16 abril 2015

Quem não quer ser obediente, não pode ser católico.




Uma das características mais marcantes nos católicos é a obediência. Assim mantemos uma unidade mesmo que não concordemos com algumas coisas vindas do Sagrado Magistério.
A obediência é uma das características de Jesus: "Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus: Ele tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo, assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz! (Fl 2,5-8).
Um ensino também tirado do Catecismo: "
1269  Feito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter -se  aos  outros,  a  servi-los na  comunhão da Igreja, a ser obediente e dócilaos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição. Assim como o Batismo é a  fonte  de  responsabilidades  e  de  deveres,  o  batizado  também  goza  de  direitos  dentro  da  Igreja:  de receber  os  sacramentos,  de  ser  alimentado  com  a  Palavra  de  Deus  e  de  ser  sustentado  pelos  outros auxílios espirituais da Igreja. "
Agora leiam o que disse neste manhã o Papa:



Papa: ser obediente é estar aberto à vontade de Deus


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou a missa matutina desta quinta-feira (16/04) na intenção do seu predecessor, Bento XVI, que completa 88 anos. “Gostaria de lembrar que hoje é o aniversário de Bento XVI. Ofereci a missa para ele (Bento XVI) e também convido todos a rezarem por ele, para que o Senhor o sustente e lhe dê tantas alegrias e felicidades”, disse Francisco. Na homilia, o Pontífice comentou a liturgia do dia, que fala da obediência.

Sinal de coragem

A obediência – observou o Papa – “tantas vezes nos leva a um caminho que não é o que eu penso que deve ser, é outro”. Obedecer é “ter a coragem de mudar de rumo quando o Senhor nos pede”. “Quem obedece tem a vida eterna”, enquanto para “quem não obedece, a ira de Deus permanece sobre ele”. Assim, na primeira leitura extraída dos Atos dos Apóstolos, os sacerdotes e os chefes ordenam aos discípulos de Jesus que não preguem mais o Evangelho ao povo: estão enfuriados, com ciúme, porque na presença deles ocorrem milagres, o povo os segue e “o número de fiéis aumentava”. Os discípulos são encarcerados, mas à noite, o Anjo de Deus os liberta e voltam a anunciar o Evangelho. Presos e interrogados novamente, Pedro responde às ameaças do sumo sacerdote: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”. O sacerdotes não entendiam:

Teimosia

“Mas estes eram doutores, tinham estudado a história do povo, tinham estudado as profecias, a lei, conheciam assim toda a teologia do povo de Israel, a revelação de Deus, sabiam tudo, eram doutores, e foram incapazes de reconhecer a salvação de Deus. Mas como é possível essa dureza de coração? Porque não é dureza de cabeça, não é simples ‘teimosia”. É a dureza… E pode-se perguntar: como é o percurso desta teimosia, que é total, de cabeça e de coração?”.

“A história desta teimosia, o itinerário – destacou o Papa - é o fechar-se em si mesmo, não dialogar, é a falta de diálogo”:

“Eles não sabiam dialogar, não sabiam dialogar com Deus, porque não sabiam rezar e ouvir a voz do Senhor, e não sabiam dialogar com os outros. ‘Mas por que esta interpretação?’. Somente interpretavam como era a lei para fazê-la mais precisa, mas estavam fechados aos sinais de Deus na história, estavam fechados ao seu povo. Estavam fechados, fechados. E a falta de diálogo, este fechamento do coração, os levou a não obedecer a Deus. Este é o drama desses doutores de Israel, desses teólogos do povo de Deus: não sabiam ouvir, não sabiam dialogar. O diálogo se faz com Deus e com os irmãos”.

Diálogo

E o sinal que revela que uma pessoa “não sabe dialogar”, “não está aberta à voz do Senhor, aos sinais que o Senhor faz no povo” é a “fúria e a vontade de calar os que pregam, neste caso, a novidade de Deus, isto é, Jesus ressuscitado. Não têm razão, mas chegam a isso. É um itinerário doloroso. Estes são os mesmos que pagaram os guardiões do sepulcro para dizer que os discípulos tinham roubado o corpo de Jesus. Fazem de tudo para não abrirem-se à voz de Deus”:

“E nesta Missa rezemos pelos mestres, pelos doutores, por aqueles que ensinam ao povo sobre Deus, para que não se fechem, para que dialoguem e, assim, se salvem da ira de Deus que, se não mudarem atitude, permanecerá sobre eles”.

De: Vatican Radio
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