24 novembro 2016

Era uma jovem que vivia no vandalismo e de vida desordenada, mas Deus a tocou na universidade e agora é monja



 

A irmã Megam Mª Conway hoje é uma religiosa feliz e orgulhosa das Servas da Casa da Mãe mas seu caminho até aqui esteve envolto em uma história de luta e de rejeição a Deus que a levou a ter muitos sofrimentos. Agora recorda esta trajetória e o caminho que lhe acabou levando a Deus no programa Cambio de agujas de EUK Mamie TV (www.eukmamie.org).

Nascida ha 31 anos em Honolulu (Havaí) a irmã Conway é a menor de seis irmãos de uma família profundamente católica. Primeiro foi ao colégio das Religiosas Dominicanas de Nashville e dali passou ao instituto, donde começaram os problemas. “O instituto também era católico, mas ali não havia religiosas e minha mãe era a diretora. Acerquei-me maus amigos, e já na primeira semana minha mãe teve que decidir se me expulsava do instituto, porque havia cometido um ato de vandalismo”.

Fazer de tudo para não sentir-se rejeitada
E é que em plena adolescência ela se deixou levar pelas más influências. “Ante a pressão de não querer ser conhecida como a filha da diretora, escolhi amigos que para mim eram bons, mas minha mãe sempre me avisava. Como ela era a diretora, os conhecia, e sabia que eram meninos que já haviam dado problemas no instituto em anos anteriores”.

Os anos foram passando no instituto até que um dia, uma companheira se acercou para ter com ela uma conversa que ia a ser transcendental: “O último ano, uma garota me acercou e me preguntou por minha relação com Deus. Eu disse que quem era ela para perguntar-me sobre esse tema, quando ela era uma pessoa de má reputação, conhecida por sua vida libertina. Ela me contou que havia estado em um retiro e que isso havia mudado sua vida, que havia começado a ter uma relação com Deus. Suponho que como ela me via mal, queria ajudar-me, porque eu ao que me dedicava era a ir a festas, a cometer atos de vandalismo, a ter más conversas”.

"Havia perdido a relação com Deus"
Megam recorda como se fosse ontem aquela conversa de mais de três horas que resultou chave para sua conversão posterior: “Me dei conta de que havia perdido a relação que havia tido anteriormente com Deus. Na conversa com ela nasceu de novo o desejo a voltar a ter essa relação com o Senhor. Nesta época aquela companheira me ajudou muito”.

Dali passou à universidade e de novo se deixou levar pelo medo de ser rechaçada socialmente. Chegou com uma beca de esportes. “Quando pertences a uma equipe de futebol, fazes tudo com eles: sair, comer, ir a festas… Tens que fazer tudo com a equipe. Como treinávamos juntos, depois íamos todos ao mesmo lugar, porque se não te acusavam de causar desunião”.
A tristeza, a grande consequência da vida que levava
Ademais, Conway recorda que “o trato entre garotos e garotas era muito mal: relações pré-matrimoniais, bebida, drogas, más diversões… eu ia com elos apesar de que em minha cabeça estavam sempre os conselhos que minha amiga me havia dado no instituto e todo o que havíamos falado”.

O pagamento dessa dicotomia, entre o que sabia que devia fazer e o que realmente fazia, foi a tristeza: “Nesta época, se notava que eu estava muito triste. Meus pais se davam conta e, quando voltava para casa, sentiam que algo me pesava. eu estava metida nesse ambiente para não estar sozinha, mas me sentia mais solitária que nunca. Por outro lado, sabia que o que fazia era errado, e que eu conhecia outra coisa, sabia que Deus existia e que Ele esperava outra cousa de mim”.

E é que aquela amiga do instituto todavia tinha muito bem por fazer. “Quando agora olha para trás, sei que Deus sempre está comigo, nunca estou só. Mas antes não via assim, e acreditava que não estar só significa estar sempre rodeada de gente. Mas, às vezes, como não era feliz, me dava conta de que tinha que sair deste ambiente. Recordo que quando eu falava com minha amiga do instituto sobre Deus, e começou a mudar minha vida, eu lhe disse que se me convertia tinha que ser monja porque, para mim, a única maneira de corresponder ao Amor que Deus me tinha era entregando-me totalmente”.

A mudança para uma universidade católica
Depois de um ano nessa Universidade, a Irmã. Megam Mª compreendeu que devia mudar de Universidade para tratar de encontrar um ambiente mais saudável. Entrou em uma universidade católica, mas se encontrou com um tremendo escândalo, quer dizer, com uma pedra de tropeçar e cair, como disse Jesus Cristo no Evangelho. “Não me dava conta de que fazíamos duas coisas que eram incompatíveis: primeiro íamos a festas, logo no sábado nos confessávamos  -com pouca intenção de mudar de vida- e no domingo íamos à Missa. E assim sempre, uma semana após a outra”.

A amiga que serviu de instrumento de Deus
De novo, o Senhor falou a seu coração através de uma amiga que começou a mudar: “Tinha uma companheira de quarto com a qual sempre ia comigo às festas. Um dia a encontrei chorando e lhe perguntei que lhe passava. Disse-me que se havia confessado e que pensava que tinha vocação. Ela tinha noivo, mas rompeu com ele e me disse que tinha que discernir, tinha que ver se verdadeiramente tinha vocação”.

Um dia sua amiga comentou que a haviam convidada a cear com as religiosas da universidade e o fundador do centro e a convidou a ir com ela. “Eu não queria, mas ao final me convenci”, conta Megan. “Fou como quando o Senhor ceou com Mateus, o publicano. o Senhor me falava diretamente. Enquantoo Padre conversava com minha amiga e com as irmãs, eu ia me perguntando o que era que eu fazia ali. Fui recordando o que havia vivido com as Dominicanas, o que havia recebido de meus pais, tudo o que havia perdido, como havia chegado a essa universidade… e via que era Deus que me havia conduzido até ali”.

"Tu sabes que és chamada a ser santa?"
A partir desse momento, Megam começou a mudar um pouco. Um dia, uma irmã lhe fez uma pergunta que a desconcertou: “Me perguntou: “Ouve,  tu sabes que és chamada a ser santa?” eu fiquei confusa (…)Tinha má reputação por minha atitude nas aulas, era muito negativa, contestava aos professores, ia às festas e fazia o que queria… Por isso, eu dizia às irmãs: ‘Vos não sabeis quem sou eu. Eu tenho muito má reputação, não posso ser boa como para ser santa’. As irmãs me animavam e, pouco a pouco, fui me aproximando cada vez mais a elas”.

Um dia assisti a uma reunião de formação cristã que davam as irmãs: “Não disseram nada novo realmente, mas para mim - naquele momento de minha vida- foi totalmente novo. Me falando do amor de Deus, do que eu duvidava porque vivia mal. Me faziam refletir, falávamos sobre o pecado, a vida da graça, a santidade… e me dei conta de que se eu morria naqueles momentos, como estava tão longe de Deus, ia ao inferno”.
"Eu não queria ser monja"
Este pensamento  me moveu a querer mudar o quanto antes, mas era uma luta, porque tinha meus amigos, e quando me veiam com as irmãs me diziam que ia ser uma delas, e me caçoavam com esse tema dizendo-me que seria a monja mais legal de todas, porque seria a que mais aguantaria bebendo, e coisas assim. Eu lhes dizia que não queria ser monja, que somente me ensinavam cosas boas. Eles me escutavam e depois mudavam de tema”.

O processo de conversão estava já em marcha, tinha muitas lutas mas uma confissão supôs outro ponto chave em seu caminho. “Expliquei ao sacerdote que estava muito queimada da vida(…) Me disse que o Senhor não me rechaçava nem me odiava, e sim que me acolhia e me ensinava o caminho”.

A petição que fiz à Virgem
Dali foi à capela e viu claramente que a Virgem lhe pedia três coisas: “Uma delas era deixar meus maus amigos. Graças à confissão, Deus me deu a força para fazê-lo. Depois desta confissão, e graças à Virgem, me senti muito forte e pude fazer aquilo que antes não podia fazer. Deixei de ir às festas más e de sair com meus amigos”.

Essa decisão a levou a ganhar a paz que tanto ansiava. “Ter essa paz e segurança vale a pena, se superam todos os obstáculos. Quando conheces a misericórdia e paciência de Deus que está esperando-te, no momento em que encontras isto, adquires uma paz e segurança em seu amor que te ajuda a superar todas as outras coisas, então ganhas a paz da consciência e a força de sua misericórdia e seu amor. E, é gracioso, porque tu te fazes propriedade de sua Misericórdia, mas as vezes sua misericórdia se faz tua propriedade”.

E assim pode dizer finalmente sim a Deus e agora ela transmite essa mesma paz a jovens que eram como ela até que encontrou o tesouro da fé. “Para lograr isto, tens que confiar e abandonar-te no Senhor, não olhar para ti mesmo, esquecer o que perdes que, na realidade não é nada, porque o que vives é nada, e pensar no que vais ganhar que é Deus mesmo, é sua misericórdia, é o céu, seu amor”.




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