03 novembro 2011

A única saída

21. Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?
22. Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. (MT 18,21-22)

Na vida familiar, existem momentos onde pensamos que nossa casa vai perecer. Alguns desentendimentos, algumas discussões parecem que não se resolverão jamais.
Essas crises deixam marcas profundas de ressentimento entre marido e mulher, entre pais e filhos e entre irmãos.

Haverá dias em que estaremos estressados pelo trabalho, pelos estudos, pela falta de dinheiro e isso vai refletir na nossa emoção causando um grande estrago na pessoa mais próxima.
Desentendimentos são comuns nas relações humanas.

No belo caminho da vida conjugal, certamente iremos esbarrar e machucar alguém, pois estamos dentro do mesmo barco.

E comparando o casamento a um barco, cada cônjuge tem um remo. Se cada um quiser remar sem se preocupar como o outro está remando ou aonde o outro quer chegar, se as remadas não forem sincronizadas, o barco não segue em frente, fica navegando em círculos, dá enjôos, divisões.

Nesse caso só existe uma saída, o perdão.
Quantas vezes perdoar? Sempre!
Ficar alimentando o rancor não nos leva a nada, aliás, leva sim, leva às doenças.
É melhor perdoar logo se você quiser ser um cristão de verdade.

Qual líder, qual gerente, qual responsável de equipe teria a coragem de dizer aos seus comandados o que Jesus disse aos seus? “mas o que entre vós é o maior, torne-se como o último; e o que governa seja como o servo.” (Lc 22,26)
Logo, perdoar é fazer-se último, é fazer o outro crescer, é diminuir-se.
Para perdoar é preciso coragem.

No contexto do Evangelho de Mateus que inicia esta pequena reflexão, o Mestre do perdão ensina que devemos ser como as crianças (MT 18,3).
Certa vez eu vi um estudo onde um médico colocava uma barata de plástico no copo de suco de uma criança. A pequena menina ficava zangada com a atitude do médico, mas bastava o doutor retirar o falso inseto do copo que logo a garotinha dava goles no delicioso líquido. Ou seja, a criança não entende ainda o sentido de contaminação, tudo serve de alimento: “basta retirar a barata do meu suco que está tudo bem”.

Não deixe o rancor contaminar a sua família.
Seja como as crianças, retire a barata do suco.
A pessoa que está com você é um escolhido de Jesus, não vale a pena guardar mágoa, guarde coisas boas, lembre-se que, talvez você vai magoá-la também e você precisará do perdão dela.

Paz e bem!


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