2012-10-01 L’Osservatore Romano
Todos os anos, a
Catholic Charities Usa, graças à generosidade de mais de 300.000 voluntários, presta serviços aos

pobres.
Desde o início da história da Igreja nos Estados Unidos, esta
experiência pessoal do amor de Cristo foi a força unificadora que impele
os católicos de todas as idade a comprometer-se nas obras de
misericórdia, justiça e compaixão para com os pobres. A Igreja terá
sempre um amor preferencial pelos pobres: fiel ao mandamento de Jesus,
nunca poderá fechar os olhos face aos sofrimentos dos nossos irmãos e
irmãs mais infelizes. Hoje, a Igreja na América, inclusive a
Catholic Charities,
enfrenta os desafios que ameaçam esta herança que nos foi transmitida
pelas gerações precedentes. Os tempos que estamos a viver são
caracterizados por um secularismo agressivo, que tenta excluir a
religião da vida pública e, por conseguinte, instaurar uma cultura sem
Deus, na qual cada um pode viver prescindindo da lei da verdade e do
amor inscrita pelo Criador no coração de todos os seres humanos. O
secularismo tenta substituir Deus e a sua lei divina com opiniões
pessoais, ideologias, prazeres e desejos. As instituições caritativas
católicas não estão isentas de serem condicionadas por esta mentalidade
secularizada. Perante estas situações novas e complexas, devemos
praticar uma caridade «inteligente» capaz de ouvir e distinguir; uma
caridade organizada, capaz de respostas inovadoras à crise; uma caridade
que inclua as causas dos problemas e não se limite a fornecer só
serviços necessários, mas que acompanhe também quem se encontra em
dificuldade. Em tempos tão difíceis, permanecer fiéis à nossa identidade
cristã é já por si um desafio. Mas a nossa identidade católica pode
ser verdadeiramente a via-mestra rumo à renovação e o percurso seguro no
qual recolher os frutos duradouros do nosso trabalho caritativo.
Robert Sarah
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