14 novembro 2016

Era um jovem calvinista, mas a visita de João Paulo II a Paris lhe fez pensar...e agora é bispo!




Ano 1980: um João Paulo II na plenitude de forças visita Paris e a laica França. Os que faziam protestos em "maio de 68" são agora os que têm o poder político e cultural, tão laicistas como ateus, mas João Paulo II prega um discurso vigoroso aos que são mais jovens: sobre sexualidade, domínio do corpo, amor, grandes ideais e Cristo. E adiciona: "Com o Apóstolo Pedro, de quem sou humilde Sucessor, eu professo: Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo".

O escuta um jovem de 18 anos, protestante calvinista, Didier Berthet. Foi batizado na Igreja Reformada da França, e sua mãe é protestante convicta. Os pastores de sua Igreja pensam que algum dia este rapaz pode chegar a ser pastor.

O jovem Didier, porém, estudou em uma escola católica, Saint Jean Hulst, em Versalhes. E agora pensa no que prega o carismático Papa polaco: de verdade é o Papa em Roma herdeiro de Pedro? Como se transmite o ofício dos apóstolos?

Didier refletr sobre como os apóstolos necessitam ter sucessores que transmitam a mensagem, e uma proteção especial para que a mensagem não se deforme... Não basta com a Bíblia, é necessária uma Igreja que garantisse a Bíblia.

De fato, durante décadas, inclusive séculos, os apóstolos e seus sucessores predicaram com autoridade quando o Novo Testamento ainda não estava nem escrito nem compilado. E quem, senão a Igreja, pode estabelecer com autoridade que livros são os inspirados por Deus para o Novo Testamento?

Quando acabou deus estudos em Sciences-Po Paris, Didier se fez católico e, mais adiante, seminarista. Depois de 6 anos de estudos em Roma foi ordenado sacerdote em 1992 na diocese de Nanterre.

A conexão com o Oriente
Sentia fortemente a universalidade da Igreja, sua presença viva em distintos países. Estudou russo de maneira autodidata e quando caiu o Muro de Berlin quis conhecer a Europa Oriental. Esteve na Rússia pela primeira vez em 1993 e depois a tem visitado com regularidade, assim como também a Ucrânia. Chegou a ser o superior do seminário de Issy-les-Moulineaux em 2007 e o vinculou com força com o seminário ortodoxo russo de Epinay-sous-Sénart (Essonne), França, com frequentes intercâmbios de seminaristas.

Trabalhou muito com jovens e se sente feliz acompanhando pessoas inválidas, colaborando, por exemplo, com a Associação Fé e Luz (www.feyluz.org). Sua última missão na diocese de Nanterre consistiu em acompanhar a um grupo de jovens com deficiência mental à JMJ em Cracóvia. "Não sou nem um teólogo nem um erudito, senão um pastor", insiste.

Novo bispo em uma diocese cheia de bosques
O Papa Francisco o nomeou bispo este ano, com 54 anos, da diocese rural de Saint-Die (www.catholique-vosges.fr), nos Vosgos, uma diocese com a metade de sua superfície coberta por bosques. Foi ordenado bispo em quatro de setembro no Centro de Congressos de Epinal e tomou posse na catedral no dia seguinte.

Para atender 380.000 habitantes tem 95 sacerdotes, mas somente 3 têm menos de 50 anos. É dizer, quase todos os sacerdotes são mais velhos que seu novo bispo. Seu predecessor, o bispo Jean-Paul Mathieu, que se retira por motivos de idade, escreve a seus diocesanos: "Ele é todavia jovem, trará sangue novo e ideais frutíferas, dada sua experiência humana e pastoral em um contexto diferente ao nosso".

De: religionenlibertad.com




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