Teste católico
Você é católico e acha que se penitenciar está fora de moda?
Você é católico e não se confessa regularmente?
Você é católico e acha que somente a fé te basta para ser salvo?
Se a sua resposta for "não" para todas ou para pelo menos uma as alternativas acima, você precisa rever a sua catolicidade irmão. Vejamos o que nos diz o Catecismo.
827 "Mas enquanto
Cristo, 'santo, inocente,
imaculado', não conheceu
o pecado, mas
veio apenas para expiar os pecados do povo, a Igreja, reunindo em seu
próprio seio os pecadores ao mesmo tempo
santa e
sempre necessitada de
purificar-se, busca sem
cessar a penitência
e a renovação." Todos
os membros da Igreja, inclusive seus ministros, devem reconhecer-se
pecadores. Em todos eles o joio do pecado continua ainda
mesclado ao trigo
do Evangelho até
o fim dos
tempos[a44] . A Igreja
reúne, por-tanto, pecadores
alcançados pela salvação de Cristo, mas ainda em via de santificação.
(Parágrafos relacionados 1425-1429,821)
A Igreja é santa, mesmo tendo
pecadores em seu seio, pois não possui outra vida senão a da graça: é vivendo
de sua vida que seus membros se santificam; é subtraindo-se à vida dela que
caem pecados e nas desordens que impedem a irradiação da santidade dela. É por
isso que ela sofre e faz penitência por essas faltas das quais tem o poder de
curar seus filhos, pelo sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo [a45]
1428 Ora
o apelo de
Cristo à conversão
continua a soar
na vida dos
cristãos. Esta segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a
Igreja, que “reúne em seu próprio seio os pecadores” e que “e ao mesmo tempo
santa e sempre, na necessidade de purificar-se, busca sem cessar a penitência e
a renovação”. Este esforço de conversão não é apenas uma obra humana. E o
movimento do “coração contrito” atraído e movido pela graça a responder o amor
misericordioso de Deus que nos amou primeiro.
IV. A PENITÊNCIA INTERIOR
1430 Como
já nos profetas,
o apelo de
Jesus à conversão
e penitência não
visa em primeiro lugar às obras
exteriores, saco e a cinza”, os jejuns e as mortificações, mas à conversão do
coração, à penitência
interior. Sem ela,
as obras de
penitência continuam estéreis
e enganadoras: a conversão interior, ao contrário, impele a expressar
essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras de penitência.
1431 A penitência interior é
uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de
todo nosso coração, uma ruptura com o
pecado, uma aversão ao mal
e repugnância às m s obras que cometemos. Ao mesmo tempo, é o desejo e
a resolução de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a
confiança na ajuda de sua graça.
Esta conversão do coração vem acompanhada de uma dor e uma tristeza
salutares, chamadas pelos Padres de “animi cruciatus (aflição do espírito)”,
“compunctio cordis (arrependimento do coração)” .
1432 O coração do homem
apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê ao homem um coração
novo. A conversão é antes de tudo uma obra da graça de Deus que reconduz nossos
corações a ele: “Converte-nos a ti, Senhor, e nos converteremos” (Lm 5,21).
Deus nos dá a força de começar de novo. É descobrindo a grandeza do amor de
Deus que nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado e começa a ter
medo de ofender a Deus pelo mesmo pecado
e de ser
separado dele. O coração
humano converte-se olhando para aquele
que foi traspassado por nossos pecados.
Fixemos nossos olhos no sangue de Cristo para compreender como é precioso a seu Pai porque, derramado
para a nossa
salvação, dispensou ao
mundo inteiro a
graça do arrependimento.
1433 Depois da
Páscoa, o Espírito
Santo “estabelecer a
culpabilidade do mundo
a respeito do pecado”, a saber, que o mundo não acreditou naquele que o
Pai enviou. Mas esse mesmo Espírito, que revela o pecado, é o Consolador que dá
ao coração do homem a graça do arrependimento e da conversão.
V. AS MÚLTIPLAS FORMAS DA PENITÊNCIA NA VIDA CRISTÃ
1434 A penitência interior
do cristão pode ter expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem
principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a conversão com
relação a si
mesmo, a Deus
e aos outros.
Ao lado da
purificação radical operada pelo
batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços empreendidos
para reconciliar-se com o próximo
as lágrimas de
penitência, a preocupação com a
salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade, “que
cobre uma multidão de pecados” (1Pd 4,8).
1435 A conversão se realiza
na vida cotidiana por meio de gestos de reconciliação, do cuidado dos pobres,
do exercício e da defesa da Justiça e do direito, pela confissão das faltas aos
irmãos, pela correção
fraterna, pela revisão
de vida, pelo
exame de consciência
pela direção espiritual, pela aceitação dos sofrimentos, pela firmeza na
perseguição por causa da justiça. Tomar sua cruz, cada dia, seguir a Jesus é o
caminho mais seguro da penitencia.
1436 Eucaristia e penitência. A
conversão e a penitência cotidiana encontram sua fonte e seu alimento na
Eucaristia, pois nela se torna presente o sacrifício de Cristo que nos
reconciliou com Deus; por
ela são nutridos
e fortificados aqueles
que vivem da
vida de Cristo:
“ela é o antídoto que nos liberta de nossas faltas
cotidianas e nos preserva dos pecados mortais”.
1437 A leitura da Sagrada
Escritura, a oração da Liturgia das Horas e do Pai-nosso, todo ato sincero de
culto ou de piedade reaviva em nós o espírito de conversão e de penitência e contribui para o perdão dos
pecados.
1438 Os tempos
e os dias
de penitência ao
longo do ano litúrgico (o
tempo da quaresma, cada
sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática
penitencial da Igreja[ag45]
. Esses tempos
são particularmente apropriados
aos exercícios
espirituais, às liturgias
penitenciais, às peregrinações
em sinal de
penitência, às privações voluntárias como o jejum e a
esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias). 1439 O dinamismo da conversão e da penitência
foi maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do “filho pródigo”, cujo
centro é “O pai misericordioso”: o fascínio de uma liberdade ilusória, o
abandono da casa paterna; a extrema miséria em que se encontra o filho depois
de esbanjar sua fortuna; a profunda humilhação de ver-se obrigado a cuidar dos
porcos e, pior ainda, de querer matar a fome com a sua ração; a reflexão sobre
os bens perdidos; o arrependimento
e a decisão
de declarar-se culpado
diante do pai;
o caminho de
volta; o generoso acolhimento
da parte do
pai; a alegria
do pai: tudo
isso são traços
específicos do processo de
conversão. A bela túnica, o anel e o banquete da festa são símbolos desta nova vida,
pura, digna, cheia de alegria, que é a vida do homem que volta a Deus e ao seio
de sua família, que é
a Igreja. Só
o coração de
Cristo que conhece
as profundezas do
amor do Pai pôde revelar-nos o abismo de sua
misericórdia de uma maneira tão simples e tão bela.
VI. O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO
1440 O pecado é antes de
tudo uma ofensa a Deus, uma ruptura da comunhão com ele. Ao mesmo tempo é
um atentado à
comunhão com a
Igreja. Por isso, a
conversão traz simultaneamente o
perdão de Deus e a
reconciliação com a
Igreja, Q que
é expresso e
realizado liturgicamente pelo sacramento da Penitência e da
Reconciliação.
SÓ DEUS PERDOA OS PECADOS
1441 Só Deus perdoa os
pecados[. Por ser o Filho de Deus, Jesus diz de si mesmo: “O Filho do homem tem
poder de perdoar pecados na terra” (Mc 2,10) e exerce esse poder divino: “Teus pecados
estão perdoados!” (Mc 2,5). Mais ainda: em virtude de sua autoridade divina,
transmite esse poder aos homens para que o exerçam em seu nome.
1442 A vontade de Cristo é
que toda a sua Igreja seja, na oração, em sua vida e em sua ação, o sinal e
instrumento do perdão e da reconciliação que “ele nos conquistou ao preço de seu
sangue”. Mas confiou
o exercício do
poder de absolvição
ao ministério apostólico, encarregado do “ministério da
reconciliação” (2Cor 5,18). O apóstolo é enviado “em nome de Cristo”, e “é o
próprio Deus” que, por meio dele, exorta e suplica: “Reconciliai-vos com Deus” (2Cor
5,20).
RECONCILIAÇÃO COM A IGREJA
1443 Durante sua
vida pública, Jesus
não só perdoou
os pecados, mas
também manifestou o efeito desse perdão: reintegrou os pecadores
perdoados na comunidade do povo
de Deus, da qual o pecado os havia afastado ou até excluído. Um sinal
evidente disso é o fato de Jesus admitir os pecadores à sua mesa e, mais ainda,
de Ele mesmo sentar-se à sua mesa, gesto que exprime de modo estupendo ao mesmo
tempo o perdão de Deus e o retomo ao seio do Povo de Deus.
1444 Conferindo aos apóstolos seu
próprio poder de
perdoar os pecados,
o Senhor
também lhes dá a autoridade de reconciliar os pecadores com a Igreja.
Esta dimensão eclesial
de sua tarefa exprime-se principalmente na solene palavra de Cristo a
Simão Pedro: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e o que ligares na terra
ser ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt
16,19). “O múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, consta que também
foi dado ao colégio do apóstolos, unido a seu chefe (cf. Mt 18,18; 28,16-20).”
1445 As palavras ligar e
desligar significam: aquele que excluirdes da vossa comunhão, será excluído da
comunhão com Deus; aquele que receberdes de novo na vossa comunhão, Deus o
acolherá também na sua. A reconciliação com a Igreja é inseparável da
reconciliação com Deus.
O SACRAMENTO DO PERDÃO
1446 Cristo instituiu o
sacramento da Penitência para todos os membros pecadores de sua Igreja,
antes de tudo
para aqueles que,
depois do Batismo,
cometeram pecado grave
e
com isso perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. E a
eles que o sacramento
da Penitência oferece
uma nova possibilidade
de converter-se e
de recobrar a
graça da
justificação. Os Padres
da Igreja apresentam
este sacramento como
“a segunda tábua
(de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça.
1447 No curso dos séculos, a
forma concreta segundo a qual a Igreja exerceu este poder recebido do Senhor
variou muito. Nos primeiros séculos, a reconciliação dos cristãos que haviam cometido pecados
particularmente graves depois
do Batismo (por
exemplo, a idolatria,
o homicídio ou o adultério) estava ligada a uma disciplina bastante
rigorosa, segundo a qual os penitentes deviam fazer penitência pública por seus
pecados, muitas vezes durante longos anos, antes de
receber a reconciliação. A
esta “ordem dos
penitentes” (que incluía
apenas certos pecados graves)
só se era
admitido raramente e, em
certas regiões, só
uma vez na
vida. No século VII, inspirados
na tradição monástica do Oriente, os missionários irlandeses trouxeram para a
Europa continental a prática “privada” da penitência que não mais exigia a
prática pública e prolongada de obras
de penitência antes
de receber a
reconciliação com a
Igreja. O sacramento se realiza
daí em diante de uma forma mais secreta entre o penitente e o presbítero.
Esta nova prática
previa a possibilidade
da repetição, abrindo
assim o caminho
para uma freqüência regular a
este sacramento. Permitia integrar numa única celebração sacramental o perdão dos
pecados graves e dos pecados
veniais. Em linhas
gerais, é essa
a forma de penitência praticada na Igreja até hoje.
1448 Mediante as
mudanças por que
passaram a disciplina
e a celebração
deste sacramento ao longo
dos séculos, podemos
discernir sua própria
estrutura fundamental que consta de dois elementos igualmente
essenciais: de um lado, os atos do homem que se converte sob a ação do Espírito
Santo, a saber, a contrição, a confissão e a satisfação; de outro lado, a ação
de Deus por intermédio da Igreja. A Igreja que, pelo Bispo e seus presbíteros,
concede, em nome de Jesus
Cristo, o perdão
dos pecados e
fixa a modalidade
da satisfação, ora
pelo pecador e faz
penitência com ele.
Assim o pecador
é curado e
reintegrado na comunhão eclesial.
1449 A fórmula da absolvição
em uso na Igreja latina exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai
das misericórdias é a fonte de todo perdão. Ele opera a reconciliação dos
pecadores pela páscoa
de seu Filho
e pelo dom
de seu Espírito,
por meio da
oração e ministério da Igreja: Deus,
Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o
mundo consigo e enviou o Espírito
Santo para remissão
dos pecados, te
conceda, pelo ministério
da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
VII. OS ATOS DO PENITENTE
1450 “A penitência impele o
pecador a suportar tudo de boa vontade. Em seu coração está o arrependimento;
em sua boca, a acusação; em suas obras, plena humildade e proveitosa satisfação”.
A CONTRIÇÃO
1451 Entre os atos do
penitente, a contrição vem em primeiro lugar. Consiste “numa dor da alma e detestação do pecado cometido, com a
resolução de não mais pecar no futuro” .
1452 Quando brota do amor de
Deus, amado acima de tudo, contrição é “perfeita” (contrição de caridade). Esta
contrição perdoa as faltas veniais e obtém também o perdão dos pecado mortais,
se incluir a firme
resolução de recorrer,
quando possível, à
confissão sacramental.
1453 A contrição chamada
“imperfeita” (ou “atrição”) também é um dom de Deus, um impulso do
Espírito Santo. Nasce
da consideração do
peso do pecado
ou do temor
da condenação eterna e de outras
penas que ameaçam o pecador (contrição por temor). Este abalo da consciência
pode ser o início de uma evolução interior que ser concluída sob a ação
da graça, pela absolvição sacramental. Por si mesma, porém, a
contrição imperfeita não obtém
o perdão dos pecados graves, mas predispõe a obtê-lo no sacramento da
penitência.
1454 Convém preparar
a recepção deste
sacramento fazendo um
exame de consciência à luz da
Palavra de Deus. Os textos mais adaptados esse fim devem ser procurados
na catequese moral
dos evangelhos e
das cartas apostólicas: Sermão
da Montanha, ensinamentos
apostólicos.
A CONFISSÃO DOS PECADOS
1455 A confissão
dos pecados (acusação),
mesmo do ponto
de vista simplesmente humano, nos
liberta e facilita
nossa reconciliação com
os outros. Pela
acusação, o homem encara de frente os pecados dos quais
se tornou culpado: assume a responsabilidade deles e, assim, abre-se de novo a
Deus e à comunhão da Igreja, a fim de tomar possível um futuro novo.
1456 A declaração
dos pecados ao
sacerdote constitui uma
parte essencial do sacramento
da penitência: “Os
penitentes devem, na
confissão, enumerar todos
os pecados mortais de que têm
consciência depois de examinar-se seriamente, mesmo que esses pecados sejam muito
secretos e tenham
sido cometidos somente
contra os dois
últimos preceitos do decálogo (Cf Ex 20,17; Mt 5,28.), pois, às
vezes, esses pecados ferem gravemente a alma e são mais prejudiciais do que os
outros que foram cometidos à vista e conhecimento de todos”.
Quando os cristãos
se esforçam para
confessar todos os
pecados que lhes
vêm à memória, não
se pode duvidar
que tenham o
intuito de apresentá-los
todos ao perdão
da misericórdia divina. Os
que agem de
outra forma, tentando
ocultar conscientemente alguns pecados, não colocam diante da bondade
divina nada que ela possa perdoar por intermédio do sacerdote. Pois, “se o
doente tem vergonha de mostrar sua ferida ao médico, a medicina não pode curar
aquilo que ignora ”.
1457 Conforme o mandamento
da Igreja, “todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a
confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência, pelo menos
uma vez por ano. Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado
mortal não deve receber a Sagrada
Comunhão, mesmo que
esteja profundamente contrito,
sem receber
previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo
grave para comungar e
lhe seja impossível chegar a um confessor. As crianças devem
confessar-se antes de receber a
Primeira Eucaristia.
1458 Apesar de
não ser estritamente
necessária, a confissão
das faltas cotidianas (pecados veniais)
é vivamente recomendada
pela Igreja. Com
efeito, a confissão
regular de nossos pecados veniais
nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más tendências, a
deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo mais
freqüentemente, por meio deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos
levados a ser misericordiosos como ele; Quem confessa os próprios pecados já
está agindo em harmonia com Deus. Deus acusa teus pecados; se tu também os
acusas, tu te associas a Deus. O homem e o pecador são, por assim dizer, duas
realidades: quando ouves falar do homem, foi Deus quem o fez; quando ouves falar
do pecador, é o próprio homem quem o fez. Destrói o que fizeste para que Deus
salve o que Ele fez... Quando começas a detestar o que fizeste, é então que
tuas boas obras começam, porque acusas tuas más obras. A confissão das más
obras é o começo das boas obras. Contribui para a verdade e consegues chegar à
1uz[.
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