16 dezembro 2014

Abortou aos 17 anos, trabalhou em uma clínica de aborto, duas pró-vida em um chat a fizeram mudar... E acabou católica

 
Jewels Green  -


[POST DE FÉRIAS] 



Acudiu a seu pastor luterano a confiar-lhe sua mudança, mas descobriu com que a ELCA (siglas em inglês de igreja Luterana Evangélica na América) sustenta uma posição pro-escolha

A historia que marcou a existência de Jewels Green começa aos 17 anos com seu aborto e termina em 2011, com sua incorporação ao movimento pró-vida, e em 2012, com sua conversão ao catolicismo desde sua formação luterana.

"Durante boa parte de minha vida, estava tão empenhada em meu abortismo que inclusive cortava qualquer conversa que me convidasse a examinar ou questionar minha posição", explica em um recente post do blog SecularProLife.

Um aborto não desejado, um drama posterior

Sendo todavia uma adolescente ficou grávida e a pressionaram para que abortasse: "Consumia drogas e havia deixado o instituto, mas enquanto a doutora me disse que estava grávida me vi a mim mesma como  mãe. Todo mundo queria que abortasse... menos eu". De fato, deixou de drogar-se, foi a uma biblioteca, pegou um livro sobre mães adolescentes e marcou hora com uma enfermeira para a primeira consulta". Contudo a "violência e
ameaças ", sobretudo de seu noivo e pai da criança, a levaram até ao aborto um 6 de janeiro de 1989, quando já estava de nove semanas e meia de gestação.

As consequências foram devastadoras: tentou suicidar-se três vezes e tiveram que interná-la um mês em uma clínica psiquiátrica para adolescentes. Ela descreveu depois com todo detalhe as características da dor que a afundou por completo:
enquanto se cortava as veias com uma lâmina ou se empanturrava de fármacos, "preferia a dor física à  dor emocional".

Abortista buscando um alívio à consciência
A volta que supôs esse feito em sua vida se traduz em uma espantosa opção laboral: durante cinco anos a partir de então, desde os 18 aos 23, trabalhou em uma clínica de aborto: primeiro ao telefone, logo no mostrador inscrevendo clientes e recebendo os pagamentos, logo como auxiliar de enfermeira e, depois de diplomar-se em Psicologia, como conselheira para as mães que acudiam ao centro.

Durante todo o tempo que trabalhou ali, foi uma firme defensora do direito ao aborto, e se manifestou em repetidas ocasiões por ele, apesar de que sofreu
pesadelos enquanto chegou a ver os corpos trucidados dos bebês: "Todo esse tempo sabia em meu coração que o que havia feito era mal, que havia perdido a meu filho. Agora compreendo que, rodeando-me de pessoas que consideravam correto abortar bebês, buscava que algum dia me pareceria a mim também correto haver abortado ao meu. Mas isso nunca aconteceu".

Jewels mudou de trabalho a meados dos anos 90, mas todavia em 2002 voltou durante um tempo a ganhar a vida em uma clínica de aborto... apesar de que estava então grávida de seu primeiro filho. Ainda teria dois filho mais, enquanto seguia sendo partidária do chamado "direito a decidir".

Um chat salvador

Tudo começou a mudar em 2010, quando uma amiga alugou seu útero para conceber o filho de outras. Durante um dos exames dessa gravidez, se detectou que o bebê tinha síndrome de Down. Os pais de aluguel ofereceram então à mulher pagar-lhe o contrato em sua integridade (dezenas de milhares de dólares) se abortava. E ela abortou. Então algo se iluminou na mente de Jewels: "Isto é errado", disse.

Começou a investigar sobre a maternidade de aluguel e chegou a um foro donde se discutia do tema. Ela interveio defendendo todavia a postura de que o embrião é um "amontoado de células" que não merecem a mesma consideração que uma pessoa adulta. e se encontrou com duas contraditoras pró-vida, Lindsay e Lauren, que a deslumbraram.

"Falavam claro, coerente e piedosamente ante uma dezena de oponentes apoiando o direito desses seres humanos microscópicos a chegar à maturidade", recorda: "Nunca repreenderam, depreciaram ou insultaram a quem discordavam delas, mas nunca se renderam".

"Sua firme crença e sua eloquente defesa do valor de toda vida humana fez um furo na armadura que eu havia construído cuidadosamente durante décadas. Que era a vida, senão um contínuo desde a concepção até a morte? Acaso não fui eu também uma vez um pequeno amontoado de células? Finalmente comecei a pensar de uma forma distinta nestes assuntos sobre a vida, e a examinar a fundo minha posição, tão largamente sustentada e nunca questionada. Pouco a pouco comecei a considerar que o bebê no seio materno podia ser, com efeito, um bebê", concluí.

O caminho à fé
Meses depois, Jewels se incorporou ao movimento pró-vida. Acudiu a seu pastor luterano a confiar-lhe sua mudança, mas descobriu com que a ELCA (siglas em inglês de igreja Luterana Evangélica na América) sustenta uma posição pro-esolha: "Compreendi que teria que fazer alguma busca espiritual".

E assim chegou a ler o já clássico Rome Sweet Home [Roma, doce lar, ediçãoespanhñola em Rialp], dos esposos Scott e Kimberly Hahn, que seria seu acompanhamento no caminho até a Igreja católica. O que a convenceu mais? A Presença Real de Jesus Cristo na Eucaristia: "Ademais de recebê-lo na missa, o que mais me atrai é a adoração eucarística. É o que finalmente me decidiu: a ideia de que Deus possa estar todos os dias comigo. Ir à missa alimenta tua alma".

"Nunca agradecerei o bastante a Lindsay e Lauren seu inquebrantável testemunho a favor da santidade da vida. Sem sabê-lo, me puseram no caminho de descobrir e aceitar o direito à vida desde a concepção até a morte, e dedicar minha vida a defendê-lo": todo um respaldo ao silencioso labor de milhares de pró-vida em todo o mundo e a esses triunfos que logram embora somente Deus os conheça.



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