Na
sala de cirurgia, uma mãe com seu filho ainda no ventre aguardam a
chegada do médico ou da médica. Enfermeiras e auxiliares, apressadas,
cuidam dos últimos detalhes, preparando a mãe para o procedimento que
será feito em instantes. Tudo deve correr bem.
O
médico ou médica entra, olha para os profissionais que o auxiliarão na
intervenção em que mais uma vez ele poderá aplicar seus conhecimentos
adquiridos com muito estudo, e sente neles a mesma confiança
profissional que ele mesmo possui. Olha para a mãe e lhe diz, confiante:
"Vamos começar".
Quantas vezes já imaginamos tal cena? Quantas vezes já a vimos em filmes, novelas? Inúmeras, não?
A diferença é que, nesta cena, ninguém sorri.
Não
há aqui uma mãe ou pai com uma grande expectativa de que seu filho ou
filha veja a luz. Provavelmente o pai não está ao lado da mãe
reconfortando-a, dando-lhe apoio, ele também emocionado.
Não há aqui um médico alegre por mais uma vez trazer uma vida à luz.
Ninguém sorri. Ninguém está alegre. Estamos em uma clínica de abortos.
Tudo aqui é frio, é técnico, é asséptico. A limpeza do local contrasta com o que ali se faz.
O
aborto é um curioso caso de procedimento cirúrgico: uma morte é contada
como êxito. Um bebê foi envenenado com uma injeção salina? Êxito! Um
bebê é retalhado e tirado aos pedaços do ventre de sua mãe? Êxito
também.
Mas ninguém está feliz. Ninguém sorri.
Há casos, porém, em que não há êxito... Na Grã-Bretanha, segundo relatório do CEMACH (Confidential
Enquiry into Maternal and Child Health), no ano de 2005, 66 bebês
abortados nasceram vivos, apesar de tudo. E é aqui que entra um dado que
junta-se ao que já era chocante: estes bebês, que insistiram em nascer
vivos, foram deixados sem quaisquer cuidados médicos, foram abandonados a
morrer.
Não
houve uma pediatra na sala de parto para os receber e dar-lhes os
primeiros e necessários cuidados. Não houve uma ajudante que os limpasse
e os agasalhasse. Não houve um sorriso de sua mãe. Nada
disto aconteceu com estes 66 bebês que insistiram em viver. Foram
abandonados talvez na sala de parto mesmo, como um pedaço de carne sem
valor.
Dentre
eles, 16 tinham 22 ou mais semanas de gestação e a morte ocorreu entre 1
minuto e 6,5 horas após o aborto, com uma média de 66 minutos. Sim, é
isto mesmo... Os profissionais assistiram, no pior caso, um bebê
respirar durante até seis horas e meia até morrer.
Sozinhos. Abandonados. Jamais amados.
Mais um êxito. Não é o que importa?
Dentre
os 66, 50 tinham menos de 22 semanas de gestação. A morte destes levou
entre 0 e 10 horas, com uma média de 55 minutos. Um bebê, no pior caso
deste grupo, respirou durante 10 horas sem quaisquer cuidados. Foi
deixado à míngua, sentindo fome, sede, frio, sujo.
Êxito!
A
indústria do aborto é vitoriosa em nossos dias. Quando um grupo de
profissionais, uma mãe e um pai, conseguem assistir durante 10 horas a
um frágil ser humano lutar por sua vida sem que tenham seus corações
amolecidos e sejam levados a ajudar esta inocente criatura, este é um
sinal claro de que os abortistas estão fazendo muito bem o que sempre
pretenderam.
Como não dar os parabéns às feministas que
diariamente enchem os jornais com seus discursos pré-fabricados dizendo
serem as vozes das mulheres mais humildes enquanto enchem seus bolsos
com a ajuda de fundações estrangeiras?
Como não dar os parabéns a
tantos intelectuais que gastam seu precioso tempo com elocubrações
filosóficas e sociológicas para empurrar goela abaixo da população a
conveniência e a necessidade do aborto para que nossa nação possa passar
para o paraíso do primeiro mundo?
Como não dar os parabéns a
tantos profissionais do direito que utilizam seus conhecimentos
profissionais para, ao arrepio da Constituição, servirem como braço
jurídico à liberação do aborto no Brasil?
Parabéns a todos! O
êxito de vossas obras é por todos conhecido. Um bebê respirando por 10
horas e abandonado à morte é a prova de que todo o trabalho sujo de
vocês todos está bem encaminhado.
No início da II Guerra Mundial,
a Grã-Bretanha foi a responsável, praticamente sozinha, por deter o
avanço da Alemanha por toda a Europa. Apesar do intenso bombardeio aéreo
e até mesmo de bombas voadoras, eles não se renderam. Foi o "sangue,
suor e lágrimas" prometido por Churchill que os reergueu dos escombros.
Quem
diria que algumas décadas depois os ingleses tenham se tornado tão
indiferentes com a vida humana que, como um Mengele ou um Eichmann,
consigam olhar um bebê morrer lentamente sem prestar-lhe qualquer
cuidado?
Talvez Hitler tenha vencido e eu não saiba...
De: contra-o-aborto.blogspot.com.br
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