09 dezembro 2014

Nossa Senhora está grávida



Ela carrega Jesus em silêncio, mas todos os que a encontram sentem uma profunda paz

No advento, contemplamos Maria de maneira especial. Ela, imaculada, sem mancha, pura. Ajoelhada diante de Deus, vazia de tudo. Cheia de luz e esperança.

Ajoelho-me. Comovo-me. Repito as palavras de uma canção: "De joelhos diante de ti, Maria, contemplo teu amor". É assim que fico diante dela. Pequeno e grande. Contemplo e me estremeço. A alma se emociona ao olhar para Ela. Eu gostaria de me sentir pequeno como Ela.

Gostei muito da oração de uma pessoa a Deus: "Que meu advento signifique tornar-me pequena, para acolher-te com um coração de criança. Que o meu presépio seja um lugar simples para receber-te com humildade. Que o meu berço seja um pouco de palha, para sentir-te pobre, Senhor. Que o meu coração te adore escondido, te espere em silêncio e volte a acreditar que esse Deus diminuto, escondido em meu presépio pobre e vazio, pode encher de esperança a minha dor".

Eu gostaria de viver o advento assim. Pobre assim, como Maria o viveu. Ela se ajoelhou comovida diante de tanto amor. Ela se surpreendeu diante da vida e aprendeu a obedecer. A cada dia. A vida inteira. Um amor verdadeiro. Ela, pequena e frágil, tornou-se valente na espera. Aprendeu a viver as horas como um "sim" repetido com o coração.

Uma pessoa dizia a Maria: "O que guardas em teus olhos no advento, Maria, para caminhar tão cheia de paz e alegria? Olha para o teu interior, aí está o segredo: Deus nos tocou". Maria está repleta de Deus, cheia de um amor que toca e abraça, de um amor que nos acaricia.

Maria é assim. A mulher contemplada por Deus. A mulher enamorada de Deus. A mulher que nos vê com misericórdia infinita.

O Papa Francisco nos disse há pouco tempo: "Uma Igreja sem Maria é um orfanato, porque Maria é quem nos ajuda a trazer Jesus. Ela o traz do céu para conviver conosco".

Maria se aproximou da humanidade carregando o amor de Deus. O homem se tornou filho. Pode haver algo maior que isso? Maria tem o coração de uma menina, a ternura de uma menina, a inocência e a alegria de uma menina.

Mas seu coração também é o de uma mulher firme, forte e valente. É o maior coração no qual Deus pode confiar. O coração mais nobre e fiel. O coração mais humilde, mais pobre. Ela, ajoelhada diante dele. Maria se tornou livre ao fazer-se escrava. Tornou-se mais livre ao dar tudo e ficar com nada.

O Pe. Kentenich dizia que "as coisas nos tornam interiormente livres quando as fazemos com generosidade, quando a motivação que nos impulsiona não é a mera obrigação ou a pura atitude de evitar o pecado".

Maria nos ensina a caminhar na estrada do amor. Não por dever, não por obrigação, não por medo de pecar. O que moveu seu coração de Mãe foi o desejo de dar mais, de entregar toda a vida, todo o seu tempo.

Este é o nosso caminho rumo à liberdade. Caminhar com o desejo de dar mais, amar mais. Com o anseio por preencher nossa vida com o amor. 


De: aleteia.org

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