11 novembro 2016

O martírio de Simona




Simona, de 33 anos, e seu bebê – ainda no seu ventre – foram assassinados quando terroristas islâmicos invadiram uma padaria em Daca, capital de Bangladesh, fazendo refém um grupo de 20 pessoas durante a noite de 1° de julho deste ano.

“Simona foi assassinada por conta do ódio à fé, e é por isso que queremos apoiar os cristãos perseguidos.” Diz o padre Luca Monti, irmão da vítima, que explica a decisão da família em apoiar a Ajuda à Igreja que Sofre (ACN). A família Monti contribuiu através da ACN para a construção da igreja dedicada a São Miguel em Harintana, uma pequena cidade de Bangladesh, na diocese de Khulna, e desta forma, fazer memória de Simona.

Padre Luca, que atualmente vive na Itália, explica que toda a sua família é cristã, e acrescenta: “Acreditamos que Simona foi uma mártir, juntamente com todas as outras vítimas desse terrível ataque. Assim, decidimos fazer seu funeral muito simples, para que tivéssemos condições de contribuir com um bom trabalho em nome dos cristãos perseguidos. Escolhemos, assim, fazê-lo via Ajuda à Igreja que Sofre, por ser uma Fundação Pontifícia e por apoiar projetos maravilhosos em nome de tantos irmãos nossos que são perseguidos pela fé”.

Diante do horror do extremismo, a família Monti respondeu fazendo o bem num país atormentado pela perseguição religiosa, como Bangladesh, contribuindo para a promoção do diálogo inter-religioso e o apoio às minorias. Tal solidariedade proporcionou um lugar de oração para a comunidade católica da Harintana, que até agora tem sido obrigada a viajar por quilômetros, atravessar um rio, para então chegar à igreja mais próxima. “Escolhemos este projeto pois nos dá uma nova esperança ao saber que a igreja de São Miguel será um incentivo para que os cristãos de Bangladesh não temam nem cedam, mesmo em face da violência. E é claro que também fazemos isso por Simona, porque sabemos que a comunidade local, com seus corações bondosos, rezará por sua alma e por nossa família”.

Padre Luca se lembra de sua irmã, em particular, pela sua dedicação ao seu trabalho e sua “adorável determinação”. Ele acrescenta que, para além do seu grande sofrimento, a família Monti se fortalece ao saber que Simona morreu por sua fé. “Foi comovente para mim ouvir o meu pai dizer: ‘Eu dei a Deus um filho sacerdote, e uma filha mártir.’”


De: acn.org.br

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