04 agosto 2011

Renúncia

Olá irmãos.

Esse título soa meio estranho hoje em dia. Em minha caminhada, pouca é verdade, sempre me deparei com algum motivo ou ocasião em que precisei renunciar a algo.
Para o cristão, a renúncia deve ser não apenas das coisas más (2Tim 2,19), mas também de si próprio (Mt 16,24). Nossas vontades, projetos e sonhos devem estar totalmente afinados coma vontade de Deus; em plena sintonia com seu Divino Plano.

Vejamos esse exempo na Bíblia: Lc 5, 4-6
“4. Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar.
5. Simão respondeu-lhe: Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas por causa de tua palavra, lançarei a rede.
6. Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade, que a rede se lhes rompia.”

Temos aí a espetacular passagem da “Pesca Milagrosa”, espetacular pelo fato em si e por ter Pedro tentado pescar a noite inteira e não conseguido nada retirar do mar, mas logo que aquele que viria a ser o dono das chaves do Reino  fez a vontade de Jesus, - “mas por causa de tua palavra, lançarei a rede”, disse ele - os pequenos barquinhos apanharam tanto peixe que pareciam barcos cargueiros.
O veterano pescador renunciou a todo o seu conhecimento naquela área para fazer a vontade do carpinteiro de Nazaré. Pois para aquele pescador, o carpinteiro tem “palavras de Vida eterna” e não importa se o pescador “entendia” mais de pesca; Jesus tem sempre razão.

A vontade de Jesus para nós em nossa vida familiar tem sempre um grande propósito de felicidade e plenitude como aquela pescaria. Não importa a vontade própria, a vontade do outro, em Jesus, tem que ser realizada. A renúncia de nossas vontades quando feita em Jesus surte grandes milagres de relacionamento, abundante pescaria na vida a dois.
Conheço homens maduros em idade e via conjugal que abandonaram suas esposas e seus filhos para viverem com mulheres mais jovens do que suas esposas, não renunciaram seus desejos, seus instintos; e olha que eram homens que davam palestras em encontro de casais, coordenadores de pastoral e, pasmem, catequistas.... Talvez impulsionados pela beleza exterior e por uma sociedade forjada aos pés da telenovela, pensaram: “Se uma moça tão jovem está a fim de mim, que sou mais velho, por que ficarei com minha esposa? Ainda tenho muita lenha pra queimar, ainda estou vivo; uma jovem como essa me querer? Não posso perder tempo.” E acabam quebrando uma aliança, perdendo uma família.
Citei a telenovela não por achá-la “demoníaca”, ela é um dos mais rentáveis produtos de nossa televisão. É comparável às grandes produções de Hollywood. Veja bem, um enredo que segura o telespectador por sete, nove meses, tem que ser bom, como entretenimento, mas não precisava ser tão perverso, pois, um casal que inicia uma trama todo apaixonado, fatalmente nos últimos capítulos estará traindo-se e odiando-se.
Para vermos que a telenovela é um bom produto, temos a TV século 21, uma TV católica, que produziu algumas, não é mesmo?
Para a igreja, que é voz de Jesus, o casamento é indissolúvel, eis aí a vontade de Jesus.
A aliança que fizemos no altar é eterna, não enquanto dure, mas até que a morte separe.
Não enquanto dure a juventude, mas “mas por causa de tua palavra”, Jesus.

Paz e bem.

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