31 agosto 2011

Escolhas


Eu te escolhi para seres minha esposa.
Eu te escolhi para seres meu esposo.

Você já parou para pensar um pouco sobre a importância escolha que se faz de uma pessoa que vai caminhar ao seu lado durante sua caminhada nesse paraíso que é o matrimonio?

Tem um ditado popular, que é uma piada de mau gosto que diz: “Não sei se caso, ou se compro um guarda-chuva”

Pois é assim que o mundo trata esta linda decisão de duas pessoas que se unem em “uma só carne” (MT 19,15), como se estivéssemos escolhendo um sapato, aliás, escolher um sapato, leva tempo, você precisa experimentar muito e se estiver apertado, você pede outro. Até para escolher um objeto temos que ter critérios, não é mesmo?

Acho que alguém já disse que a vida é feita de escolhas. No caso do matrimônio, essa escolha é deveras significativa. É uma eleição que vai dar rumo a nossa existência. Acolhendo novas vidas que porventura serão geradas.

“Portanto, não separe o homem o que Deus uniu” (MT 19,6). Essa decisão de se unir a outra pessoa implica não somente em uma escolha a dois, mas de acolher os filhos que Deus enviar a essa nova família.

Que crueldade para uma criança perder um pai, uma mãe que ela tanto ama, pelo divórcio, por causa de uma decisão errada, de uma escolha errada.

Tenho dois filhos, Bárbara e Lucas, ambos com menos de 10 anos, eles ficam em casa o dia todo com sua mamãe, minha esposa Nelcy, quando chego do trabalho, recebo abraços de todos e vejo a alegria das crianças em poder ter um pai e uma mãe juntos.
Se eu me separasse de minha esposa, como ficariam esses pequenos seres? Seriam mutilados em seus sentimentos, pois amam o papai e a mamãe, querem o s dois juntos. Só isso, e não “apenas” isso, já revela a importância desse passo rumo ao matrimônio.

Quão danosa é uma separação, principalmente para as crianças que nos foram dadas por Deus. Eles não têm culpa nenhuma.
Quem são os culpados?
Quem fez uma escolha?

Portanto, pense bem, como é a pessoa que você quer se entregar no casamento?
Tem um texto um pouco longo, mas muito belo, que coloco abaixo, um poema sobre o matrimonio:

Quem será, quem será ela? Não sei.
Como será? Não sei.
Como sorrirá para você? Como conversará com você? Não sei também.
O nome dela… Qual será?
Não, não sei, ainda não sei, o nome daquela – dirá você –
Daquela que me espera,
Daquela que eu espero,
Daquela que dirá sim no altar, que dirá sim para mim,
“Sim, eu o aceito por marido”,
Que dirá sim diante de Deus.
Ainda não sei o nome
Daquela que me espera,
Daquela que eu espero,
Daquela que atravessará comigo o extenso caminho dos dias, limpando o suor de meu rosto, sorrindo, quando um sorriso for a flor,
Calando, se o perfume vier com o silêncio,
Falando, se a luz vier com a voz.
Ainda não sei o nome, como será o nome dela?
Daquela que me espera,
Daquela que eu espero para me prolongar no tempo e tirar de nossa carne um pedaço de nossa vida na suprema unidade do amor que povoa a terra de flores com nosso rosto misturadas.
Ainda não sei o nome daquela que está na noite,
Daquela que só Deus vê,
Que trará na mão a lâmpada para iluminar o caminho.
Ainda não sei o nome daquela que está na noite e para quem transporto no fundo do coração aquilo que também ela, também ela precisa.
Ainda não sei o nome e já sei que será coroada com a alva cora dos longos anos – cinqüenta?
Que conversará ela, Senhor, nesses cinqüenta anos comigo?
O sim que ela dirá, que dirá perante Vós, não é um sim para sempre?
Que direi eu nesse sempre?
Que direi eu, que direi nesse colóquio tão curto?
Ainda não sei o nome, que nome será, Senhor?
O nome dela? O nome?
Qual será o nome daquela que, entre todas, minha alma vai preferir?
Daquela que vai olhar os homens todos da terra passando, passando, passando até por fim eu passar.
Como será, Senhor, como?
Não nome, o nome não,
Como será ela, Senhor? (João Mohana)

Paz e bem.


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