Rei da Jordânia, Abdalá II / Papa Francisco |
Como informa o comunicado oficial, no decurso dos colóquios foram passados em resenha alguns temas de interesse comum, sobretudo a promoção da paz e da estabilidade no Médio Oriente, com particular referência ao retomar das negociações entre Israelitas e Palestinianos e à questão de Jerusalém. Reservou-se especial atenção à trágica situação em que se encontra a Síria. A este propósito foi reafirmado que a via do diálogo e da negociação entre todas as componentes da sociedade síria, com o apoio da comunidade internacional, é a única opção para pôr termo ao conflito e às violências que em cada dia causam a perda de tantas vidas humanas, sobretudo entre a população inerme. O comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé conclui referindo ainda o apreço manifestado pelo empenho do Rei Abdullah no campo do diálogo inter-religioso e pela iniciativa de convocar em Amã, no início de Setembro, uma Conferência sobre os desafios que os Cristãos no Médio Oriente têm que enfrentar, particularmente neste período de transformações sociopolíticas. Sublinhado também o contributo positivo que as comunidades cristãs fornecem à sociedade da Região, de que são parte integrante.
A propósito da audiência do Papa Francisco ao rei Abdallah da Jordânia, esta manhã, num momento tão delicado para todo o Médio Oriente, Alessandro Gisotti entrevistou o arcebispo Maoun Lahham, vigário patriarcal para a Jordânia, do Patriarcado Latino de Jerusalém:- A Jordânia é um país que inspira paz, embora exista receio por aquilo que se está preparando. Esperemos que não aconteça. Penso que a visita do Rei ao Pontífice é uma ocasião, antes de mais, para falar da paz na Terra Santa e na Jordânia, mas especialmente na Síria, com todas as ameaças que temos vindo a ouvir. Por aquilo que está a acontecer, a Jordânia, não obstante seja um pequeno país, desempenha um papel importante para a paz síria. Esperemos que os “grandes” cheguem à paz, em vez de fazerem a guerra, que encontrem uma solução pacífica. E esperemos que a Jordânia possa desempenhar um papel positivo, unindo-se à posição da Santa Sé.
- Obviamente que há uma esperança de paz, embora se fale de uma intervenção militar…- É terrível! Sim, temos verdadeiramente medo!
- Medo de que se alargue e piore uma situação já tão dramática e complicada…- Absolutamente, porque a violência gera sempre violência. E ninguém acredita no interesse dos Estados Unidos e da Europa pelos direitos do homem ou pela defesa dos mais débeis, ninguém acredita nisso. Não há ninguém que creia nisso! Todos procuram os seus próprios interesses políticos e económicos. E como ninguém acredita na sua boa vontade, não queremos que esta vontade de guerra se aplique à Síria. Esperemos que prevaleça a voz da razão, e para nós a voz da fé, e que se encontre uma solução pacífica para a crise.
De: news.va
Siga-nos no Facebook. Curta essa página==>>