A Santa Sé confirmou ter recebido um novo “texto da resposta” da
Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada por D. Marcel Lefèbvre
(1905-1991), que lhe tinha solicitado há um mês para superar a “fratura”
existente entre as partes.
O documento, assinado pelo superior-geral
da Fraternidade, D. Bernard Fellay, vai ser agora “examinado” pela
Congregação da Doutrina da Fé ( CDF ) e, posteriormente, “submetido ao
juízo do Papa”, assinala um comunicado divulgado pela sala de imprensa
da Santa Sé.
Os lefebvrianos receberam em setembro do último ano um ‘preâmbulo
doutrinal’ sobre os problemas que separam as duas partes, nos quais se
destacam a aceitação do Concílio Vaticano II (1962-1965) e do magistério
pós-conciliar dos Papas em matérias como as celebrações litúrgicas, o
ecumenismo ou a liberdade religiosa.
Em março, o Vaticano revelou
que a posição manifestada por D. Bernard Fellay não era “ suficiente
para superar os problemas doutrinais subjacentes à fratura entre a Santa
Sé e a referida Fraternidade”.
O cardeal William Levada,
prefeito da CDF encontrou-se então com o superior-geral da Fraternidade
São Pio X, o qual foi convidado a “esclarecer a sua posição”, para que
seja possível “evitar uma rutura eclesial de consequências dolorosas e
incalculáveis”.
O ‘preâmbulo doutrinal’ era acompanhado por uma
nota preliminar, como “base fundamental para atingir a plena
reconciliação com a Sé Apostólica”, enunciando “alguns princípios
doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica necessários
para garantir a fidelidade ao magistério da Igreja”.
A primeira
resposta da Fraternidade foi recebida pelo Vaticano, em janeiro de 2012,
tendo sido examinada pela CDF e, posteriormente, por Bento XVI.
Enquanto
as questões relativas à doutrina não forem esclarecidas, a Fraternidade
não possui qualquer estado canónico na Igreja, segundo explicou o
próprio Papa, numa carta enviada aos bispos de todo o mundo, em 2009.
Fonte: Universocatolico.com.br
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