23 maio 2014
Papa recebe menino curado por intercessão dos pais de Santa Teresinha
Pietro, que hoje tem 12 anos, conta que encontrar-se com o Papa Francisco “foi como me encontrar com Jesus”
Nascido em maio de 2002 em Milão, o pequeno Pietro Schilirò é o quinto filho de Walter e Adela. Ao nascer, os médicos constataram que ele tinha uma malformação pulmonar. O bebê estava condenado à morte.
Seus pais então pediram ao Pe. Antonio Sangalli, carmelita, que o batizasse rapidamente. Naquele instante crítico, o sacerdote lhes entregou uma imagem dos esposos Martin, pais de Teresa de Lisieux, que perderam quatro filhos.
Walter e Adela decidiram confiar no Senhor e pedir a intercessão de Luis e Celia Martin. E então que o milagre aconteceu. Um pouco mais tarde, quando os médicos não lhe davam mais que algumas horas de vida, Pietro começou a dar sinais de melhoria. Após algumas semanas, estava completa e oficialmente curado.
O Santuário de Alençon é dedicado aos esposos Martin. Anualmente, organiza-se uma peregrinação ao local, no dia 12 de julho. A família de Santa Teresinha do Menino Jesus morou em Orne até o falecimento de Celia, em 1877.
Depois, Luis Martin decidiu mudar-se a Lisieux com suas filhas, junto à sua bonita família. Em Alençon, como é compreensível, acompanha-se com interesse a atualidade ligada aos Martin e a Teresa.
Após a cura do pequeno Pietro, que tornou possível a beatificação do casal Martin no dia 19 de outubro de 2008, há outra notícia que gerou alegria nas últimas semanas: o encontro de Pietro com o Papa Francisco, no dia 29 de março, no Vaticano, durante a audiência com os surdos e cegos (Pietro é surdo desde os 3 anos).
O Papa Francisco é um grande devoto de Santa Teresinha do Menino Jesus, e também lhe impressiona o milagre dos pais da santa de Lisieux.
Este é o testemunho de Pietro, que hoje tem 12 anos:
“Quando fiquei sabendo que o Papa se encontraria com os surdos e suas famílias, pedi à minha mãe que fôssemos ao evento. Decidimos escrever ao Papa para dizer-lhe que estaríamos muito contentes se pudéssemos cumprimentá-lo pessoalmente, mas que, se não fosse possível, já estaríamos satisfeitos recebendo sua bênção de longe.
Na Praça de São Pedro, ficamos entre os participantes. Foi emocionante ver outros surdos como eu, mas que tinham problemas para falar; foi tão impressionante, que senti vontade de aprender a linguagem de sinais para aproximar-me mais deles.
De repente, o telefone do meu pai começou a tocar: ligaram para dizer que o Papa queria nos encontrar no final da audiência. Ficamos muito emocionados!
Por volta das 13h30, o Papa chegou, entre cantos de alegria e as mãos das pessoas levantadas como sinal de saudação (é assim que os surdos aplaudem). Após alguns testemunhos, o Papa pronunciou umas palavras.
Depois, desceu até a multidão para cumprimentar as pessoas que estavam lá na frente – entre elas, nós! Eu estava muito emocionado; perguntei aos meus pais o que deveria dizer, porque não conseguia encontrar palavras.
O Papa se aproximou e ficou bem perto de mim! Papai e mamãe o cumprimentaram e mamãe lhe disse que rezamos por ele. Depois, ele me abraçou e eu comecei a chorar. Ele me abraçou tão forte, que meu aparelho auditivo caiu no chão. E o Papa se agachou para pegá-lo!
Meu pai explicou ao Papa que eu tinha sido curado por um milagre concedido pelo Senhor pela intercessão do casal Martin, e ele ficou muito contente. Sorriu e disse: “Sei que há outro milagre em estudo, estou muito feliz!”. Com um grande sorriso, ele me disse: “Ei, não chore mais”. Com um grande abraço, nós nos despedimos.
Depois de cumprimentar todo mundo e sair da sala, ele olhou para mim, me apontou com o dedo e fez um sinal de “joia”. Ainda sinto vontade de chorar, mas estou muito contente com o abraço do Papa, porque, para mim, foi como me encontrar com Jesus! Nunca me esquecerei disso!”
De: aleteia.org
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