Vaticano, 30 Abr. 12 / 05:34 pm (ACI/EWTN Noticias)
O Papa Bento XVI
explicou que "o perdão não é uma negação do erro mas uma participação
na cura e no amor transformador de Deus que reconcilia e restaura".
Assim
indicou o Papa em uma mensagem dirigida à presidente da Pontifícia
Academia para as Ciências Sociais, a Prof. Mary Ann Glendon, por ocasião
da assembléia plenária deste dicastério que se reuniu em Roma para
estudar a contribuição da encíclica "Pacem in Terris", do Papa João
XXIII, à doutrina social da Igreja no 50º aniversário de sua publicação (11 de abril de 1963).
O
Papa escreve que em pleno apogeu da Guerra Fria e quando a opinião
pública expunha a questão da proliferação de armas de destruição
massivas, o Papa João XXIII escreveu uma "carta aberta ao mundo"; um
"premente chamado para promover em todos os âmbitos sociais, nacionais e
internacionais a causa da paz e a justiça".
O Santo Padre disse
logo que "embora o cenário político mundial tenha mudado
significativamente no último meio século a visão de João XXIII ainda tem
muito que ensinar-nos agora, quando enfrentamos os novos desafios para a
paz e a justiça na época pós-guerra Fria, em meio à contínua
proliferação de armas".
A Pacem in Terris é um forte apoio para
participar de um “diálogo criativo entre a Igreja e o mundo, entre
crentes e não crentes, como o Concílio Vaticano II se propôs a
promover".
Bento XVI
assinala que a encíclica "dá uma visão completamente cristã do lugar do
homem no cosmos, confiando em que ao fazê-lo, ofereça uma mensagem de
esperança a um mundo que está faminto dela. Trata-se de uma mensagem que
pode chegar às pessoas de todas as crenças e de nenhuma, porque sua
verdade está ao alcance de todos".
"Nesse mesmo espírito, depois dos atentados terroristas que abalaram o mundo em setembro de 2001, o beato João Paulo II insistiu em que não pode haver "paz sem justiça, nem justiça sem perdão".
O
Pontífice indicou logo em seguida que "a noção de perdão deve abrir
caminho para si no discurso internacional sobre a resolução de
conflitos, para transformar a linguagem estéril da recriminação mútua
que não leva a nenhuma parte. Como a criatura humana está feita a imagem
de Deus, um Deus de justiça que é 'rico em misericórdia', logo estas
qualidades devem refletir-se na resolução dos assuntos humanos".
"O perdão não é uma negação do erro e sim uma participação na cura e no amor transformador de Deus que reconcilia e restaura".
"Os
erros históricos e as injustiças –assegura o Papa– só podem ser
superadas se os homens e as mulheres se inspiram em uma mensagem de
recuperação e esperança; uma mensagem que assinala um caminho para sair
do atoleiro no qual, tão freqüentemente as pessoas ficam enterradas e as
nações, ficam incapazes de sair do círculo vicioso da violência".
"Desde
1963, alguns dos conflitos que então pareciam insolúveis passaram à
história. Com essa perspectiva, lutemos pela paz e a justiça no mundo de
hoje, confiando em que nossa busca comum da ordem estabelecida por
Deus, em um mundo no qual todo ser humano goze do respeito devido, possa
dar e dará frutos", conclui.
Fonte: ACI Digital
Deixe um comentário...
Siga-nos no Facebook. Curta essa página==>>