08 dezembro 2016

Os cristãos perseguidos perdoam a seus assassinos e ‘rezam para que Deus perdoe ao Estado Islâmico’




“Os cristãos não podem voltar a suas casas porque o Estado Islâmico deixou bombas nos refrigeradores, deixaram bonecas para explodir”, conta Luis Montes, missionário no Iraque, à InfoVaticana. Assegura que a vitória de Trump é “uma boa noticia para Oriente Médio”.


O diretor de InfoVaticana Gabriel Ariza entrevista ao padre Luis Montes, um argentino missionário do Instituto do Verbo Encarnado no Iraque. O sacerdote conta a InfoVaticana a terrível situação que seguem vivendo os cristãos no Iraque, perseguidos pelo Estado Islâmico desde há más de cinco anos.

O missionário explica que os atentados continuam matando a centenas de cristãos todos os dias. O passado mês de outubro, por exemplo, houve 128 atentados em uma das cidades do sul do país. Montes conta esta é a zona mais perigosa, enquanto que as cidades ocupadas inteiramente pelo Estado Islâmico os cristãos se podem contar com os dedos das mãos, já que vivem escondidos.

Porém, Luis Montes assegura que “finalmente o Estado Islâmico está sendo derrotado” e que os cristãos recobraram a esperança de voltar a suas famílias, uma tarefa complicada, já que os terroristas deixaram minas escondidas inclusive dentro das geladeiras das casas ou nos bonecos. “Os cristãos não podem voltar porque o Estado islâmico deixou bombas nos refrigeradores, deixaram bonecas para que explodem”, conta o missionário.

Segundo Luis Montes, a vitória de Trump é “uma boa notícia para o Oriente Médio”, embora defende que que se deve chegar a um acordo com o Irã. O sacerdote argentino explica também que não existem rebeldes moderados, e que todos são terroristas. Porém, apesar de tudo, os cristãos “perdoam antes de que um lhes fale de perdão” já que “ao haver perdido tudo, se aproximaram de Deus”.




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