31 janeiro 2012

Volte a Bordo

1.Saindo dali, ele foi para a região da Judéia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume.2.Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher.3.Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?"4.Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher."5.Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei;6.mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.7.Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;8.e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.9.Não separe, pois, o homem o que Deus uniu." (Mc 10, 1-9)
Por que a Igreja declara que o Matrimônio é indissolúvel? Confira no Catecismo da Igreja Católica:
O amor conjugal exige dos esposos, por sua própria natureza, uma fidelidade inviolável. Isso é a conseqüência do dom de si mesmos que os esposos fazem um ao outro. O amor quer ser definitivo. Não pode ser "até nova ordem". "Esta união íntima, doação recíproca de duas pessoas e o bem dos filhos exigem perfeita fidelidade dos cônjuges e sua indissolúvel unidade." CIC §1646
A igreja continua com o ensinamento dado por Jesus sobre o divórcio, foi por causa da dureza do coração dos fariseus e do povo em geral.
Esse maravilhoso dom, o Matrimônio, pode até ser violado pelo homem, como vemos com facilidade nas relações humanas. Mas para aquele que quer viver o evangelho, servir o Senhor, terá sempre em mente o desejo de Jesus e da Igreja em relação a esse sacramento.
O padre sempre pergunta dentro da fórmula matrimonial “É de livre e espontânea vontade...?” Exatamente isso, somos livres para escolhermos viver a vida inteira consagrados a uma pessoa, amando-a e respeitando-a “Todos os dias de nossas vidas”
O mundo assistiu estupefato ao naufrágio do navio Costa Concórdia que viajava com mais de 4.200 pessoas a bordo quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, na noite do dia 13 de janeiro. A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que começou a encher de água e virou. O comandante, apontado como o responsável pelo acidente por fazer uma manobra imprudente, é acusado de abandonar a embarcação logo após o impacto, deixando tripulação e passageiros para trás.
Vejamos um trecho do dialogo entre o comandante Francesco Schettino e Gregorio De Falco da guarda costeira italiana:
De Falco: "O que você está fazendo comandante?"
Schettino: "Vou para lá para coordenar os trabalhos de socorro..."
De Falco: "Quem está coordenando lá? Volte agora a bordo para coordenar o socorro a bordo. Você está se recusando?”
Schettino: "Não, não me recuso".
De Falco: "Você está se recusando a voltar a bordo? Diga-me por qual motivo você não vai para lá?"
Schettino: "Eu não estou indo para lá porque outro barco (bote de socorro) chegou..."
De Falco: "Volte a bordo, é uma ordem. Você não deve pensar em outra coisa. Você declarou o abandono do navio. Agora sou eu quem comanda. Volte a bordo! Entendido? Ouviu? Vá lá e entre em contato diretamente do navio. No local já há o meu socorro aéreo".

A patente do comandante o obrigava a ficar até o fim no comando do navio.  Mesmo dizendo, em outro trecho do diálogo, que ele havia sido jogado ao mar e não abandonado a embarcação, ele teria que subir ao navio pela escada onde todos estavam descendo. Não havia desculpa, mas uma exigência moral de ficar a bordo.
Não abandone o navio do seu casamento.
Volte a bardo você que está pensando em divórcio.
Isso é a conseqüência do dom de si mesmos que os esposos fazem um ao outro.

Paz e bem!


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