04 agosto 2011

Até que a morte os separe

Com essa frase um tanto quanto forte quero começar essa pequena reflexão.
O matrimônio é uma vocação; e vocação, não é o mesmo que profissão, pois a profissão visa o lucro, o dinheiro. A vocação visa o amor a tal atividade.
O que nos diz o Catecismo da Igreja católica:
...na fidelidade de Deus à sua aliança, de Cristo à sua Igreja. Pelo sacramento do Matrimônio, os esposos se habilitam a representar esta fidelidade e a testemunhá-la....CIC §1647
Representar e testemunhar a fidelidade de Cristo à sua Igreja. Este e outros aspectos deveras iluminadores, nós encontramos no Catecismo – em outras ocasiões quero voltar a refletir sobre o mesmo.
A Igreja, representada pelos seus fiéis, deve ser o repositório desses preceitos. Guardar com afinco e coragem, diante de todas as adversidades que a sociedade tenta macular, essa grande maravilha que o Senhor nos deixou e que a Igreja conserva: o matrimônio.
O que o mundo faz com o casamento é algo assombroso. Vivemos sob a escravidão das aparências, do culto exagerado ao dinheiro e ao poder. Os cristãos precisam combater tudo isso, vivendo os preceitos do Evangelho. Representando e testemunhando a fidelidade de Cristo à sua Igreja.
Como o matrimônio é tratado com tamanha falta de apreço pelas pessoas! Conheço muita gente que não tem vocação para esse sacramento, e por não terem essa consciência, vivem infelizes, desrespeitando seus cônjuges, maltratando seus filhos, vivendo, enfim, como que num paraíso às avessas. Pois eu creio que o casamento é um paraíso: saber que uma mulher me confiou sua vida para viver ao meu lado, é primoroso, é gratificante. Quem estava presente no dia do meu casamento testemunhou que eu quase que me desidratei de tanto chorar, pois foi o dia mais feliz da minha vida até então, - depois disso, o Senhor Jesus me proporcionou muitos outros dias felizes.
Quando tivermos essa consciência, de que somos representantes de Cristo no matrimônio, creio que não trataremos o casamento como um mero acontecimento social.
Um dia, uma amiga que trabalhava comigo veio me perguntar se ela deveria ou não começar um relacionamento com outra pessoa, pois essa pessoa era mais velha que ela. Qual foi a sua surpresa quando eu lhe perguntei: “você deseja se casar com ela?” Ela me disse que estava apenas pensando em começar a namorar, e eu já estava falando de casamento?
Ora, se o namoro é uma preparação ao casamento, quando se começa a namorar, tem que se pensar em casar. Parece um tanto estranho isso, mas é a verdade.
Quando um seminarista começa seus estudos, ele está pensando em ser padre. Se o casamento é uma vocação e um jovem começa a namorar, ele tem de pensar em... Se casar.
O namoro é para que duas pessoas se prepararem para a vida a dois, para serem representantes da Aliança de Cristo. Por isso se existir alguma dúvida quanto ao matrimônio, alguma dúvida quanto à entrega de sua vida a outra pessoa é melhor terminar o relacionamento antes de se receber o sacramento, mesmo que seja na escadaria da igreja.
Um bom casamento começa com um ótimo namoro.
Em verdade esperar para que a morte separe duas pessoas pode demorar bastante, não é mesmo? Pense nisso antes de começar a namorar, ou, se você já é casado(a), antes que seu casamento se acabe.

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