15 dezembro 2011

Dar limites é indispensável para que nossos filhos se tornem adultos felizes

Observar as necessidades e saber quando restringir é fundamental para a formação do caráter


Uma vez uma conhecida me falou algo sobre dar limites aos filhos que não fez muito sentido na época, mas ficou registrado na minha memória. Hoje, muitos anos depois, consegui assimilar o que ela quis me ensinar. 
Tudo o que fica solto demais tende a se perder, a ficar sem referência. Os limites ajudam a reforçar as noções que aprendemos em casa, frente às verdades alheias que encontramos mundo afora. Muitas vezes ouvi no consultório relatos de jovens que gostariam que seus pais não os deixassem tão soltos, que acham que se fossem colocados mais limites, se sentiriam mais seguros, e até mesmo mais amados. 
Em muitas ocasiões os pedidos por limites passam despercebidos, outras vezes eles ficam mais evidentes. Por exemplo, se seu filho sempre teve permissão para ir até o shopping de bicicleta, você pode estranhar se, de um momento para outro, ele te perguntar: Mãe,posso ir de bicicleta ao shopping? 
Os limites fazem parte da construção de todo indivíduo, e precisamos estar atentos para utilizá-los de forma assertiva com nossos filhos. O exemplo utilizado acima nos permite entender que, mesmo quando estão chegando ao fim da adolescência, eles ainda precisam de referências que lhe passem segurança. Cabem aos pais ouvir isso e entender, mesmo quando chegam como mensagens ocultas. 
Os pais são os principais referenciais para os filhos. Quando eles são pequenos nossa palavra é o único referencial, mas em algum momento, isso pode começar a mudar, e, aí, vamos também ter que apreender a lidar com essa nova realidade. 

Durante a infância e a adolescência eles estão sob nossos cuidados, e, à medida que os soltamos para o mundo, eles terão várias experiências diferentes da vivência familiar. Vão conhecer pessoas fora do nosso círculo de amigos, ouvir opiniões e pontos de vista diferentes. Ao alongar o olhar sobre o mundo, eles constroem uma forma pessoal de entender a vida, contextualizando todo o conhecimento recebido na escola e na família. 
Os jovens vivenciam muitos momentos conflituosos, mesmo nas famílias mais estruturadas. É necessário que estejamos próximos para amparar e entender que eles ainda estão tentando se firmar com a nova identidade de adultos. 


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