26 novembro 2015

Dom Thomas Luke Msusa : Frequentou a escola, estudou, fez os votos perpétuos, pediu a bênção ao pai, e este lhe disse: “Vá para o inferno!”




“O braço do Senhor não ficou mais curto”, diz o arcebispo Thomas Luke Msusa, de Blantyre, no Malauí. “Ainda existem milagres, também hoje”. Ele próprio presenciou um.


Isso aconteceu onze anos atrás, no dia da sua ordenação episcopal. De repente, seu pai muçulmano se ajoelhou diante dele e pediu para ser batizado.

Durante anos o pai, que era imã da sua aldeia, tentou trazer seu filho de volta ao islamismo. Mas também durante anos esse filho rezava por ele. Aqueles que conhecem o poder que a pessoa do pai tem numa família muçulmana, também podem imaginar o quanto ficou difícil a relação do filho com a sua família, desde que ele, ainda criança, se converteu à fé católica. Aos doze anos quis se tornar um padre. Frequentou a escola, estudou, fez os votos perpétuos, pediu a bênção ao pai, e este lhe disse: “Vá para o inferno!” Também os irmãos romperam os laços com ele. Aos 34 anos ele foi ordenado sacerdote e, quase oito anos depois, bispo da Diocese de Zomba.

Voltando à cena em que seu pai estava ajoelhado diante do agora bispo, Dom Thomas levanta seu velho pai e o abraça em silêncio. Lágrimas correm. O pai diz: “Deus me tocou, e eu quero ser batizado.” Então o filho explica que ele, o letrado imã, deve conhecer a fé católica como aprendiz catecúmeno, assim como aconteceu com Paulo, o instruído nas Escrituras, dois mil anos atrás. E assim aconteceu. Hoje o pai é batizado, a família também, acompanhados desde o início pela oração. E esse filho, agora arcebispo na capital financeira Blantyre e Presidente da Conferência Episcopal do Malauí, é uma figura-chave no diálogo com os muçulmanos e as outras religiões do país.

Apoiamos o arcebispo Thomas em vários projetos da Nova Evangelização. Entre eles, por exemplo, a ajuda para o aconselhamento matrimonial, a pastoral familiar e, de modo muito especial, a formação dos catequistas. O arcebispo Thomas reza muito pela Ajuda à Igreja que Sofre. Ele acredita no poder da oração – e não é de se admirar.

De: ais.org.br

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