28 agosto 2017

Para levar a cabo sua "reforma", Lutero teve um encontro com o tinhoso, um cão preto peludo!


 Trecho extraído do livro "O diabo, Lutero e o protestantismo"

 APARIÇÕES DO DIABO
Dois pontos sobressaem em Lutero, quando de sua permanência no castelo de Wartburgo: a sua ideia com relação ao demônio e as grandes tentações de que foi acometido.
Em suas cartas a cada passo refere-se às suas relações com o diabo, enquanto ali esteve. Não só diz ele ter ouvido ali o demônio, no tremendo barulho que o parecia perseguir dia e noite, mas assevera tê-lo visto, sob a sensível aparência de um cão preto, dentro do seu quarto..

Deste espetáculo terrível Lutero nos dará uma idéia, mais tarde, em suas conversas de taberna: "Quando estava em meu Patmos”, diz ele, “tinha fechado, dentro dum armário, um saco de nozes de avelãs. Certa noite, apenas me deitara, começou um barulho infernal nestas novzes que, uma por uma, foram lançadas com força, contra as vigas do forro. Senti sacudirem-me a cama, e ouvi nas escadas um ruído, como se lançassem para baixo uma grande quantidade de vasos.
Entretanto, a escada havia sido retirada, para ninguém poder subir ao meu quarto, estando presa à parede com uma corrente de ferro" (Wette Erl. 59 p.340), (FATO contado pelo próprio reformador em Eisleben, em 1546).
O encontro do cão preto se deu em circunstâncias estranhas: o bicho teria procurado um lugar no leito de Lutero, que jeitosamente o teria retirado dali, jogando-o fora, através da janela, sem o menor ganido da parte do animal. Foi, parece, um diabinho manso e inofensivo que se deixou
lançar assim para fora. Nada mais se pôde encontrar do cão, após a queda, nem mesmo vestígios.
Lutero tinha a certeza de se tratar de um diabo, em carne, pelo e osso (Köstlin-Karveran I. 440, 1903).
Referem ainda que um dia apareceu-lhe o demônio em pessoa, talvez para parabenizá-lo pela obra encetada, toda em benefício de satanás; nesta ocasião, tomado de horror e de medo, num acesso de raiva, teria Lutero jogado contra o demônio um tinteiro. A tinta não sujou a carapinha do capeta, mas foi o recipiente quebrar-se de encontro à parede, onde ficaram os sinais distintivos do seu conteúdo – uma grande mancha negra.
Coburg e outros falam disto, mas Lutero, o único que poderia afirmar a realidade do fato, parece, a ele nunca se referiu.
Que há de verdadeiro a respeito de tudo isso?
É difícil dizer-se. Vistas, no entanto, as disposições e o estado anormal de Lutero, é crível não passasse de exaltação nervosa, de fantasia, de superstição. Seja como for, Lutero via demônios em toda parte.
No opúsculo contra o duque de Brunswick, o demônio teve a honra de ser nomeado 146 vezes; no livro dos Concílio em 4 linhas fala Lutero 15 vezes a respeito de diabos.
Os adversários da reforma têm o “coração satanizado e super-satanizado"
Noutra parte ufana-se Lutero de nunca ter descontentado o príncipe das trevas que o acompanha sempre.

Tal disposição doentia, aumentada pelo isolamento em que vivia, como pela lembrança dos últimos acontecimentos, da sua excomunhão pelo Papa, da condenação pelo Edito de Worms, dos perigos que o ameaçavam, da incerteza do futuro, tudo isto devia necessariamente aumentar a demasiada tensão dos nervos e exaltar a imaginação ardente.
Seja como for, por certo estava ele com direito a uma aparição do espírito das trevas, a fim de parabenizá-lo pela obra diabólica de revolta que estava efetuando no mundo, e pela perdição de milhares de almas que tal empresa iria acarretar.
Se o demônio não lhe apareceu, não é porque lhe tenha faltado vontade para tal, mas apenas porque Deus não permitiu.



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