atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico no país são inexplicáveis. “As vítimas são inocentes, civis, mulheres, crianças. Se trata de una guerra horrível. Quem não crê no inferno basta que venha a Síria e se dê conta do que é”.
Em declarações a AciPrensa, o prelado destacou que “há que se preocupar mais pelo sofrimento do povo sírio, da população civil, sobretudo das mulheres e das crianças” e que “é tempo de se preocupar com eles e fazer coisas concretas”.
Ademais explicou que o Papa Francisco deseja visitar a Síria, “mas não pode se não há um mínimo de segurança, tanto para ele como para a gente. Se vem tem que ficar na nunciatura, de onde testemunharia com gente, mas já vemos o que está sucedendo em Damasco”.
“O Papa não pode assumir esta responsabilidade, poderia ocorrer um incidente… Temos que dizer que tem que esperar um pouco pela segurança de todos, a sua e a dos fiéis. Vemos em Damasco enormes quantidades de sangue pelos ataques terroristas, os kamikazes que se fazem explodir. É um banho de sangre”.
“Há pequenos gestos, como a ajuda do Pontifício Conselho Cor Unum com os hospitais. Estes devem trabalhar ao máximo de sua capacidade, agora no podem por motivos concretos e custos. Há que passar a ação. Há que se dar conta das coisas que estão passando, das coisas que não vão bem, mas também dos gestos de solidariedade”, quis deixar claro o cardeal.
Perguntado pelo labor da Comunidade Internacional respondeu que “não está fazendo tudo o que poderia fazer” e a solidariedade e a oração “são muito importantes”. “Deverão cair os ‘muros’ de todo Médio Oriente, não somente da Síria”, acrescentou.
Para Zenari é essencial que exista “uma maior sensibilização da opinião pública para fazer pressão sobre os governos porque o perigo é que tudo seja pouco a pouco esquecido. Da medo quando com o passar do tempo se vai falando menos sobre o nosso sofrimento”.
De: infovaticana.com
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