Hoje se ensina uma sexualidade do gozo e do medo, um gozo oportuno do qual não se pode abrir mão e um medo constante do qual não se pode fugir
Max Scheler chegou a dizer que a essência do ser humano era o amor;
Viktor Frankl, por outro lado, afirmava que o amor é uma expressão da
essência humana que é espiritual, no amor a pessoa é capaz de captar a
essência mais bela que existe na pessoa amada. A união entre duas
pessoas que se amam pode gerar um novo ser cuja essência espiritual
também carrega toda a potência do amor. O ato sexual quando
vivido no amor representa não apenas a celebração de uma entrega
comprometida entre duas pessoas, mas também a elevação da dignidade
humana, pois é através dele que ambos, homem e mulher, poderão tornar-se
co-criadores da vida humana, colaboradores de Deus para que um novo ser
venha ao mundo. Estes são os princípios de uma boa educação sexual.
Numa perspectiva mecanicista
da vida, o olhar científico volta-se apenas para o que é material,
desenvolve teorias que desconsideram a maior força do ser humano, a
força de amar. Quem pode superar a força de uma mãe que tomada pelo amor
aos filhos é capaz de defendê-los com sua própria vida? Quantos homens e
mulheres na história não se transformaram em grandes heróis exatamente
por causa do amor? Quando uma criança nasce em um ambiente de
amor, ela se sente segura, se organiza de tal forma que para si a vida e
o futuro é possível. Num ambiente de amor a criança pode desenvolver-se
sem ter que desgastar-se emocionalmente para lidar com os conflitos e
os desamores do mundo a sua volta. O fruto do ato sexual também é a expressão mais pura do amor, não há uma pessoa em sã consciência que não se sinta admirada ao ver um recém-nascido.
Há
quem diga que uma pessoa não pode mudar o mundo, mas como seria o mundo
se você não existisse? Como seria o mundo de seus pais, de seus
familiares, amigos, filhos? Desde o momento da concepção o corpo de sua
mãe começou a mudar, o mundo dela se transformou, consequentemente o
mundo ao seu redor se transformou. Quando uma criança nasce tudo muda, a
história da mãe, do pai, dos avós, dos irmãos, dos futuros amigos, tudo
muda.
Uma boa educação sexual
não pode prescindir de três fatores fundamentais: 1) O sentido da vida.
2) O sentido dos vínculos afetivos e de sangue. 3) Os aspectos
biológicos e comportamentais que envolvem o ato sexual.
Em uma visão reducionista a educação sexual abarca apenas o terceiro fator, começa na explicação sobre como acontece o ato sexual,
os detalhes do coito, os métodos contraceptivos e se encerra em como se
proteger da AIDS ou do risco de ter filhos. As cartilhas que se
distribuem hoje nas escolas ensinam uma sexualidade do gozo e do medo,
um gozo oportuno do qual não se pode abrir mão e um medo constante do
qual não se pode fugir. O que faz um adolescente ante o gozo e o medo?
Se não recebeu uma boa educação sexual em casa poderá muito
provavelmente enfrentar crises de ansiedade. E não é isto que temos
testemunhado nos consultórios de psicologia e psiquiatria? Meninos e
meninas que precocemente enfrentam o as complicações da bulimia, da
anorexia, da ortorexia, do pânico, do vício das drogas.
Educação sexual
não significa obrigar, punir ou proibir comportamentos. Significa
acreditar na capacidade humana de compreensão, superação e reeducação.
Nenhuma sociedade é tão negativamente condicionada que não possa ser
reeducada, e nenhuma pessoa é tão pobremente incapaz que não mereça
receber uma versão completa de uma verdadeira educação sexual.
Prescindir do sentido e do amor é desumanizar.
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