Vaticano: Papa concede «indulgência plenária» no Ano da Fé
Intenção de Bento XVI foi anunciada pela Penitenciária Apostólica da Santa Sé (06/10/2012)
Cidade do Vaticano, 06 out 2012
(Ecclesia) - Bento XVI vai conceder "indulgência plenária"aos fiéis
durante o Ano da Fé, a qual é válida a partir da data de abertura, 11 de
outubro de 2012, até a data de encerramento, 24 de novembro de 2013.
O decreto, assinado pelo cardeal
português D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé,
foi publicado pela Sala de Imprensa do Vaticano.
O Ano da Fé tem início no dia da
celebração do 50º aniversário do Concílio Vaticano II e o Papa decretou
um ano especialmente dedicado à profissão da verdadeira fé e à sua
correta interpretação, através da leitura, ou da meditação piedosa dos
Atos do Concílio e dos artigos do Catecismo da Igreja Católica".
O decreto apresenta que "todos os fiéis
verdadeiramente arrependidos, devidamente confessados, em comunhão
sacramental, que rezarem pelas intenções do Sumo Pontífice".
Acrescenta ainda que poderão receber
indulgência plenária os que participarem em "pelo menos três momentos de
pregação durante as Santas Missões, ou de pelo menos três palestras
sobre os atos do concílio Vaticano II", os que "visitarem, na forma de
peregrinação, qualquer basílica papal, uma catacumba cristã, uma
catedral, um lugar sagrado designado pelo ordinário local para o Ano da
Fé".
Além disso podem ainda receber
indulgência aqueles que, nos dias determinados pelo ordinário local para
o Ano da Fé, "assistirem, em qualquer lugar sagrado, a uma celebração
solene da eucaristia ou à liturgia das horas, acrescentando a profissão
de fé" e num dia livremente escolhido deste ano renovarem as promessas
do batismo em visita ao batistério.
Há ainda uma palavra aos fieis que,
"devido a razões de doença ou por causa de graves motivos", não saem de
casa mas podem alcançar a indulgência plenária de outras formas.
A indulgência é definida no Código de
Direito Canónico (cf. cân. 992) e no Catecismo da Igreja Católica (n.º
1471) como “a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos
pecados cuja culpa já foi apagada”, que o fiel obtém em “certas e
determinadas condições pela ação da Igreja”O que nos ensina o Catecismo da Igreja Católica
X. AS INDULGÊNCIAS
1471 A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos
efeitos do sacramento da Penitência.
1471 A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos
efeitos do sacramento da Penitência.
QUE É A INDULGÊNCIA?
“A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já
perdoados quanto à culpa, (remissão) que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e
aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos.”
“A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberar parcial totalmente da pena devida
pelos pecados.” Todos os fiéis podem adquirir indulgências (...) para si mesmos ou aplicá-las aos
defuntos.
“A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já
perdoados quanto à culpa, (remissão) que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e
aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos.”
“A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberar parcial totalmente da pena devida
pelos pecados.” Todos os fiéis podem adquirir indulgências (...) para si mesmos ou aplicá-las aos
defuntos.
AS PENAS DO PECADO
1472 Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o
pecado tem uma dupla conseqüência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e,
conseqüentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama “pena eterna”
do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às
criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado
“purgatório”. Esta purificação liberta da chamada “pena temporal” do pecado. Essas duas
penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior,
mas, antes, como uma conseqüência da própria natureza do pecado. Uma conversão que
procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo
que não haja mais nenhuma pena.
1473 O perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam a
remissão das penas eternas do pecado. Mas permanecem as penas temporais do pecado.
Suportando pacientemente os sofrimentos e as provas de todo tipo e, chegada a hora,
enfrentando serenamente a morte, o cristão deve esforçar-se para aceitar, como urna graça,
essas penas temporais do pecado; deve aplicar-se, por inicio de obras de misericórdia e de
caridade, como também pela oração e por diversas práticas de penitência, a despojar-se
completamente do “velho homem” para revestir-se do “homem novo”.
1472 Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o
pecado tem uma dupla conseqüência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e,
conseqüentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama “pena eterna”
do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às
criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado
“purgatório”. Esta purificação liberta da chamada “pena temporal” do pecado. Essas duas
penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior,
mas, antes, como uma conseqüência da própria natureza do pecado. Uma conversão que
procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo
que não haja mais nenhuma pena.
1473 O perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam a
remissão das penas eternas do pecado. Mas permanecem as penas temporais do pecado.
Suportando pacientemente os sofrimentos e as provas de todo tipo e, chegada a hora,
enfrentando serenamente a morte, o cristão deve esforçar-se para aceitar, como urna graça,
essas penas temporais do pecado; deve aplicar-se, por inicio de obras de misericórdia e de
caridade, como também pela oração e por diversas práticas de penitência, a despojar-se
completamente do “velho homem” para revestir-se do “homem novo”.
OBTER A INDULGÊNCIA DE DEUS MEDIANTE A IGREJA
1478 A indulgência se obtém de Deus mediante a Igreja, que, em virtude do poder de
ligar e desligar que Cristo Jesus lhe concedeu, intervém em favor do cristão, abrindo-lhe o
tesouro dos méritos de Cristo e dos santos para obter do Pai das misericórdias a remissão das
penas temporais devidas a seus pecados. Assim, a Igreja não só vem em auxílio do cristão, mas
também o incita a obras de piedade, de penitência e de caridade.
1479 Uma vez que os fiéis defuntos em vias de purificação também são membros da
mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los entre outros modos, obtendo em favor deles
indulgências para libertação das penas temporais devidas por seus pecados.
1478 A indulgência se obtém de Deus mediante a Igreja, que, em virtude do poder de
ligar e desligar que Cristo Jesus lhe concedeu, intervém em favor do cristão, abrindo-lhe o
tesouro dos méritos de Cristo e dos santos para obter do Pai das misericórdias a remissão das
penas temporais devidas a seus pecados. Assim, a Igreja não só vem em auxílio do cristão, mas
também o incita a obras de piedade, de penitência e de caridade.
1479 Uma vez que os fiéis defuntos em vias de purificação também são membros da
mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los entre outros modos, obtendo em favor deles
indulgências para libertação das penas temporais devidas por seus pecados.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica
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