03 junho 2015

Deus não é Deus dos mortos. Ou: Por que cargas d´água os católicos insistem em rezar pelos falecidos?



Na liturgia que hoje celebramos, o Evangelho nos ensina em Mc 12, 18-27 que Deus «Não é Deus de mortos, mas de vivos».

Nós católicos sabemos muito bem disso, que Nosso Deus é um Deus dos vivos, cremos na ressurreição dos mortos e na vida eterna. Sim, vida eterna, pois quem crê em Jesus, não morrerá (Jo 11,26). E também que a morte não nos separa do amor de Deus ((Rm 8,38).
Portanto, se algum dia vier uma dúvida em você por conta de ataques protestantes, lembre-se que a nossa Igreja, é uma Igreja completa, nós temos uma Tradição firme e uma doutrina sólida. Desde sempre cremos que o Senhor Jesus, nos dá a vida eterna, portanto, não morreremos.

Um pouco do Catecismo.

298)      Uma  vez  que  Deus  pôde  criar  do  nada,  pode,  pelo  Espírito  Santo,  dar  a  vida  da  alma  a pecadores, criando neles um coração puro, e a vida do corpo aos falecidos, pela ressurreição, Ele, "que faz viver os mortos e chama à existência as coisas que não existem" (Rm 4,17). E uma vez que, pela sua Palavra, pôde  fazer  resplandecer  a  luz  a  partir  das  trevas,  pode  também  dar  a  luz  da  fé  àqueles  que  a desconhecem.

562  Os  discípulos  de  Cristo  devem  conformar-se  com  Ele  até  Ele  se  formar  neles"  É  por  isso  que somos inseridos nos mistérios de sua vida, com Ele configurados, com Ele mortos e com Ele ressuscitados, até que com Ele reinemos. 

632    As  frequentes  afirmações  do  Novo  Testamento  segundo  as  quais  Jesus  "ressuscitou  dentre  os mortos"  (1Cor  15,20)  pressupõem,  anteriormente  à  ressurreição,  que  este  tenha  ficado  na  Morada  dos Mortos.  Este é o sentido primeiro que a pregação apostólica deu à descida de Jesus aos Infernos: Jesus conheceu a morte como todos os seres humanos e com sua alma esteve com eles na Morada dos Mortos. Mas para lá foi como Salvador, proclamando a boa notícia aos espíritos que ali estavam aprisionados.

633  A Escritura denomina a Morada dos Mortos, para a qual Cristo morto desceu, de os Infernos, o sheol ou o Hades, Visto que os que lá se encontram estão privados da visão de  Deus. Este é, com efeito, o estado de todos os mortos, maus ou justos, à espera do Redentor que não significa que a sorte deles seja idêntica, como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no "seio de Abraão". "São precisamente essas almas santas, que esperavam seu Libertador no seio de Abraão, que Jesus libertou ao descer aos Infernos".  Jesus  não  desceu  aos  Infernos  para  ali  libertar  os  condenados  nem  para  destruir  o  Inferno  da condenação, mas para libertar os justos que o haviam precedido. (Parágrafo Relacionado 1033)


634  "A  Boa  Nova  foi  igualmente  anunciada  aos  mortos..."  (1Pd  4,6).  A descida aos Infernos é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio evangélico da salvação. É a fase última da missão messiânica de Jesus, fase condensada no tempo, mas imensamente vasta em sua significação real de extensão da obra redentora a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares, pois todos os que são salvos se tomaram participantes da Redenção. (Parágrafo Relacionado 605)

Siga-nos no Facebook. Curta essa página==>>