03 setembro 2015
O aborto, um pecado grave que excomunga automaticamente
Ante a confusão gerada por alguns meios de comunicação ante a decisão anunciada pelo Papa a respeito da confissão do pecado de aborto, procedem alguns esclarecimentos.
A decisão, anunciada pelo Papa, de outorgar a qualquer sacerdote a permissão para absolver o pecado de aborto, procurando assim uma maior facilidade não acesso à confissão para quem pratica e está arrependido, é sem dúvida uma maneira de ajudar às pessoas que cometeram tão execrável crime e querem gozar do perdão de Deus.
No há que esquecer que o Código de Direito Canônico estabelece em seu cânon 1398 uma excomunhão “latae sententiae”, isto é, automática, para quem “procura o aborto, se este se produz”, e esse cânon segue hoje plenamente vigente. Sem dúvida, de agora em diante, qualquer sacerdote poderá conceder remissão da pena canônica ligada ao crime do aborto.
Isto não significa como alguns analistas querem ler, que se “abrande” o pecado do aborto, oo que este perca a gravidade, e sim que se facilita seu perdão “a todo o que se faça arrependido, sobretudo quando com coração sincero se aproxime ao Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai”.
Em qualquer caso, e como sempre, basta apenas ler integralmente a reflexão que faz o Papa em sua carta para compreender que atua de má fé quem pretende deduzir de que Francisco subtrai a gravidade ao crime do aborto, já o fazem para atacar ao Papa ou para vender uma suposta “modernização” da moral de a Igreja:
Um dos graves problemas do nosso tempo é certamente a alterada relação com a vida. Uma mentalidade muito difundida já fez perder a necessária sensibilidade pessoal e social pelo acolhimento de uma nova vida. O drama do aborto é vivido por alguns com uma consciência superficial, quase sem se dar conta do gravíssimo mal que um gesto semelhante comporta. Muitos outros, ao contrário, mesmo vivendo este momento como uma derrota, julgam que não têm outro caminho a percorrer. Penso, de maneira particular, em todas as mulheres que recorreram ao aborto. Conheço bem os condicionamentos que as levaram a tomar esta decisão. Sei que é um drama existencial e moral. Encontrei muitas mulheres que traziam no seu coração a cicatriz causada por esta escolha sofrida e dolorosa. O que aconteceu é profundamente injusto; contudo, só a sua verdadeira compreensão pode impedir que se perca a esperança. O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido, sobretudo quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai. Também por este motivo, não obstante qualquer disposição em contrário, decidi conceder a todos os sacerdotes para o Ano Jubilar a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado. Os sacerdotes se preparem para esta grande tarefa sabendo conjugar palavras de acolhimento genuíno com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido, e indicar um percurso de conversão autêntica para conseguir entender o verdadeiro e generoso perdão do Pai, que tudo renova com a sua presença.
De: infovaticana.com
LEIA A CARTA COMPLETA AQUI
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