28 setembro 2017

O rosto do momento nos EUA por cantar o hino: católico de missa diária, espanhol e herói de guerra




Seu rosto deu a volta ao mundo desde o domingo passado em toda a imprensa desportiva e generalista de todo o mundo. Alejandro Villanueva, espanhol nascido nos EUA, é atacante dos Pittsburgh Steelers da NFL, e ficou involuntariamente conhecido por ser o único jogador de sua equipe que saiu o campo para escutar o hino estadunidense antes da partida  enquanto o resto de seus companheiros protestavacontra o presidente Trump.

Apesar de haverpedido perdão a seus companheiros, Villanueva converteu-se em um heróipara uns por sua defesa do hino  enquanto foi criticado por outros não haver seguido a iniciativa liderada por seus companheiro de raça negra, que acusam o presidente de racista.

Herói de guerra no Afeganistão
O que ninguém duvida nos Estados Unidos deste jogador hispano-americano de 2,06 metros de altura e 145 quilos é de seu amor pela gente do país em o que vive. Antes de ser professional e de firmar um contrato de 24 milhões de dólares, Alejandro se licenciou em West Point. Serviu nas Forças Armadas sendo destinado três vezes no Afeganistão, onde resgatou companheiro feridos em meio do fogo inimigo, o que lhe valeu ser condecorado com a Estrela de Bronze.
Mas menos conhecido é que para servir ao país, para superar os traumas da guerra e para fazer um mundo mais justo, Villanueva se apoia em Deus e na Igreja Católica, na qual se ampara em todo momento.

Filho de católicos espanhóis e criado em Cádiz
Em uma entrevista no NationalCatholic RegisterVillanueva explicava que embora tenha nascido em “Mississipi, passei a maior parte de minha infância na Espana, um país em sua maioria católico. As crenças religiosas impregnam  a cultura ali de muitas maneiras, até o ponto de que realmente não se apreciam, simplesmente se dão por comum. Isso é o que fez quando era garoto, e essa mentalidade continuou quando minha família regressou aos Estados Unidos em 2001".

Alejandro é filho de um oficial da Armada espanhola destinado na OTAN, motivo pelo qual viajou tanto de garoto embora a maior parte da infância passou em Cádiz.

O atacante dos Steelers recordava como lhe ajudou sua fé em sua etapa como militar e assegurava que “quando te enviam à guerra tens que encontrar uma maneira de lidar com o medo que inevitavelmente entra em teu coração. Há tantas incertezas acerca do que está por vir que tens que conseguir ajuda de alguma parte, e o melhor lugar para encontrar esse apoio é a Igreja Católica”.
Se estás bem com Deus, "tudo o mais está bem"
Entrando em sua experiência de fé, Villanueva acrescenta que para ele “a religião é uma relação profundamente pessoal com Deus” e confessa que é “como se sente mais cômodo”.

“Se estás bem com Deus, tudo o mais está bem; se não estás bem com Ele, tudo o mais está fora de lugar. Estar conectado com Deus é o mais importante que existe”, afirma convencido.

Católico de missa diária
O herói de guerra agregava que se não se reza e não se guardam os mandamentos, a pessoa ao seu lado pode se tornar uma distração que separa de Deus. Por ele, confessava que por isso mesmo “disfruto de assistir a missa de semana quase mais que as do domingo, porque a missa do dia conduz mais à oração”.
Esta afirmação a explicava afirmando que em a missa dominical encontra muitos obstáculos para estar em espírito de oração. Citava a música forte, as pessoas falando entre ela ou as pessoas vestidas como se fossem à praia. “A missa de semana é muito mais tranquila, o que faz com que a oração seja muito mais fácil. Então podes ver o que há de mal em tua alma e podes encontrar ânimo para fazer algo como fazer confissão”.

A importância da confissão em sua vida
Precisamente, este sacramento é vital para Villanueva pois quando se reza “vemos que estamos em falta com o que Deus quer de nós, e o seguinte passo é pedir perdão. Isto é o que se manifesta no sacramento da confissão: é o filho pródigo regressando a seu pai amoroso, que conhece sua debilidade e está mais que disposto a dar-lhe as boas-vindas a seu lugar”.

Mas sobretudo, Villanueva se considera filho da Igreja e beneficiário da herança da fé que transmite há mais de 2.000 anos. Por ele, destacava a “pureza da doutrina” da Igreja.
"A Igreja é essencialmente a mesma desde os tempos de São Pedro apóstolo"
“Temos os ensinamentos e sacramentos que Jesus nos deu. Os temos conservado e transmitido através das gerações para que, ainda hoje, a Igreja seja essencialmente a mesma que em tempos de São Pedro. São Pedro e os outros apóstolos predicaram a Boa Notícia, batizaram, celebraram a Eucaristia e a confissão, basicamente vivendo o mandamento de Jesus em Mateus 28, que mostra como Ele está conosco hoje tanto como o estava há 2.000 anos”, acrescenta.

E por último, o jogador de futebol americano quis ressaltar que também gosta na Igreja das impressionantes obras de caridade que realiza: “fundar escolas, hospitais, orfanatos ou refúgios para pessoas sem lar. Todas estas coisas surgiram inicialmente de iniciativas religiosas, mas a Igreja teve tal influencia, inclusive em culturas seculares, que muitas de suas instituições são necessárias para qualquer sociedade civilizada”.




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