17 junho 2016

Pais e mães educam de forma diferente, e isso é bom





Em alguns países se celebra o Dia dos Pais do mês de junho, e quer melhor homenagem que falar do estilo educativo dos homens, pois muitos percebem que os pais e as mães educam de forma diferente a seus filhos: enquanto eles são práticos e talvez más liberais em alguns aspectos da criação; elas por natureza são mais protetoras e transcendentais... O certo é que os pais e as mães tratam diferente a seus filhos, e isso é bom para o crescimento das crianças. São vários autores e estudos que assim confirmam.


Em posts passados, publicamos uma entrevista a María Calvo, autora do livro «Pais destronados», que explicava as diferenças principais diferencias entre o Pai e a mãe ante a criação de um filho:

“A presença da mãe é essencial em seu papel de dar-lhe carinho, proteger-lhe, cuidar-lhe, educar-lhe... mas ao mesmo nível que o pai. O que ocorre  é  que o Pai e a mãe se dirigem aos filhos de maneira distinta por sua própria educação, cultura, valores, etc. A mulher  é  a que, por excelência, se encarrega de controlar o espaço vital do pequeno, sua comida, suas amizades, que não lhe falte nada quando vai ao colégio... as mães tendemos a ter una atitude substitutiva.  É dizer, quando a um filho se lhe cai um garfo, a mãe o recolhe, mas o Pai não. Quando uma criança chega tarde da rota do colégio pela manhã, a mãe lhe abotoa a camisa e lhe ajuda a por os sapatos, embora a criança tenha dez anos. o Pai lhe anima: «venha, apressa-te em abotoar o abrigo». O homem, em definitivo, se decanta por dotar-lhes de maior autonomia e liberdade. Desta forma se fomenta um equilíbrio no desenvolvimento da criança”.

Está claro que os papéis de ambos são diferentes, nenhum é pior ou melhor que o outro, cada qual tem sua missão e os dois são necessários. O pediatra francês, Aldo Naouri, reivindica em sua obra mais recente que pais e mães exercem na família seus respectivos papéis masculino e feminino para assegurar o desenvolvimento normal da criança.

Segundo o pediatra, no desenvolvimento humano é o Pai quem transmite à criança a consciência do tempo. Por outro lado, a mãe resiste de forma espontânea a que a criança "saia dela" definitivamente. Naouri, que leva 40 anos exercendo a pediatria, segue avançando em que o filho necessita ver que detrás de sua mãe "há um homem pelo qual sua mãe está entusiasmada".

Diferenças na comunicação

Também, a revista Hacer Familia publicou um estudo elaborado na Universidade do estado de Washington, nos Estados Unidos, que em meio às diferentes formas que têm os pais de falar aos filhos, as mães tendem a por um "tom de bebê" que lhes transmite bondade, enquanto que os pais tratam a seus filhos como "adultos pequenos", o que pode converter-se em uma "ponte" para o mundo real.

Esta interessante investigação analizou centenas de conversas familiares entre pais, mães e seus pequenos em idade pré-escolar. Todos levavam microfones, e suas interações do dia a dia foram selecionadas para o estudo.

Os investigadores concluíram o seguinte: elas usam um tom mais alto e variado para falar com seus filhos do que utilizam para falar cão o resto de adultos, enquanto que os pais falam a seus pequenos com um tom muito similar ao que utilizar para manter conversas com outras pessoas.

Isto não significa que os pais "falhem" na hora de falar a seus pequenos,e mais, segundo os autores de a investigação, esta diferente forma de tratar as crianças pode ajudar-los a enfrentar a diversas situações e linguagens ao largo de sua vida.

Características da paternidade

Aambém, Tomás Malmierca, educador de Fomento de Centros de Ensinamento, expõe algumas características principais da paternidade.

- o Pai completa com sua presença uma casa, igual ou distinto que a mãe, mas o completa. O Pai aporta seustentos físicos aos filhos, segurança, confiança; seustentos aditivos, carinho, compreensão, perdão; seustentos intelectuais, ensinando a seus filhos e seustentos espirituais.

- do Pai se espera autoridade, que significa referência, guia, conhecer o caminho da vida, marcar limites para o bem do filho, saber corrigir sem humilhar. Do Pai se espera conhecer o porquê das coisas. Sabe exigir, como a mãe, para que seus filhos sejam fortes, trabalhadores, respeitosos com o ser humano e com o maio ambiente.  É diligente quando sanciona. O Pai confia nos filhos, anima a usar a liberdade. O Pai é a autoridade e participação.
Os filhos e filhas esperam também de seu Pai amor, carinho, afeto, abraços. não  é  próprio da paternidade o distanciamento aditivo. Por isso,  é  afável, sabe consolar, tem senso do humor, sabe receber, promove e cuida a vida de família e sabe celebrar. Um abraço da mãe  é  distinto ao do pai. Se poderia dizer que há um carinho masculino e outro feminino.

- o Pai da proteção. Se um filho sente um desconforto físico, o dirá a sua mãe, mas se sentirá mais protegido se o conta a seu pai. Em ocasiões se sentirá mais seguro, embora pode que com a mãe se sinta mais compreendido. Os filhos são felizes quando o pai se une à ação da mãe, quando a exalta e a cuida. Se sentem desafortunados quando a humilha, a menospreza ou a desvaloriza. Assim o filho busca apoio em seu pai. Ele significa apoio e segurança.

Demonstra-se então que a figura do Pai  é  imprescindível para o correto desenvolvimento psíquico da criança;  é  tão vital como a figura materna. Por isso,  é  necessário que se lhes permita envolver-se na educação e compreender seu estilo educativo desde seu enfoque masculino, que tem seu próprio estilo paternal.


 De: lafamilia.info


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