27 maio 2016

Senegal: católicos são apenas 5% da população e não têm lugar onde expressar a sua fé




Senegal: a graça chega pela fé

Enquanto que o número de peregrinos tem crescido, o número de graças alcançadas também cresce. Esta é a boa notícia. A má, é que eles ainda não tem um lugar para expressar a fé e vivenciar a alegria de se reunir em comunidade.

O Senegal é um país predominantemente muçulmano, com uma população de cerca de 12 milhões de habitantes. Cerca de 90% da população deste país é muçulmana, enquanto os cristãos são aproximadamente 5% - a maioria católicos.

A paróquia de Savoigne, no noroeste do país, na região próxima à fronteira com a Mauritânia, é a única paróquia católica dentro de um raio de 100 km, e que atrai católicos de regiões mais distantes graças a devoação a Nossa Senhora, Saúde dos Enfermos, reverenciada na imagem do seculo 18, existente nesta paróquia. Tem crescido o número de peregrinos de toda diocese e até mesmo da capital, Dakar, por conta da devoção. A imagem foi trazida da Itália pelo padre Emmanuel Zanaboni. Muitas mulheres vêm aqui buscando a ajuda da Mãe de Deus, especialmente por não poderem gerar filhos, algo que na África é visto como uma fonte de grande vergonha e como uma mancha sobre a vida dessas mulheres, que em consequência, sofrem imensamente.

Enquanto que o número de peregrinos tem crescido, o número de graças alcançadas também cresce. O Pe. Zanaboni, que pertence à congregação dos misericordiosos Irmãos de São João de Deus, e que tem trabalhado como missionário na África desde 1982, relata: "As mulheres são bem-vindas, pois elas são ouvidas, são apoiadas e depois retornam para casa novamente bastante transformadas”.

Mas, infelizmente, a paróquia não tem sequer uma Igreja propriamente dita, mas apenas uma sala polivalente, construída na década de 1970, onde a Santa Missa é celebrada. A construção não é adequada para as necessidades da própria comunidade, a acústica é tão ruim que mal dá para acompanhar a Missa. E quando padre Zanaboni faz a sua homilia, precisa ficar no meio do salão a gritar para ser ouvido corretamente. Além de tudo isso, durante a estação chuvosa a água escorre através do telhado e a celebração é, por vezes, interrompida enquanto que as pessoas procuram por um lugar que seco para ficar. Mas agora, com o afluxo adicional dos peregrinos, o local ficou simplesmente muito pequeno. "As pessoas da comunidade generosamente cedem seus lugares para os peregrinos", nos diz o Pe. Zanaboni.

Existe, então, uma necessidade urgente de se ter uma igreja adequada. Os paroquianos já tentaram várias iniciativas para levantar os fundos necessários, como uma campanha para que todos contribuíssem com dois sacos de cimento e outros eventos em geral, mas as pessoas são pobres e, mesmo com a melhor boa vontade do mundo, eles nunca serão capazes de custear todos os gastos. Padre Emmanuel Zanaboni procurou a ACN para pedir ajuda e nós estamos mais do que felizes em lhe dizer sim.


De: ais.org.br

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