12 março 2015

Seis casais protestantes conheceram a Encíclica «Humanae Vitae» de Paulo VI... E hoje são católicos


A firmeza moral da Igreja, sinal de credibilidade

Muitas comunidades protestantes têm cedido à mentalidade anticonceptiva a partir de meados do sé.c XX. Por isso, para alguns de seus membros a firmeza da Igreja católica ao proclamar a lei natural frente “as pressões da mentalidade atual e dos poderes do mundo constitui um fator de credibilidade, que a certifica como a única e autentica Igreja de Cristo.

É o caso de seis famílias que prestam seu testemunho em uma recente reportagem de Our Sunday Visitor, pessoas jovens com boa formação teológica e moral que viram na encíclica Humanae Vitae de Pablo VI, de 1968, ou em suas aplicações (como a difusão dos métodos naturais) um facho de luz que lhes guiou até a conversão.

Os Millegan
Brantly e Krista eram noivos e estudavam em um colégio evangélico, o Wheaton College (Illinois) quando caiu em suas mãos a encíclica e a leram juntos. "Fui o primeiro que me convenci de tomar-me o catolicismo a sério. De repente, parecia que os catoulicos podiam ter razão em algo. E se a tinham em outras coisas?", explica Krista.

A legitimidade de a anticoncepção era algo indubitável para eles, e acudiram ao texto de Paulo VI sou porque Brantly ("homem minucioso ", disse sua hoje esposa) queria estudar o tema desde todos os pontos de vista. Ao finalizar a leitura, ambos haviam mudado: "Amparando-me em meus preconceitos anti-católicos, duvidava de que tivesse algo valioso que dizer, e se concordei em lê-la foi por ele. A última coisa que esperava é que me convencesse".
Desde o ponto de vista prático, a convicção tardou mais em chegar, mas quase foi providencial, pois como Krista queria seguir usando anticoncepcionais, aprofundou na questão e estudou sua história, e isso a acercou à Igreja: "Me surpreendeu saber que todas as tradições cristãs o rechaçaram até meados do séc. XX, mas isso me convenceu. Todos os cristãos haviam tido razão durante dezenove séculos, até que os protestantes cederam “a pressão social".

A adicionado: "O que realmente me impactou sobre a opinião da Igreja é o “pró-mulher” que resulta. Me gostava que tratava meu corpo e minha fertilidade com respeito. Que eu fosse feita de forma diferente ao homem significava algo. A fertilidade não era somente um belo presente e um privilégio da mulher, era uma parte essencial de minha feminilidade, de mim mesma. Recordo haver pensado que se o plano de Deus para o sexo era que ficasse aberto “a procriação de una nova vida, então isso era algo que podia aceitar sem medo nem rancor".

Enquanto a Brantly, a mudança era radical (como o seria logo sua conversão): "Tinha consequências práticas duras para nosso matrimônio e para nosso papel como marido e mulher. Em seguida compreendemos que tínhamos que repensar o resto de nossas vidas. Tivemos dificuldades financeiras. Tivemos altos e baixos em termos de mais e menos dinheiro, mas até agora Deus sempre proveu o que necessitávamos. Fizemos um grande sacrifício pessoal e econômico, tem sido totalmente maravilhoso". (clique aqui para ler uns bons conselhos matrimoniais de Brantly.)

Os Simms
Luma Simms (divorciada e recasada: clique aqui para conhecer sua história) leu a encíclica em um difícil momento pessoal. Alguém muito próximo havia abandonado a sua esposa depois de 43 anos de matrimônio, e a comunidade presbiteriana a qual participava estava totalmente dividida, que fizeram que ela e seu marido se levantassem a questão da autoridade na Igreja. "Há alguma Igreja que não se rompa antes ou depois? se podemos fazer nossa própria leitura de a Bíblia, e nossa própria interpretação, a conclusão lógica do protestantismo é o cisma. Nos perguntávamos onde poderíamos encontrar uma verdadeira autoridade eclesial, dentro da qual pudéssemos entender definitivamente o matrimônio".
E nisto caiu em suas mãos a Humanae Vitae. "Ao concluir a leitura, me sentei chorando", confessa Luma: "Sua poderosa antropologia e sua profética compreensão da sexualidade humana golpeavam minha mente. Não é que em âmbitos protestantes não se ouça falar destas coisas, mas não se apresentam como um todo baseado em séculos de doutrina teológica sobre quem é Deus e quem é o homem que ele criou".

Os Schmitz

Matthew Schmitz, editor de produção da revista conservadora First Things, afirma que seu itinerário de conversão começou ao ficar-se "impressionado pelos ensinamentos morais da Igreja católica".
Entrar nesses ensinamentos presume "levar a plenitude a fé cristã que meus pais me haviam transmitido, não rechaçá-la", e lhe aproximaram a Cristo.

Os Brozozowski
Tavi, de Oklahoma City, se casou com um estudante de medicina católico quando ela ainda era batista: "Michael estava em início de carreira, assim que pensamos que não podíamos ter um filho nesse momento". Assim que recorriam a anticoncepcionais que para ela implicavam sérios e incômodos efeitos colaterais para a saúde, e para ele um grande sentimento de culpa por isso.

Quando logo tiveram seu primeiro filho, ela decidiu não voltar a usar métodos hormonais e recorreu a classes de métodos naturais: "Deus me conduziu até sua Igreja a través dessas classes", evoca, e  a partir disso colabora em difundir o método Billings.
"Se Deus me ama tanto como para por limites a minha sexualidade, inclusive no matrimonio, então é que é um Deus que ama muito. Me fez vê-lo com uma luz diferente", explica, em una reflexão realmente substancial. A ela também lhe satisfazia a forma com que a Igreja aborda a sexualidade, a diferença da comunidade protestante na qual cresceu, onde "o sexo e a sexualidade eram algo sujo do qual não se podia falar": "Na Igreja se fala muito, mas no contexto apropriado. Era refrescante ver que havia um contexto apropriado, com seus limites e sues regras".

Os Jennings
Cierra Jennings também utilizava habitualmente métodos químicos que lhe produziam efeitos colaterais muito negativos. seu então noivo e hoje marido, Fitz lhe sugeriu interar-se de "o que fazem os católicos". Fitz havia sido educado como tal, ainda que não praticava. Começaram a recorrer, a classes de métodos naturais e conheceram a "um casal católico ", com quem ambos (ela para a conversão, ele para voltar a ser coerente com sua fé) fizeram o retorno até a Igreja.
Que começou com algo que ela mesma reconhece "superficial", mas que foi efetivo: "Quando fiquei grávida de meu primeiro filho, pensei que teria uma menina e que queria viver com elas as mesmas tradições natalinas com as que eu me havia criado. Comecei nesse nível, mas ele me conduziu a uma compreensão mais profunda de minha fé e de Deus". E vai mais além: "Se não tivesse começado a usar métodos naturais, não sei onde teria ido ao ficar grávida de Rosa... ou nunca haveria fiado grávida".

Hoje tem quatro filhos, e aponta um detalhe interessante: "Eu queria ter filhos, mas não tinha um plano sobre quantos e com que rapidez. Renunciar ao controle artificial de natalidade realmente tomou essa decisão por mim em muitos sentidos. Quando comecei a tê-los, de repente descobri o que é ser mãe. E nunca foi tão bom algo como ser mãe!".

Renunciar “a anticoncepção melhorou sua relação com Deus: ”Mudou completamente minha confiança nele e minha fé”. Ele sabe realmente o que é melhor, e isso é estimulante". Sua ansiedade desapareceu: "Já não me assustam tanto as coisas como antes. É condição humana que a morte te aterrorize, mas isso, em mim, mudou. Já não temo morrer porque sei que ele estará ali, esperando-me".
Os Fike
Blythe Fike, blogueira muito seguida, mãe de cinco filhos e esperando o sexto, via em sua comunidade protestante uma contradição: "Sempre havia tido um problema com a ideia, que prevalecia em nosso grupo evangélico, de render-se à vontade de Deus em todas as áreas de tua vida... exceto na sexualidade. A chamada de Deus em tua vida podia significar mudar-se para a China ou vender tudo o que tinhas, mas em assuntos familiares nunca se atinha em conta".
Depois de resolver esse "problema" convertendo-se ao catolicismo, Blythe explica que os filhos são um presente que conduz à santidade: "Na vida consagrada tens que levantar-te a horas intempestivas para rezar, dormir no chão... Aqui os desafios te veem todos, assim que em termos de crescimento em santidade, temos fácil encontrar uma cruz em nossas vidas".

Enquanto a seu relação matrimonial, deixar de usar anticoncepcionais foi "o maior presente" de casamento que ambos se deram: "Cada respiração de cada filho é um presente de amor na intimidade do outro. Escolher a abertura ao outro é realmente um estado espiritual, e faz sólida a convicção de que Deus realmente sabe o que faz".

Blythe ficou grávida de seu segundo filho quando o primeiro tinha somente seis meses: "Me senti culpada, porque o primeiro o havíamos buscado, mas o segundo não. Era duro pensar como ia ser mãe dos dois de uma vez, tão perto. Mas quando nasceu o segundo, a primeira coisa que pensei é que não teria querido esperar nem um instante mais para tê-lo. E assim sucedeu  cinco vezes. Deus segue dizendo-me: tenho algo perfeito para ti".


Siga-nos no Facebook. Curta essa página==>>