25 setembro 2014

“Eu sou o homem que com suprema ousadia descobriu o que já havia sido descoberto.”



Igreja do Santíssimo Sacramento da Antiga Sé(Rio de Janeiro)

2 'Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes,
vaidade das vaidades!
Tudo é vaidade.'
3 Que proveito tira o homem de todo o trabalho
com o qual se afadiga debaixo do sol?
4 Uma geração passa, outra lhe sucede,
enquanto a terra permanece sempre a mesma.
5 O sol se levanta, o sol se deita,
apressando-se para voltar ao seu lugar,
donde novamente torna a levantar-se.
6 Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte,
ora para cá, ora para lá,
vai soprando o vento,
para retomar novamente o seu curso.
7 Todos os rios correm para o mar,
e contudo o mar não transborda;
voltam ao lugar de onde saíram
para tornarem a correr.
8 Tudo é penoso,
difícil para o homem explicar.
A vista não se cansa de ver,
nem o ouvido se farta de ouvir.
9 O que foi, será;
o que aconteceu, acontecerá:
10 não há nada de novo debaixo do sol.
Uma coisa da qual se diz: 'Eis aqui algo de novo',
também esta já existiu nos séculos que nos precederam.
11 Não há memória do que aconteceu no passado,
nem também haverá lembrança do que acontecer,
entre aqueles que viverão depois. (Ecl 1,2-1)


Em um primeiro momento, parece que esse texto é melancólico. Mas se formos aplicá-lo à nossa vida, à Igreja, veremos que é muito atual. Vemos vários movimentos e pessoas querendo "renovar" a Igreja, como se ela realmente o precisasse, como se fosse apenas como rebocá-la e passa uma demão de tinta, isso sim, as paredes de uma igreja precisa . A Igreja não precisa de renovação em seus dogmas, em seus ensinamentos bi milenares, são as pessoas que o necessitam.

"A Igreja — provada por 2.000 anos — sustenta uma verdade de amor que supera todos os equívocos da História os enganos ideológicos que são como o “psiu” da serpente, que prometem a panacéia utópica de realidades temporais, a qual se transforma em pesadelos totalitários e inumanos. Daí a “pérola da verdade” que a Igreja mantém como sã doutrina que permanece rocha inconcussa, a confirmar o que Jesus assegurou a Pedro: “As portas do inferno não prevalecerão”. Mas esta convicção requer de nós pôr a mão no arado, carregar a cruz e seguir Nosso Senhor Jesus Cristo. Daí o sentido da missão evangelizadora ser cada vez mais exigente, em meio a tantos desafios."  (Prof. Hermes Rodrigues Nery)


Veja que esse exemplo de reconhecimento de nossa pequenez em relação à Santa Igreja de Cristo, que ousamos querer renovar.
G. K. Cherterton escreveu sobre a história de um navegante audaz que sai da velha Inglaterra para descobrir terras novas e longínquas. E ao término do percurso, em uma praia exótica e desconhecida, desembarca de novo na mesma velha ilha europeia da que havia saído à aventura. A sensação do marinheiro é dupla e simultânea, descobre algo novo e assombroso que é ao mesmo tempo familiar, seguro e acolhedor. “Eu sou o homem que com suprema ousadia descobriu o que já havia sido descoberto.” G. K. Cherterton.

Sejamos ousados, e deixemo-nos exultar na monotonia da liturgia ou da reza do terço e assim descansaremos no peito de Jesus e o deixaremos cuidar das nossa feridas de um mundo tão imediatista.

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