03 novembro 2015

Cristãos no Paquistão: Lágrimas que ninguém vê




Medo. Muito medo. Os Cristãos, no Paquistão, têm medo, são perseguidos, chantageados, ameaçados, agredidos e mortos. E sentem-se sozinhos, praticamente abandonados. Tudo o que pudermos fazer por eles será sempre pouco.
Veja aqui o Relatório do Paquistão.


udo serve para humilhar os Cristãos no Paquistão, para os escorraçar. São atacados à bomba, queimados vivos, acusados falsamente de blasfémia, roubados, apontados a dedo. Assumir a fé em Cristo no Paquistão é, nos dias que correm, um acto de coragem.
 
A blasfêmia é uma lei covarde e mentirosa. 
Alguém chora o martírio destes Cristãos?
As histórias que vai ler não são ficção e não aconteceram há muito tempo. São histórias reais que ocorreram nas últimas semanas, nos últimos meses. Apenas.

Provavelmente já ninguém se lembra de Nauman Masih. Era apenas um jovem. Tinha 14 anos quando foi queimado vivo. O mundo já o esqueceu.

Tudo aconteceu no  dia 10 de Abril de 2015 , uma sexta-feira. Um grupo de rapazes muçulmanos dirigia-se, como de costume, para uma mesquita, para as suas orações. Cruzaram-se com Masih e decidiram perguntar-lhe se era muçulmano, como eles. Masih respondeu-lhes que não, que era cristão. Bastou isso. Foi a sua sentença de morte. “Cristão?” Masih não conseguiu fugir a tempo. Foi agredido selvaticamente e, como se isso não tivesse sido suficiente, regaram-no ainda com gasolina e deitaram-lhe fogo. O rapaz acabaria por morrer, dias depois, em terrível sofrimento, numa cama do hospital. Estava horrivelmente queimado. Os médicos nada puderam fazer para o salvar. Nasih foi assassinado por ser cristão. Apenas.

 Dia 16 de Dezembro de 2014
. São 11 horas da manhã quando um comando talibã invade uma escola em Peshawar e mata, a sangue frio, 145 pessoas. São quase todas crianças e adolescentes. Tinham entre 12 e 16 anos de idade. Os terroristas foram de sala em sala e abriram fogo contra alunos e professores. Despejaram as metralhadoras até à última bala. Mataram sem piedade. Um aluno, Hashan, que miraculosamente não foi atingido, descreveu o ataque: “Ouvimos tiros. O som das balas começou a ficar cada vez mais próximo de nós. Subitamente, arrombaram a porta e duas pessoas começaram a disparar indiscriminadamente”.
Quem sobreviveu nunca mais vai conseguir esquecer. No chão, manchado de sangue, jaziam os corpos de amigos, de colegas, de professores. Foi um massacre. O mundo ficou estupefacto perante este massacre.


Os Cristãos são um dos alvos principais dos terroristas, apesar de constituírem apenas uma minoria. Por isso, também, estão particularmente fragilizados.
 
 Dia 15 de Março de 2015 . Depois da oração do Angelus, o Papa Francisco fala do Paquistão: “Com pesar, com profundo pesar, recebi a notícia dos atentados terroristas de hoje contra duas igrejas na cidade de Lahore, no Paquistão, que provocaram numerosos mortos e feridos. São igrejas cristãs. Os Cristãos são perseguidos. Os nossos irmãos derramam o sangue somente porque são cristãos. Enquanto asseguro minha oração pelas vítimas e suas famílias, peço ao Senhor, imploro ao Senhor – fonte de todo bem – o dom da paz e da concórdia para aquele país, e para que esta perseguição contra os Cristãos que o mundo busca esconder tenha fim e haja paz.”
O Papa Francisco refere-se a um duplo atentado suicida, no domingo, dia 15 de Março, contra uma igreja católica e uma outra, protestante, em Youhanabad, num subúrbio cristão na periferia de Lahore, que causou 15 mortos e quase 90 feridos
 
A vida dos Cristãos vale pouco no Paquistão. Muito pouco.
 Dia 3 de Novembro de 2014 . De novo no Punjab. Shahzad Masih, de 26 anos, e a sua mulher, Shama, de 24, grávida do quinto filho, foram queimados vivos, num forno para cozer tijolos, por uma multidão de muçulmanos enfurecidos que os acusaram de blasfêmia.

Os seus filhos Sonia de 4 anos e Ponam de apenas 18 meses foram forçados a assistir a tudo!
 
Esta jovem mulher foi acusada por um vizinho muçulmano de ter queimado algumas páginas do Alcorão numa pequena fogueira. A sua iliteracia de nada valeu em sua defesa. Ao fim de pouco tempo, centenas de habitantes provenientes de aldeias vizinhas, como que atraídos para um espectáculo de circo, apareceram e sequestraram marido e mulher. Às 7 horas da manhã os dois foram atirados para dentro da fornalha da fábrica de tijolos onde trabalhavam. Alguém chorou as suas mortes?
 
Os Cristãos do Paquistão pedem-nos ajuda! Veja aqui alguns projetos concretos .
Do Paquistão chegam-nos todos os dias histórias alarmantes, terríveis, de perseguição, de violência contra os Cristãos. Esta é uma nação mártir, que não desiste de professar a sua fé em Cristo, apesar da violência, do terror. A Cruz de Cristo alimenta a força deste povo.


Vamos fingir que não ouvimos?  Eles contam com a nossa oração e generosidade.



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