Cidade do Vaticano (RV) – Recordamos muito nestes dias a figura de José de Anchieta que será declarado Santo pelo Papa Francisco nesta quarta-feira. Anchieta está presente nas orações de intercessão de muitos jovens brasileiros. A sua figura é sempre lembrada pela Igreja presente em todo o Brasil. O Apóstolo do Brasil também foi recordado aos brasileiros pelo Papa Bento XVI que ao se dirigir aos jovens do mundo inteiro na sua mensagem de novembro de 2012, para a 28ª Jornada Mundial da Juventude, do ano passado, escreveu: “Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo.”
Essa frase do Papa é antecedida por um aceno à entrega da própria vida feita por jovens generosos em favor da construção do Reino de Deus. Bento XVI escreve ainda: “Com grande entusiasmo, levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia.” É verdade! Basta pensarmos no Brasil recém achado, sem estradas, sem recurso algum e naquilo que José de Anchieta realizou, adoentado e apenas com o conhecimento de um jovem de 18 anos.
Esse rapaz, cheio de ardor por Jesus Cristo, aprendeu, em poucos meses, a língua tupi para evangelizar os donos da terra e colaborar no trabalho missionário de seus companheiros, observou o que agradava aos indígenas e lançou mão do teatro, da dança e da música para catequizá-los. O Santo Padre tinha razão ao apresentar o jovem José de Anchieta, ou melhor, o jovem José do Brasil, como modelo e incentivo aos jovens de hoje.
Fazendo um salto no tempo, na sua última homilia no Brasil em julho de 2013, o Papa Francisco, encorajou os mais de 3 milhões de jovens reunidos na Missa de envio da Jornada Mundial da Juventude, em Copacabana, Rio de Janeiro, a evangelizarem outros jovens, e citou o Beato José de Anchieta como modelo de missionário que, aos 19 anos, chegou ao Brasil para sua missão evangelizadora. Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem!”, disse o Santo Papa.
“De forma especial, queria que este mandato de Cristo -”Ide” – ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!», disse Francisco (1Co 9,16).
Nos 44 anos que viveu no Brasil, Anchieta foi respeitado e venerado por todos; índios, portugueses, espanhóis e brasileiros. Pelo esplendor de suas virtudes: humildade, coragem, paciência, benevolência, caridade, espírito de oração, pela fama de milagreiro e pelo culto que o povo brasileiro sempre lhe prestou: o papa João Paulo II o proclamou Beato, no dia 22 de junho de 1980.
Anchieta jovem e também adulto teve sempre um grande carinho e atenção para com os jovens. Além do mais, ele via nas crianças e nos rapazes e moças, multiplicadores de sua missão. Ele sabia que a juventude levaria para casa, principalmente para seus pais, o que havia aprendido com ele sobre Jesus, sobre a Igreja e sobre o amor a Deus e ao próximo. Padre Jonas Abib, Fundador da Canção Nova..... (SP)
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