Reflexões do P. Guglielmeno Ortiz à luz do exempo de São Maximiliano Kolbe
Ainda
a propósito da fuga de documentos confidenciais do Vaticano, apelidado
de “vatileaks” (em analogia a wikileaks), o P. Guglielmo Ortiz,
responsável do Programa hispano-americano da Rádio Vaticano aproveita a
solenidade, neste dia 14, de São Maximiliano Kolbe, para tecer algumas
considerações a que dá o título de “Evangeleaks”
Maximiliano
Kolbe, sacerdote franciscano trucidado no campo de concentração de
Auschwitz, salvando assim da morte um pai de família, foi definido por
João Paulo II “padroeiro do nosso difícil século”. Assim, enquanto
comunicador do Evangelho através de todos os meios e espaços que o seu
tempo oferecia, ele foi bem sucedido na difícil empresa de levar a
mensagem do amor de Deus, que cura e transforma, aos seus companheiros
detidos naquele terrível campo de concentração. Naquele lugar, símbolo
por excelência da miséria humana e da crueldade das forças do mal,
Maxiliano Kolbe conseguiu fazer passar a tenra carícia do amor
misericordioso de Deus, rasgando assim as trevas do inferno.
O
empenho evangelizador de Maximiliano Kolbe a sua capacidade de comunicar
o amor de Deus no campo de Auschwitz, leva-nos a reflectir sobre que
mensagens são realmente importantes para o homem do nosso tempo e para a
nossa sociedade. Que informações os comunicadores de hoje deveriam
empenhar-se a fazer passar.
Nos últimos meses temos vindo a
assistir ao difundir-se de uma informação “mesquinha”, tendente a
demonstrar que “o vaso de ouro” no qual está escondido o diamante não
passa, na realidade, dum “vaso de barro”, esquecendo-se, porém, do
diamante que contem.
A informação “wikileaks” (veloz) é muitas vezes superficial e desviante, como mostra o seu próprio nome.
Como podemos, então, opor-nos a este modo de ver as coisas, a este modo de informar?
Seguindo
o exemplo de São Maximiliano Kolbe, podemos empenhar-nos a fazer
passar, na nossa sociedade, a informação essencial sobre Jesus, o amor
que liberta. Esta informação de que só tu e eu dispomos na medida em que
fizemos a experiencia pessoal do encontro com Jesus na oração, é a
mensagem que devemos fazer passar…
O que é mais difícil na
edificação desta espécie de “evangeleaks”, é dar a conhecer Jesus, fazer
passar a sua mensagem através da nossa própria carne, da nossa rópria
vida; trata-se de a fazer transparecer, de a tornar visível, presente
com o nosso próprio testemunho. Esta é a única linguagem convincente
para indicar a informação verdadeira e melhor e o que está dentro do
vaso de barro (que para Paulo de Tarso representa a Igreja) encontra-se o
diamante, o verdadeiro tesouro, que é Deus.
O caminho
actualmente traçado por Bento XVI para a Igreja é o da evangelização, da
Nova Evangelização, aliás. A nós compete a tarefa de fazer chegar à
sociedade contaminada pelo mal e pela superficialidade, a informação
verdadeira sobre Jesus que nos resgata; “façamos passar no corpo
enfermo, ferido, cego e anestesiado da sociedade, a tépida luz da
ternura misericordiosa do Amor de Deus, amor que cura, vivifica e
transforma”.
Fonte: Radiovaticana.org
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