04 setembro 2017

COMO OS CATÓLICOS PODEM RECEBER OS FIÉIS LGBT - RESPOSTA AO PADRE DO ORGULHO LGBT





No artigo, o cardeal critica a tese do padre James Martin, na revista dos jesuítas de Nova York, “América”, conselheiro no Vaticano da Secretaria para a Comunicação.





A Igreja Católica tem sido criticada por muitos, incluindo alguns de seus próprios seguidores, por sua resposta pastoral à comunidade LGBT. […] Entre os sacerdotes católicos, um dos críticos mais ferrenhos da mensagem da Igreja a respeito à sexualidade é o padre James Martin, um jesuíta estadunidense. Em seu libro “Building a Bridge” [Construindo uma ponte], publicado a no início de este ano, repete a crítica comum que afirma que os católicos são duramente críticos da homossexualidade, enquanto descuidam a importância da integridade sexual entre todos seus seguidores.

O padre Martin tem razão quando argumenta que não deveria haver nenhum duplo sentido a respeito da virtude da castidade, que por mais desafiante que possa ser é parte da Boa Nova de Jesus Cristo para todos os cristãos. Para os não casados –não importa quais sejam suas atrações- a castidade fiel exige a abstenção sexual.

Isto poderia parecer um padrão elevado, especialmente hoje. Mas seria contrário à sabedoria e bondade de Cristo exigir algo que não pode ser alcançado. Jesus nos chama a esta virtude porque fez nossos corações para a pureza, assim como fez nossas mentes para a verdade. Com a graça de Deus e nossa perseverança a castidade não só é possível, mas também que se converterá na fonte da verdadeira liberdade.

Não necessitamos olhar muito longe para ver as tristes consequências quando se rechaça o plano de Deus para a intimidade e o amor humanos. A liberação sexual que o mundo promove não cumpre sua promessa. Mas, a promiscuidade é a causa de tanto sofrimento desnecessário, de corações rotos, de solidão e de tratar a outros como meios para a gratificação sexual. Como uma mãe, a Igreja busca proteger a seus filhos do dano que provoca o pecado, como expressão de sua caridade pastoral.

Em seu ensinamento sobre a homossexualidade, a Igreja guia seus seguidores mediante a distinção de suas identidades, respeito a suas atrações e ações. Primeiro estão as próprias pessoas, que são naturalmente boas porque são filhos de Deus. Depois estão as atrações pelo mesmo sexo, que não são pecaminosas se não são desejadas ou levadas a cabo, mas que, porém, estão em desacordo com a natureza humana. E finalmente estão as relações homossexuais, que são gravemente pecaminosas e prejudiciais para o bem-estar dos que a praticam. As pessoas que se identificam como membros da comunidade LGBT são credoras desta verdade na caridade, especialmente por parte do clero que fala em nome da Igreja sobre este tema complexo e difícil.

Rezo para que o mundo finalmente atenda as vozes dos cristãos que experimentam atrações homossexuais e que descobriram a paz e a alegria ao viver a verdade do Evangelho. Tenho sido abençoado em meus encontros com eles, e seu testemunho me comove profundamente. Escrevi o prólogo para um desses testemunhos no livro de Daniel Mattsão, “Why I Don’t Call Myself Gay: How I Reclaimed My Sexual Reality and Found Peace [Por que não me chamo a mim mesmo gay: como recuperei minha realidade sexual e encontrei paz]”, com a esperança de azer que sua voz e outras similares à sua sejam mais escutadas.

Estes homens e mulheres dão testemunhos do poder da graça, da nobreza e resistência do coração humano e da verdade do ensinamento da Igreja sobre a homossexualidade. Em muitos casos eles têm vivido apartados do Evangelho durante certo tempo, Mas são reconciliados com Cristo e com sua Igreja. Suas vidas não são fácies, nem tampouco sem sacrifícios. Suas inclinações homossexuais não são derrotadas, mas descobriram a beleza da castidade e das amizades castas. Seu exemplo merece respeito e atenção, porque têm muito que ensinar-nos a todos nós sobre como receber melhor e acompanhar a nossos irmãos e irmãs em uma atitude de autêntica caridade pastoral.


De: infovaticana.com

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