15 outubro 2015

Corajosas palavras do Cardeal Robert Sarah: “desintegração da família no Ocidente secularizado” através do “divórcio rápido e fácil, do aborto, das uniões homossexuais"



«Nos encontramos entre a ideologia do gênero e o ISIS; ambos de origem demoníaca»




O Cardeal Robert Sarah interveio não Sínodo de bispos sobre a Família que tem lugar em Roma. Durante seu discurso, o prefeito da Congregação para o Culto Divino advertiu sobre os dois grandes perigos que ameaçam na atualidade à família e à sociedade: a ideologia do gênero e o terrorismo islâmico.

“Nos encontramos entre a ideologia de gênero e ISIS”, assinalou este Cardeal africano que qualificou a estas realidades como “duas bestas apocalípticas” e enfatizou sua origem demoníaca.

Uma origem demoníaca que se demonstra em que tanto os defensores da ideologia do gênero como os terroristas islâmicos são exigem uma “regra universal e totalitária” e são “violentamente intolerantes, destruidores de famílias, a sociedade e a Igreja, e são abertamente cristianófobos”.


Femen, o lobby LGBT e a Planned Parenthood
Sarah quis colocar rosto a estas ameaças e assinalou como manifestações da ideologia do gênero ao grupo radical feminista Femen, o lobby LGBT e a multinacional abortista Planned Parenthood. Também recordou aos bispos presentes não Sínodo “os massacres islâmicos” que se produziram não passado 26 de junho na França, Kuwait, Somália e Tunísia.

O prelado assinala que nossa sociedade se enfrenta por um lado à “desintegração da família no Ocidente secularizado” através do “divórcio rápido e fácil, do aborto, das uniões homossexuais e da eutanásia” e por outro à “pseudo-família do Islã ideologizado que legitima a poligamia, a subordinação feminina, a escravidão sexual, o matrimônio infantil”.

Abaixo reproduzimos a íntegra do Cardeal Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em uma tradução realizada pelo portal Infocatólica:

Entre a ideologia do gênero e o Isis

Sua Santidada, Suas Eminencias, Suas Excelências, participantes não Sínodo:

Proponho estas três linhas de pensamento:


1.- Mais transparência e respeito entre nós.
Experimento uma profunda necessidade de invocar ao Espírito de Verdade e Amor, a fonte de a parresia ao falar e da humildade ao escutar, o qual é o único capaz de criar verdadeira harmonia na pluralidade.

O digo francamente: no Sínodo prévio, em relação a vários assuntos experimentei a tentação de render-me à mentalidade do mundo secularizado e do ocidente individualista. Reconhecer as assim chamadas «realidades da vida» como um locus theologicus significa renunciar à esperança não poder transformador da fé e do Evangelho. O Evangelho que alguma vez transformou culturas está agora em perigo de ser transformado por elas. Ademais, alguns dos procedimentos utilizados não se enfocaram a uma discussão enriquecedora e à comunhão, na medida em que promoveram um certo estilo dos grupos das Igrejas mais ricas. Isto é contrário a uma Igreja pobre, de um gozoso, evangélico e profético signo de contradição no mundo secularizado. Não se pode entender por que algumas declarações que não foram aceitas pela maioria qualificada do último Sínodo apareceram na Relatio e, posteriormente, por que houve quem exerceu pressão em assuntos de grande atualidade (tais como a ideologia do gênero), e que foram, por outro lado, ignorados tanto nos Lineamenta como no Instrumentum laboris.

Portanto, a primeira esperança é que, em nosso labor, gozemos de mais liberdade, transparência e objetividade. Por isto, seria benéfico publicar os resumos das intervenções, para facilitar a discussão e evitar qualquer prejuízo ou discriminação ao aceitar os pronunciamentos dos Padres sinodais.


2.- Discernimento da história e dos valores.
Uma segunda Esperança: que o Sínodo honre sua histórica missão e não se limite a si mesmo ao falar somente sobre certas questões pastorais (como ocorre no caso da possível comunhão para os divorciados tornados a casar, senão que ajude ao Santo Padre a enunciar claramente verdades e um guia real a escala global. Há novos desafios com respeito ao sínodo celebrado em 1980. Um discernimento teológico nos faz capazes para visualizar em nossa época duas ameaças inesperadas (quase como duas «bestas apocalípticas») localizadas em polos opostos: por uma parte, a idolatria ocidental da liberdade: por outra, o fundamentalismo: o secularismo ateu versus fanatismo religioso. Para usar um lema, nos encontramos nós mesmos entre «a ideologia do gênero e ISIS». Os massacres islâmicos e as demandas libertárias regularmente contendem por primeiro plano dos diários. (Recordemos o que ocorreu em 26 de junho último, onde três ações simultâneas na Tunísia, Kuwait e França deixaram pelo menos 60 mortos.!). A partir destas duas radicalizações surgem as duas maiores ameaças para a família: sua desintegração subjetivista no ocidente secularizado através do acesso rápido e fácil ao divórcio, ao aborto, às uniões homossexuais, à eutanásia, etecetera (cf. a teoria do gênero, o FEMEN, os grupos de pressão LGBT, IPPF…). E, no outro extremo, a pseudo família do Islã ideologizado, a qual legitima a poligamia, a servidão da mulher, a escravidão sexual, o matrimonio infantil (cf. Al Qaeda, Isis, Boko Haram…).

São várias as chaves que nos permitem intuir a mesmo origem demoníaca destes dois movimentos. A diferença do Espírito de Verdade que promove a comunhão na diversidade (perichoresis), aquelas promovem a confusão (homo-gamia) ou a subordinação (poli-gamia). Ademais, se caracterizam porque são «violentamente intolerantes, destruidoras das famílias, da sociedade e da Igreja, e são abertamente cristianofóbicos».

«Não estamos lutando contra criaturas de carne e sangue…» Necessitamos ser uma igreja que inclua e dê as boas-vindas a todo o que seja humano; mas o que vem do Inimigo não pode e não deve ser assimilado», apontou. «Não podes unir-te a Cristo e a Belial (príncipe da escuridão! O que o nazismo fascista e o comunismo foram no século XX, são hoje em dia as ideologias homossexuais e abortistas no ocidente e o fanatismo islâmico.


3.- Proclamar e servir à beleza da Monogamia e de a Família.

Enfrentados com estes dois mortais e sem precedentes desafios («homo-gamia» e a «poli-gamia»), a Igreja deve promover uma verdadeira epifania da família. Tanto o Papa (como porta-voz da Igreja) como os bispos e pastores do rebanho cristão, em seu atuar individual, podem contribuir a isto: «a Igreja de Deus, a qual Ele obteve ao preço de seu próprio sangue» (At. 20,28).

Junto com uma firme e clara Palavra do Supremo Magistério, os Pastores têm a missão de ajudar aos homens e mulheres de nosso tempo a descobrir a beleza da família cristã. Para fazer isto, se deve primeiro promover tudo o que represente uma genuína Iniciação cristã de adultos, já que a crise do matrimônio é essencialmente uma crise de Deus e, ao mesmo tempo, uma crise de fé, o que implica uma pueril iniciação cristã. Por esta razão devemos discernir aquelas realidades que o Espírito Santo está já revelando-nos na Verdade sobre a Família como uma comunhão íntima na diversidade (homem e mulher) que é generosa com o dom da vida. Nós, os bispos, temos o urgente dever de reconhecer e promover os carismas, movimentos e as realidades eclesiais nas quais a Família é genuinamente revelada, este prodígio de harmonia, amor e Esperança na Eternidade, este berço de fé e escola de caridade. E existem tantas realidades oferecidas pela Providência, junto com o Concilio Vaticano Segundo, no qual se oferece este milagre.



De: http://www.religionenlibertad.com/cardenal-sarah-nos-encontramos-entre-la-ideologia-de-genero-y-el-45421.htm


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