Desta vez, ela “ataca” maternalmente no Irã
As religiosas caldeias Filhas de Maria chegaram a Teerã em 1963. Além de cuidar de uma escola cristã, também trabalhavam numa paróquia dedicada à Virgem Maria, ao lado do convento. Depois da revolução islâmica de 1979, porém, tudo ficou muito mais difícil no Irã
– não só para elas e para os cristãos em geral, mas até para os
próprios muçulmanos, cujas liberdades ficaram amplamente restritas pela
imposição de uma interpretação severa do islã.Em 2013, o convento das Filhas de Maria chegou a ser fechado.
Mas… ele acaba de ser reaberto! A reativação das atividades do mosteiro coincidiu com a recepção do presidente do Irã pelo papa Francisco no Vaticano, há poucos dias.
Não é a primeira vez que Maria dá um jeitinho de ir mudando as coisas no mundo islâmico.
Em 13 de junho de 2013, o Líbano se consagrou ao Imaculado Coração de Maria, um ato que, no ano passado, foi estendido pelo patriarca maronita Bechara Boutros Rai a todo o Oriente Médio. Em uma corajosa e incisiva homilia na basílica libanesa de Harissa, o patriarca denunciou os “mercenários que recebem apoio financeiro, político e militar de países do Oriente e do Ocidente” e, em reação aos “poderes do terror”, afirmou:
“Renovamos a consagração do nosso povo e da nossa pátria libanesa, bem como de todos os países do Oriente Médio, ao Imaculado Coração da Virgem Maria, repleto de ternura e de amor pelos homens, irmãos do seu único Filho”.Recomendando que os fiéis “rezem diariamente o rosário para conseguir a paz no mundo”, o cardeal recordou que os cristãos procuram construir junto com os muçulmanos, há 1.400 anos, “uma civilização-modelo para todas as sociedades multiculturais e plurirreligiosas”. Ele defendeu vivamente que este esforço pela concórdia não seja abandonado no meio dos atuais conflitos sanguinários na região. Depois de Beirute, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima também passou pelo patriarcado greco-católico, por um mosteiro siro-católico e pela sede do patriarcado armeno-católico.
Enquanto isso, no país vizinho, a Síria, Maria também apresentou em junho de 2015 mais um sinal de esperança para os cristãos perseguidos: a estátua mariana no alto de uma colina da localidade de Maaloula foi corajosamente reerguida depois de ser destruída pelos terroristas da Frente Nusra. É importante lembrar que a pequena Maaloula, de 4 mil habitantes, a maioria cristãos, é uma das pouquíssimas comunidades do Oriente Médio a conservar a língua aramaica, a mesma que Jesus falava.
Na mesma Síria e no mesmo junho de 2015, foi inaugurado algo inédito no mundo islâmico: uma mesquita da cidade litorânea de Tartous foi dedicada a ninguém menos que a Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo.
Maria é reconhecida pelo islã como a mãe do “profeta Jesus”. O nome dela aparece 34 vezes no alcorão – mais do qualquer membro da família do profeta Maomé. E mais ainda: Maria é, simplesmente, a única mulher a dar nome a uma “sura” (capítulo do alcorão): a sura 19 se chama Maryam, Maria em árabe.
Também não custa lembrar que, no ano passado, foi inaugurada a estátua mariana mais alta do mundo, a de Nossa Senhora da Assunção. E o que havia de mais chamativo neste evento? A imagem não foi erguida em um país tradicionalmente católico, mas sim no país de maior população islâmica do planeta: a Indonésia, de cujos 250 milhões de habitantes (mais que o Brasil, que tem 205 milhões), 87,2% são muçulmanos.
Mamãe não é brincadeira…
De: aleteia.org
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