Em uma pretensão de eliminar qualquer símbolo cristão, o Partido Comunista no Chile apresentou uma moção que propõe mudar a tradicional frase “Em nome de Deus e da Pátria, abre-se a sessão”, por “Em representação do povo do Chile, abre-se a sessão”.
Esta iniciativa, que pretende instaurar o laicismo radical e modificar os artigos 94 e 255 do regulamento interno da Câmara de Deputados, foi promovida pela ex-dirigente estudantil e promotora dos protestos estudantis de 2011, a deputada Camila Vallejos. Cabe destacar que o objetivo desta moção é “reafirmar que o Estado do Chile é laico e, consequentemente, o Poder Legislativo não invoque sua representação a uma divindade”.
Em uma entrevista concedida a ACI Prensa, o filósofo e porta-voz de a associação Vozes Católicas de Chile, Eugenio Yañez, explicou que “não há que confundir a laicidade dos estados com o ateísmo. Este Estado chileno não é ateu, se declara laico, mas reconhece esta profunda tradição cristã que ajudou a consolidar nossa Pátria e também nossa democracia”.
“Não vejo nenhuma razão por a que se tenha que eliminar essa invocação. É precisamente a democracia a que está chamada a respeitar e cautelar nossas raízes cristãs e em consequência a ser tolerantes e pluralistas mas mesmo em um país onde 80 por cento se declara crente”, assegura Yañez.
Por último, o porta-voz de Vozes Católicas assinalou que esta iniciativa é parte de um “processo que se está levando em diferentes países em a chamada secularização, que esse desenraizamento entre Deus e o homem, é a lógica que se vem impondo na Europa e agora na América Latina e isto nos tem que fazer reagir”.
De: infovaticana.com
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