21 Depois de ter
pregado o Evangelho à cidade de Derbe, onde ganharam muitos discípulos,
voltaram para Listra, Icônio e Antioquia (da Pisídia). 22 Confirmavam as almas
dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário
entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações. 23 Em cada igreja
instituíram anciãos e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em
quem tinham confiado. 24 Atravessaram a Pisídia e chegaram a Panfília. 25
Depois de ter anunciado a palavra do Senhor em Perge, desceram a Atália. 26
Dali navegaram para Antioquia (da Síria), de onde tinham partido, encomendados
à graça de Deus para a obra que estavam a completar. 27 Ali chegados, reuniram
a igreja e contaram quão grandes coisas Deus fizera com eles, e como abrira a
porta da fé aos gentios. 28 Demoraram-se com os discípulos longo tempo. (At 4,21-28)
Nesta passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos, é relatado
como os apóstolos Paulo e Barnabé pregavam com intrepidez o Evangelho de Cristo
“falando com desassombro e confiança no Senhor, que dava testemunho à palavra
da sua graça pelos milagres e prodígios que ele operava por mãos dos apóstolos”,
ensinando, assim, o povo a ter fé.
Como então ensinar o povo ter fé?
Precisamos dar alguma garantia de sucesso profissional,
pessoal, amoroso para que as pessoas creiam em Jesus?
Como abrir a porta da fé aos incrédulos?
Creio que a melhor maneira de abrirmos essa porta é o nosso
testemunho. Ninguém tem uma fórmula exata e definida de como podemos ser discípulos
formadores de discípulos.
Por que Paulo disse que “é
necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações”? Ou
seja, não podemos fugir das tribulações, não podemos ensinar que o caminho da
fé é largo e sem dificuldades. Não podemos exigir de Jesus, que sofreu imensamente,
uma vida sem sofrimentos.
Portanto, a fé tem que ser testada “por meio de muitas tribulações”, é a vida dos apóstolos que nos
ensina. Assim como muitos mártires que viveram e nos ensinaram a ter fé.
Aconteceu com minha
família um exemplo de como a nossa fé é testada, é um fato muito triste, mas
exemplifica o que eu estou querendo expor neste artigo, leiam: Há algum tempo
atrás, recebemos uma ligação de familiares dizendo que minha sogra estava
internada e passando muito mal. Às pressas, fizemos as malas e saímos em viagem
de mais ou menos uma hora de carro. Como somos católicos, no caminho para a
cidade nos colocamos em oração para o restabelecimento daquele nosso ente
querido. Olhei pelo retrovisor e pedi para a minha filha mais velha, que tinha
nove anos, para que orasse em favor da vovó, pedindo a sua cura e que nós
pudéssemos a encontrar, como todas as outras vezes, com um abraço apertado, com um
sorriso, bolinho com café...
Mas, infelizmente esse
encontro não aconteceu, a vovó não resistiu e nos deixou.
Como eu iria explicar
isso à minha filha?
Por que Jesus não
atendeu à sua oração?
Como ensiná-la numa
hora tão dolorida?
Talvez eu nunca
consiga explicar isso a ela, mas isso não vai me fazer desconfiar nunca do grande
amor que o pobre carpinteiro de Nazaré tem pelos seus seguidores.
Para finalizar, três
historinhas que eu recebi do Padre Valdo:
Certa vez, o povo de um
vilarejo decidiu se reunir no centro do lugar para rezar pedindo por chuvas... Mas
apenas um garoto trouxe guarda-chuva.
O nome disso é fé.
Quando você joga um
bebê de um ano de idade para o alto, ele gargalha porque sabe que na queda
alguém irá segurá-lo.
O nome disso é
confiança.
A cada noite, antes de
dormir, não temos garantia nenhuma de que estaremos vivos na manhã seguinte,
mas, ainda assim, colocamos o despertador para tocar.
O nome disso é
esperança.
Que nunca lhes falte
fé, confiança e esperança !!!
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