Minha mãe me conta uma história de quando eu era criança e ela foi convidada a participar de uma igreja protestante. Ela dizia que eu não a deixava em paz nos cultos, eu falava que o pastor pastor falava demais, dizia que as pessoas estavam dormindo em pé porque estavam de olhos fechados. Então minha mãe resolveu que não iria mais na igreja protestante, porque eu não gostava de ir lá, eu gostava mesmo era de ir a Igreja Católica, desde então, ela nunca mais se desviou do caminho da salvação. Obrigado mãe, se eu te tirei da igreja protestante, foi porque a senhora me ensinou o verdadeiro valor da Igreja Católica
Segue um velo texto do Padre Chrystian, vale a pena ler.
São sete as razões principais pelas quais não sou protestante:
1. Somente a Bíblia...
Os protestantes afirmam que seguem a
Bíblia como norma de fé. Acontece, porém, que a Bíblia utilizada por
todos os protestantes é uma só; em português, vem a ser a tradução de
Ferreira de Almeida. Por que então não concordam entre si no tocante a
pontos importantes (ver nº 2 adiante)? E por que não constituem uma só
comunidade cristã, em vez de serem centenas e centenas de denominações
separadas (e até hostis) entre si?
A razão disto é que, além da Bíblia,
seguem outra fonte de fé e disciplina... fonte esta que explica as
divergências do Protestantismo.
Tal fonte, chamamo-la Tradição oral; é
esta que dá vida e atualidade à letra do texto. A tradição oral do
Catolicismo começa com Cristo e os Apóstolos, ao passo que as tradições
orais dos protestantes começam com Lutero (1517), Calvino (1541), Knox
(1567), Wesley (1739), Joseph Smith (1830)...
Entre Cristo e os Apóstolos, de um lado,
e os fundadores humanos das denominações protestantes, do outro lado,
não há como hesitar: só se pode optar pelos ensinamentos de Cristo e dos
Apóstolos, deixando de lado os "profetas" posteriores.
Notemos que o próprio texto da Bíblia
recomenda a Tradição oral, ou seja, a Palavra de Deus que não foi
consignada na Bíblia e que deve ser respeitada como norma de fé. Os
autores sagrados não tiveram, em vista expor todos os ensinamentos de
Jesus, como eles mesmos dizem:
"Há ainda muitas outras coisas que Jesus
fez. Se elas fossem escritas, uma por uma, penso que nem o mundo
inteiro poderia conter os livros que se teriam de escrever" (Jo 21,25,
cf. 1 Ts 2,15).
"Muitos outros prodígios fez ainda Jesus
na presença dos discípulos, os quais não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome (Jo
20,30s).
São Paulo, por sua vez, recomenda os
ensinamentos que de viva voz nos foram transmitidos por Jesus e passam
de geração a geração no seio da Igreja, sem estarem escritos na Bíblia:
"Sei em quem acreditei.. Toma por norma as sãs palavras que ouviste de
mim na fé e no amor do Cristo Jesus. Guarda o bom depósito com o auxílio
do Espírito Santo que habita em nós" (2Tm 1, 12-14).
Neste texto vê-se que o depósito é a
doutrina que São Paulo fez ouvir a Timóteo, e que Paulo, por sua vez,
recebeu de Cristo. Tal é a linha pela qual passa o depósito: Cristo
-> Paulo -> Timóteo
A linha continua... conforme 2Tm 2,2:
"O que ouviste de mim em presença de
muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de o
ensinar ainda a outros".
Temos então a seguinte sucessão de
portadores e transmissores da Palavra: O Pai -> Cristo -> Paulo
(Os Apóstolos) -> Timóteo (Os Discípulos imediatos dos Apóstolos)
-> Os Fiéis -> Os outros Fiéis
Desta forma a Escritura mesma atesta a
existência de autênticas proposições de Cristo a ser transmitidas por
via meramente oral de geração a geração, sem que os cristãos tenham o
direito de as menosprezar ou retocar. A Igreja é a guardiã fiel dessa
Palavra de Deus oral e escrita.
Dirão: mas tudo o que é humano se
deteriora e estraga. Por isto a Igreja deve ter deteriorado e deturpado a
palavra de Deus; quem garante que esta ficou intacta através de vinte
séculos na Igreja Católica?
Quem o garante é o próprio Cristo, que
prometeu sua assistência infalível a Pedro e as luzes do Espírito Santo a
todos os seus Apóstolos ou à sua Igreja; ver Mt 16, 16-18; Lc 22,31s;
Jo 21,15-17; Jo 14, 26; 16,13-15.
Não teria sentido o sacrifício de Cristo
na Cruz se a mensagem pregada por Jesus fosse entregue ao léu ou às
opiniões subjetivas dos homens, sem garantia de fidelidade através dos
séculos. Jesus não pode ter deixado de instituir o magistério da sua
Igreja com garantia de inerrância.
2. Contradições
0 fato de que não seguem somente a Bíblia, explica as contradições do Protestantismo:
Algumas denominações batizam crianças; outras não as batizam;
Algumas observam o domingo; outras, o sábado;
Algumas têm bispos; outras não os têm;
Algumas têm hierarquia; outras entregam o governo da comunidade à própria congregação (congregacionalistas);
Algumas fazem cálculos precisos para
definir a data do fim do mundo - o que para elas é essencial. Outras não
se preocupam com isto.
Vê-se assim que a Mensagem Bíblica é
relida e reinterpretada diversamente pelos diversos fundadores dos ramos
protestantes, que desta maneira dão origem a tradições diferentes e
decisivas.
Ademais, todos os protestantes dizem que
a Bíblia contém 39 livros do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento,
baseando-se não na Bíblia mesma (que não define o seu catálogo), mas
unicamente na Tradição oral dos judeus de Jâmnia reunidos em Sínodo no
ano 100 d.C.;
Todos os protestantes afirmam que tais
livros são inspirados por Deus, baseando-se não na Bíblia (que não o
diz), mas unicamente na Tradição oral.
Onde está, pois, a coerência dos protestantes?
Pelo seu modo de proceder, afirmam o que
negam com os lábios; reconhecem que a Bíblia não basta como fonte de
fé. É a Tradição oral que entrega e credencia a Bíblia.
3. Afinal a Bíblia... Sim ou Não?
Há passagens da Bíblia que os fundadores
do Protestantismo no século XVI não aceitaram como tais; por isto são
desviadas do seu destino original muito evidente:
1. A Eucaristia... Jesus disse claramente: "Isto é o meu corpo" (Mt 26,26) e "Isto é o meu sangue" (Mt 26,28).
Em Jo 6,51 Jesus também afirma: "O pão
que eu darei, é a minha carne para o mundo". Aos judeus que zombavam, o
Senhor tornou a afirmar: "Em verdade, em verdade vos digo: se não
comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não
tereis a vida em vós. Quem
come minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna eu o
ressuscitarei no último dia. Pois a minha came é verdadeiramente uma
comida e o meu sangue verdadeíramente uma bebida".
Apesar disto, os protestantes não aceitam o sacramento do perdão e da reconciliação! (Jo 21,17).
Se assim é, por que é que "os seguidores da Bíblia" não aceitam a real presença de Cristo no pão e no vinho consagrados?
2. Jesus disse ao Apóstolo Pedro: "Tu és Pedro (Kepha) e sobre esta Pedra (Kepha) edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18).
Disse mais a Pedro: "Simão, Simão... eu
roguei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. E tu, voltando-te,
confirma teus irmãos" (Lc 22,31s).
Ainda a Pedro: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,15).
Apesar de tão explícitas palavras de Jesus, os protestantes não reconhecem o primado de Pedro! Por que será?
3. Jesus entregou aos Apóstolos a
faculdade de perdoar ou não perdoar os pecados - o que supõe a confissão
dos mesmos para que o ministro possa discernir e agir em nome de Jesus:
"Recebei o Espiríto Santo. Àqueles a
quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem não os
perdoardes, não serão perdoados" (Jo 20,22s).
4. Jesus disse que edificaria a sua
Igreja ("a minha Igreja", Mt 16,18) sobre Pedro. As denominações
protestantes são constituídas sobre Lutero, Calvino, Knox, Wesley...
Antes desses fundadores, que são dos séculos XVI e seguintes, não
existia o Luteranismo, o Calvinismo (presbiterianismo), o Metodismo, o
Mormonismo, o Adventismo... Entre Cristo e estas denominações há um
hiato... Somente a Igreja Católica remonta até Cristo.
5. 0 Apóstolo São Paulo, referindo-se ao
seu elevado entendimento da mensagem cristã, recomenda a vida una ou
indivisa para homens e mulheres: "Dou um conselho como homem que, pela
misericórdia do Senhor, é digno de confiança... 0 tempo se fez curto.
Resta, pois, que aqueles que têm esposa, sejam como se não a tivessem;
aqueles que choram, como se não chorassem; aqueles que se regozijam,
como se não se regozijassem; aqueles que compram, como se não
possuíssem; aqueles que usam deste mundo, como se não usassem
plenamente. Pois passa a figura deste mundo. Eu quisera que estivésseis
isentos de preocupações. Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor
e do modo de agradar ao Senhor. Quem tem esposa, cuida das coisas do
mundo e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a
mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem
santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do
mundo; procura como agradar ao marido" (1Cor 7,25-34).
Ora os protestantes nunca citam tal
texto quando se referem ao celibato e à virgindade consagrada a Deus. É
estranho, dado que eles querem em tudo seguir a Bíblia.
4. Esfacelamento
Jesus prometeu à sua Igreja que estaria
com ela até o fim dos tempos (cf. Mt 28,20); prometeu também aos
Apóstolos o dom do Espírito Santo para que aprofundassem a mensagem do
Evangelho (cf. Jo 14,26; 16,13s).
Não obstante, os protestantes se afastam
da Igreja assim assistida por Cristo e pelo Espírito Santo para fundar
novas "igrejas". São instituições meramente humanas, que se vão
dividindo, subdividindo e esfacelando cada vez mais; empobrecem e
pulverizam sempre mais a mensagem do Evangelho, reduzindo-a: Ora a
sistema de curas (curandeirismo), milagre serviço ao homem (Casa da
Bênção, Igreja Socorrista, Ciência Cristã...);
Ora a um retorno ao Antigo Testamento,
com empalidecimento do Novo; assim os ramos adventistas...; Ora a um
prelúdio de nova "revelação", que já não é cristã. Tal é o caso dos
Mórmons; tal é o caso das Testemunhas de Jeová, que negam a Divindade de
Cristo, a SS. Trindade e toda a concepção cristã de história.
5. Deterioração da Bíblia
0 fato de só quererem seguir a Bíblia
(que na realidade é inseparável de Tradição oral, que a berçou e a
acompanha), tem como consequência o subjetivismo dos intérpretes
protestantes. Alguns entram pelos caminhos do racionalismo e vêm a ser
os mais ousados dilapidadores ou roedores das Escrituras (tal é o caso
de Bultmann, Marxsen, Harnack, Reimarus, Baur...). Outros preferem
adotar cegamente o sentido literal, sem o discernimento dos
expressionismos próprios dos antigos semitas, o que distorce, de outro
modo, a genuína mensagem bíblica.
Isto acontece, porque faltam ao
Protestantismo os critérios da Tradição ("o que sempre, em toda a parte e
por todos os fiéis foi professado"), critérios estes que o magistério
da Igreja, assistido pelo Espírito Santo, propõe aos fiéis e estudiosos,
a fim de que não se desviem do reto entendimento do texto sagrado.
6. Mal-Entendidos
Quem lê um folheto protestante dirigido
contra as práticas da Igreja Católica (veneração, não adoração das
imagens, da Virgem Santíssima, celibato...), lamenta o baixo nível das
argumentações: são imprecisas, vagas, ou mesmo tendenciosas; afirmam
gratuitamente sem provar as suas acusações; não raro baseiam-se em
premissas falsas, datas fictícias, anacronismos.
As dificuldades assim levantadas pelos
protestantes dissipam-se desde que se estudem com mais precisão a Bíblia
e as antigas tradições do Cristianismo. Vê-se então que as expressões
da fé e do culto da Igreja Católica não são senão o desabrochamento
homogêneo das virtualidades do Evangelho; sob a ação do Espírito Santo, o
grão de mostarda trazido por Cristo à terra tornou-se grande árvore,
sem perder a sua identidade (cf. Mt 13,31 s); vida é desdobramento de
potencialidades homogêneo. Seria falso querer fazer disso um argumento
contra a autenticidade do Catolicismo. Está claro que houve e pode haver
aberrações; estas, porém, não são padrão para se julgar a índole
própria do Catolicismo.
A dificuldade básica no diálogo entre
católicos e protestantes está nos critérios da fé. Donde deve o cristão
haurir as proposições da fé: da Bíblia só ou da Bíblia e da Tradição
oral?
Se alguém aceita a Bíblia dentro da
Tradição oral, que lhe é anterior, a berçou e a acompanha, não tem
problema para aceitar tudo que a Palavra de Deus ensina na Igreja
Católica, à qual Cristo prometeu sua assistência infalível.
Mas, se o cristão não aceita a Palavra
de Deus na sua totalidade oral e escrita, ficando apenas com a escrita
(Bíblia), já não tem critérios objetivos para interpretar a Bíblia; cada
qual dá à Escritura o sentido que ele julga dever dar, e assim se vai
diluindo e pervertendo cada vez mais a Mensagem Revelada. A letra como
tal é morta; é a Palavra viva que dá o sentido adequado a um texto
escrito.
7. Menosprezo da Igreja
Jesus fundou sua Igreja e a entregou a
Pedro e seus sucessores. Sim, Ele disse ao Apóstolo: "Tu és Pedro e
sobre essa pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não
prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus, e o
que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra
será desligado nos céus" (Mt 16,18s).
Notemos: Jesus se refere à sua Igreja
(Ele só tem uma Igreja) e Ele a entregou a Pedro... A Pedro e a seus
sucessores, pois Pedro é o fundamento visível ("sobre essa pedra
edificarei..."); ora, se o edifício deve ser para sempre inabalável, o
fundamento há de ser para sempre duradouro; esse fundamento sólido não
desapareceu com a morte de Pedro, mas se prolonga nos sucessores de
Pedro, os Papas.
Ora, Lutero e seus discípulos
desprezaram a Igreja fundada por Jesus, e fundaram (como até hoje ainda
fundam) suas "igrejas". Em consequência, cada "igreja" protestante é uma
sociedade meramente humana, que já não tem a garantia da assistência
infalívei de Jesus e do Espírito Santo, porque se separou do tronco
original.
A experiência mostra como essas
"igrejas" se contradizem e ramificam em virtude de discórdias e
interpretações bíblicas pessoais dos seus fundadores; predomina aí o "eu
acho" dos homens ou de cada "profeta" de denominação protestante.
Mas... as falhas humanas da Igreja não são empecilho para crer?
Em resposta devemos dizer que o
mistério básico do Cristianismo é o da Encarnação; Deus assumiu a
natureza humana, deixou-se desfigurar por açoites, escarros e
crucificação, mas desta maneira quis salvar os homens. Este mistério se
prolonga na Igreja, que São Paulo chama "o Corpo de Cristo" (Cl 1,24;
1Cor 12,27). A Igreja é humana; por isto traz as marcas da fragilidade
humana de seus filhos, mas é também divina; é o Cristo prolongado; por
isto os erros dos homens da Igreja não conseguem destrui-la; são, antes,
o sinal de que é Deus quem vive na Igreja e a sustenta.
Numa palavra, o cristão há de dizer com
São Paulo: "A Igreja é minha mãe" (cf. Gl 4,26). Ao que São Cipriano de
Cartago (+258) fazia eco, dizendo: "Não pode ter Deus por Pai quem não
tem a Igreja por Mãe" ("Sobre a Unidade de Igreja", cap. 4).
Conclusão
A grande razão pela qual o
Protestantismo se torna inaceitável ao cristão que reflete, é o
subjetivismo que o impregna visceralmente. A falta de referenciais
objetivos e seguros, garantidos pelo próprio Espírito Santo (cf. Jo
14,26; 16,13s), é o principal ponto fraco ou o calcanhar de Aquiles do
Protestantismo. Disto se segue a divisão do mesmo em centenas de
denominações diversas, cada qual com suas doutrinas e práticas, às vezes
contraditórias ou mesmo hostis entre si.
0 Protestantismo assim se afasta cada
vez mais da Bíblia e das raízes do Cristianismo (paradoxo!), levado pelo
fervor subjetivo dos seus "profetas", que apresentam um curandeirismo
barato (por vezes, caro!) ou um profetismo fantasioso ou ainda um
retorno ao Antigo Testamento com menosprezo do Novo.
Esta diluição do Protestantismo e a
perda dos valores típicos do Cristianismo estão na lógica do principal
fundador, Martinho Lutero, que apregoava o livre exame de Bíblia ou a
leitura da Bíblia sob as luzes exclusivas da inspiração subjetiva de
cada crente; cada qual tira das Escrituras "o que bem lhe parece ou lhe
apraz"!
Siga-nos no Facebook. Curta essa página==>>